Comunicado nº 22. 1º de Maio, Dia do Internacionalismo Proletário. SEMPRE COM CLASSE. A luita é o único caminho

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1º de Maio, Dia do Internacionalismo Proletário

SEMPRE COM CLASSE

A luita é o único caminho

O conteúdo dos “Papéis do Panamá” constata umha evidência: o capitalismo é um sistema intrinsecamente corrupto e depredador, baseado na exploraçom dumha minoria sobre a imensa maioria, de uns países imperialistas sobre o resto dos povos do mundo.

A história da luita de classes tem demonstrado de forma sistemática a impossibilidade de reformá-lo, de introduzir melhoras, de alterar o seu metabolismo. Nom se pode mudar mediante aritméticas eleitorais, há que destruí-lo por meio de umha revoluçom.

Todos os direitos que até há uns anos “desfrutávamos” som fruto da luita obreira, som resultado das conquistas do combate organizado do movimento operário a escala nacional e internacional contra a ditadura burguesa. Nada nos foi entregue gratuitamente, de forma voluntária e pacífica. Todo, completamente todo, foi logrado por meio da luita. É resultado de mais de um século de greves, manifestaçons, combates de rua, revoltas, revoluçons, sempre com a fábrica, o centro de trabalho e a rua como eixo central.

Neste 1º de Maio a classe obreira galega nom tem motivo algum para a satisfaçom. Boa parte das conquistas atingidas nas últimas quatro décadas fôrom literalmente perdidas. Este retrocesso histórico deriva das políticas mornas e conciliadoras das organizaçons de “esquerda”. Do pactismo do sindicalismo hegemónico, da ausência de umha coerente política de classe entre as forças que se reclamam defensores dos interesses da classe trabalhadora.

Mariano Rajói nom só representa os interesses diretos do grande capital, o atual governo espanhol em funçons é um governo bandido, umha organizaçom criminal. Mas nada devemos aguardar de um governo alternativo ao PP. Tam só aliviará momentaneamente algumhas das mais duras medidas do pacote neoliberal que Bruxelas, Berlim e a CEOE exigem seguir implementando, para posteriormente submeter-se às suas exigências. O governo grego da Syriza constata os limites do ilusionismo eleitoral.

Eis polo que a classe operária galega, o povo trabalhador e empobrecido, deve deixar de confiar nos partidos e sindicatos que alimentam a conciliaçom de classes e o ilusionismo eleitoral, as duas caras da estratégica que nos conduz inevitavelmente à derrota.

Só a auto-organizaçom operária e popular, a luita organizada, a confrontaçom, logrará recuperar direitos, recompor o movimento operário, retomar a iniciativa e passar à ofensiva. A estratégia permamente e encadeada de luitas é a única alternativa para condicionar as políticas dos governos e acumular forças visadas para a rutura democrática.

Nom cessaremos de afirmar que devemos abandonar a delegaçom e nom confiarmos nos partidos da “gente” e da “cidadania”. Devemos situarmos na centralidade discursiva as reivindicaçons do povo trabalhador e construirmos ferramentas classistas de defesa, resistência e combate.

A luita é o único caminho para conquistarmos sempre com classe um futuro sem reformas laborais, sem desemprego, sem precariedade, sem emigraçom, sem pensons de miséria, sem corrupçom geralizada, sem despejos, sem sanidade e educaçom deteriorada, sem repressom e sem restriçons permanentes das liberdades. Umha sociedade nova, só possível numha Galiza independente e socialista.

Viva a luita operária!

Viva a classe operária galega!

Viva o internacionalismo proletário!

Na Pátria, 1º de Maio de 2016