Comunicado nº 27. 26 junho. Nada esperamos! A luita é o único caminho.

Padrão

Novamente um bombardeamento de promessas inundará os meios de comunicaçom da burguesia espanhola.

Partidos e candidaturas rivalizám polo nosso voto nesta falsa democracia de corrupçom geralizada, ditadura mediática, repressom, direitos conculcados e raquíticas liberdades formais.

Nesta ocasiom a campanha eleitoral e a Eurocopa 2016 de futebol competirám por criar virtuais ilusons entre o povo trabalhador.

Ambos circos ocultarám durante duas semanas a realidade do desemprego, dos baixos salários e pensons, da precariedade, da emigraçom, da pobreza e exclusom social, do deterioramento da sanidade e educaçom, dos cortes de liberdades e restriçom de direitos, da acelerada destruiçom da nossa língua e cultura nacional, do feminicídio e marginalizaçom das mulheres, da carênca de futuro digno para a juventude.

Após fracassar durante 5 meses para conformar o novo governo espanhol, agora assistimos ao segundo capítulo da mesma farsa. Ganhe quem ganhar, esse governo será encarregado de implementar umha nova reforma laboral e um conjunto de medidas contra os nossos direitos e conquistas. A sua folha de rota já está escrita pola troika e polas empresas do Ibex 35.

Nom é depositando votos como lograremos recuperar as conquistas e direitos que levamos perdendo na última década sob a justificaçom de medidas de austeridade para fazer frente à crise. Nom é introduzindo umha papeleta como lograremos ganhar mais direitos e melhoras nas nossas condiçons de vida. Só a luita organizada do povo trabalhador, nos centros de trabalho e ensino, nos bairros e nas ruas, pode lográ-lo!

Mintem como velhacos aqueles que prometem um futuro melhor sem os sacrifícios inerentes à luita operária, nacional e popular. Nengumha das conquistas atingidas pola classe trabalhadora, polos povos oprimidos, foi gratuíta nem lograda facilmente. Todas estám tingidas de sangue, lágrimas e suor. Esta é a crua verdade. E umha organizaçom revolucionária nunca engana o seu povo.

Nom existem soluçons mágicas para alterar a folha de rota de mais exploraçom, menos direitos e liberdades, que a burguesia tem traçado para o povo trabalhador e empobrecido da Galiza. Nom nos devemos deixar enganar polo aparente sedutor discurso de pestidigitadores, feiticeiros e encantadores de platós. Todos, sem excepçom, som impostores e charlatans.

Perante este cenário tam adverso para o povo trabalhador e empobrecido, para a Galiza, nada podemos nem devemos esperar desta nova convocatória eleitoral. A soluçom aos graves problemas que padecemos nom derivará da cor do governo que ocupe o palácio da Moncloa, e sim da nossa capacidade de auto-organizaçom e luita sob umha estratégia revolucionária.

A desorganizaçom e desmobilizaçom social, a ausência de redes de luita e combate, a fraqueza da equerda socialista e independentista galega incapaz de apresentar umha alternativa neste ámbito, converte esta nova cita eleitoral numha data intrascendente para a nossa emancipaçom como classe, para a nossa libertaçom como mulheres e para avançarmos na conquista dumha Galiza independente e soberana.

Agora Galiza descarta qualquer apoio a algumha das candidatutas que competem 26J. É inútil seguir depositando a nossa confiança em forças carentes de vontade para superar o capitalismo e a dependência nacional, em candidaturas que no melhor dos casos só prometem falsos remendos.

Perante este cenário, Agora Galiza -como organizaçom socialista e feminista galega de libertaçom nacional-, apelamos a nom participar neste processo eleitoral.

Na Pátria, 10 de junho de 2016

Direçom Nacional de Agora Galiza