Comunicado nº 61. Solidariedade com o centro social Escárnio e Maldizer. Fora a UIP de Compostela!

Padrão

Solidariedade com o centro social Escárnio e Maldizer

Fora a UIP de Compostela!

Na zona velha de Compostela há centenares de casas vazias, muitas delas em estado ruinoso. Utilizar prédios abandonados para converté-los em espaços abertos para atividades diversas, visadas para divulgar cultura e lezer sem subsídios nem ajudas institucionais, nom só é legítimo, é umha iniciativa positiva de auto-organizaçom popular que contribui para articular o tecido social e a frear um modelo de cidade que pretende converter as nossas ruas e praças num gigantesco parque temático para o turismo.

Mas o Capital nom permite o questionamento da propriedade privada, epicentro de um modelo socio-económico construído sobre a lógica da exploraçom e a desigualdade, fonte permanente de injustiças.

Embora Agora Galiza é mui crítica com a gestom do atual governo municipal e a morna oposiçom de Compostela Aberta a Santiago Villanueva -o chefe das forças policiais espanholas na Galiza-, na clausura e metodologia empregue no despejo do centro social Escárnio e Maldizer, também somos conscientes que as forças mais obscurantistas, os poderes mais reacionários da capital da Galiza, com apoio da Delegaçom do Governo espanhol, estám conjurados para desgastar o alcaide Martinho Noriega.

A campanha sistemática de injúrias e calúnias da imprensa canalha contra o coletivo que geria o espaço ocupado na rua da Algália de Baixo, som paradigma de até onde está disposto a chegar o PP e os meios de [des]informaçom que subsídia para recuperar o governo da cidade.

Com a clausura do CS Escárnio e Maldizer sem prévia comunicaçom ao Concelho, os poderes fáticos pretendem basicamente deslegitimar a autoridade do alcaide. Procuram criar umha artificial atmósfera de caos mediante o emprego da brutalidade e ocupaçom policial da cidade polas unidades de élite, especializadas na intimidaçom, repressom e violaçom dos mais elementares direitos individuais e coletivos à expressom e manifestaçom.

Assim o povo trabalhador compostelano levamos mais de dez dias padecendo umha campanha de mentiras por parte do PP e dos mal chamados meios de “comunicaçom” ao seu serviço. Sim, Agustín Hernández e o seu pitbull Alejandro Sánchez Brunete, em perfeita sincronizaçom com “El Correo Gallego” e “La Voz de Galicia”, manipulam a realidade do que aconteceu dia 30 de maio na Algália, intoxicam sobre os legítimos protestos e criminaliza quem defendemos umha Compostela viva, dinámica, auto-organizada, ao serviço da vizinhança.

É hora de chamar as cousas polo seu nome, sem eufemismos nem maquilhagens! Demetrio Peláez, Xurxo Melchor, Carlos Luis Rodriguez, Roberto Blanco Valdés, só por citar alguns nomes, nom som jornalistas!, som simples sinistros mercenários ao serviço do seu amo, especialistas em especular e deformar a realidade.

Nom esqueçamos que umha das peças essenciais do atual regime é o monopólio da [des]informaçom mediante umha ditadura mediática que exclui o pluralismo político e ideológico, que difama e combate sem trégua a luita operária, nacional e popular. A realidade da imprensa “galega” som empresas quebradas, que como “El Correo Gallego” endivida meses e meses de salários ao seu quadro de pessoal, com dívidas milionárias com bancos e proveedores, que simplesmente só continua aberto graças as “ajudas” institucionais do governo autonómico do PP.

Sem a injeçom de milhons de euros da Junta de Galiza ou da Deputaçom de Ourense possivelmente “La Voz de Galicia” ou a “La Región” também estariam fechados.

Alarmismo, exageraçom e burdas mentiras, definem os seus relatos, sempre do lado dos poderosos, dos que nos condenam ao desemprego, a salários e pensons de miséria, à precariedade laboral, a cortes e deterioramento da educaçom e a sanidade, à emigraçom.

Nengum destes meios informa que a imobiliária “La Rosaleda”, quem comprou a casa da Algália, é  umha construtora fraudulenta e especuladora, que adivida salários aos seus trabalhadores e milhares de euros a fornecedores.

Estes som os falsos paladins da liberdade de expressom. Os que convertem o que deviam ser jornais informativos em simples boletins policiais, em panfletos elaborados nos mais profundos sumidouros do regime postfranquista.

Quem sementa as ruas da cidade de violência, quem aterroriza à vizinhança, que impom a lei da impunidade e brutalidade policial, é a Delegaçom do Governo mediante a ocupaçom das ruas pola UIP.

Perante este cenário nom podemos ser neutrais. O governo municipal de Compostela nom estivo à altura da circunstáncias, deveria ter paralisado in situ o ilegal tapiado de portas e janelas do prédio ocupado. Martinho Noriega e os seus concelheir@s acompanhados pola polícia Municipal deveriam ter paralisado este atentado contra o património da cidade, pois nom conta com as autorizaçons administrativas pertinentes.


A indecisom e o timoratismo só reforça as forças reacionárias
. Condenar o legítimo direito ao exercício da autodefesa frente a violência policial, só contribui para legitimar a repressom policial. Compostela Aberta, mas também o BNG, som incapaces de superar as limitaçons genéticas da sua natureza pacifista pequeno-burguesa.

Os seus posicionamentos respeito à repressom policial contra as manifestaçons de apoio ao CS Escárnio e Maldizer fraco favor lhe fam à luita popular.

Só contribuem para reforçar as posiçons intoxicadoras e criminalizadoras do PP, do PSOE e da imprensa canalha, situadas na extrema-direita!

O PP, que mais que umha força política é umha organizaçom criminal, e as suas comparsas mal chamadas meios de [des]informaçom, pretendem aproveitar esta conjuntura para esmagar o direito ao protesto e à rebeliom, para impor o seu modelo social de falsa ordem inspirada no franquismo, para injetar medo na vizinhança, para disciplinar o movimento social. Mas por muito que se ensanhem connosco nom o lograrám!

Ilegalizaçom do PP!

A luita é o único caminho!

Rebeliom popular!

Direçom Nacional de Agora Galiza


Na Pátria, 8 de junho de 2017