ESPANHA, UM ESTADO AUTORITÁRIO E BANDIDO
A situaçom política espanhola semelha complexa porque as forças do regime estám aplicando o guiom da doutrina do shock, umha terapia social que permite abrandar, domesticar e controlar umha sociedade empregando a desorientaçom que provoca umha catástrofe real ou neste caso umha traumática comoçom social artificialmente provocada.
A suposta deslizaçom face um estado geralizado de “caos” do Estado espanhol perante a incapacidade de conformar governo, agitando o “fantasma” dumhas terceiras eleiçons, facilita implementar o guiom pre-estabelecido, escrito ha muito tempo atrás pola troika e o Ibex 35.
Previamente impossibilitárom um governo alternativo a Rajói impondo o veto ao PSOE da única opçom viável, posteriormente forçárom um “golpe de estado” provocando a queda de Pedro Sánchez como secretário geral e a procura de articular umha maioria aritmética nas Cortes frente o binómio PP/C´s .
Agora o setor mais reacionário do PSOE vai facilitar a investidura de Mariano Rajói. À terceira vai a vencida!
No meio desta permanente turbulência alimentam empregando os seus meios de manipulaçom e controlo social mais inquietude e alarma social, um cenário visado a impor um estado de opiniom entre amplos setores populares favorável à necessidade de finalizar com “inestabilidade da interinidade” e a “urgência de um novo governo” para solucionar os problemas.
Deste jeito, entre filtraçons controladas de dados da investigaçom judicial “Púnica” contra a organizaçom de delinquentes promovida e conformada por dirigentes deste partido, pretendem facilitar a continuidade “natural” do governo bandido do PP que acelere umha nova reforma laboral, os brutais cortes que exige Bruxelas e Berlim e a alteraçom do sistema público de pensons.
Para lograr gerar um estado de opiniom de cansanço e desilusom social, de desmotivaçom popular, contam com o apoio absoluto dos meios de [des]informaçom. Com a imprensa canalha que manipula e minte. Os titulares de hoje dos jornais, assim como as últimas 24 horas de noticiários, crónicas, tertúlias televisivas e radiais, sobre o escracho numha universidade madrilena contra o senhor X dos GAL e o chefe do grupo PRISA, som um exemplo de absoluta manipulaçom mediática.
Deste jeito desviam a atençom e/ou ocultam a gravidade da quebra a curto prazo da segurança social e portanto do sistema público de pensons, assim como a dimensom e implicaçons políticas do processo judicial da Gürtel onde se está demonstrando que o PP mediante umha rede mafiosa se financiava de forma ilegal, empregando os mesmos métodos que umha organizaçom criminal.
A inexistência dumha esquerda coerente e combativa com projeçom de massas, que denuncie de forma clara o que está acontecendo, que nom se pregue à ditadura mediática, emancipada da lógica do binómio eleitoralismo/parlamentarismo burguês, facilita o desenvolvimento da doutrina do shock.
A passividade, cobardia e os silêncios das forças da “esquerda” institucional permitem a mais absoluta impunidade dos que pretendem seguir eliminando as conquistas sociais, as liberdades e direitos, dos que querem acelerar a plena assimilaçom da Galiza destruindo a sua identidade nacional.
A alternativa populista da nova socialdemocracia espanhola articulada à volta de Podemos e as suas confluências está constatando a sua incapacidade para agir de muro de contençom da ofensiva reacionária do bloco oligárquico espanhol.
Até agora só logrou desativar a luita de massas, retirando o conflito social das ruas, neutralizando a imensa capacidade de luita da classe trabalhadora organizada e movimentada, substituindo-a polo estéril ilusionismo eleitoral.
O fracasso anunciado da alternativa populista nom só está extendendo o desencanto. O desolador panorama no que nos achamos abona e abre as portas do inferno, alimentando o monstro do fascismo que cresce por toda Europa.
Nestes tempos tam turbulentos e agitados, onde a confusom ideológica e o possibilismo político impedem a vertebraçom do espaço socialista, independentista e feminista galego, o cómodo e fácil é arriar as bandeiras e buscar acovilho entre o reformismo.
Porém, Agora Galiza mais umha vez manifesta a sua firme e insubornável determinaçom de continuarmos com paciência e persistência defendendo que a luita é o único caminho, que sem organizaçons revolucionárias estamos condenados irremediavelmente à nossa derrota como povo e como classse.
Antes mort@s que escrav@s!
Até a vitória sempre!
Direçom Nacional de Agora Galiza
Na Pátria, 20 de outubro de 2016