COMUNICADO Nº 63: 25 de Julho, Dia da Pátria REBELIOM POPULAR. Independência e Pátria Socialista.

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25 de Julho, Dia da Pátria 
REBELIOM POPULAR
Independência e Pátria Socialista

Espanha é um Estado autoritário em deriva fascistizante. O capitalismo um sistema socioeconómico injusto que gera exploraçom, desigualdade e miséria. O patriarcado um sistema que perpetua a discriminaçom, dominaçom e opressom da maioria social, as mulheres.

Este quadro tam adverso só pode ser transformado mediante um processo revolucionário de orientaçom socialista dirigido pola classe trabalhadora. Sem a auto-organizaçom e a mobilizaçom permanente do povo trabalhador nom será viável a necessária ruptura.

Nem Espanha, nem o capitalismo, nem o patriarcado som reformáveis. Estes som os inimigos reais da nossa classe, da nossa naçom e das mulheres.

A alternativa populista à multicrise do regime espanhol postfranquista, que se agudiza de forma paralela à crise estrutural do capitalismo, só conduz à derrota porque as suas deficiências congénitas tendem à conciliaçom e o pacto e porque nom questiona o paradigma centralista do chauvinismo espanhol.

O aparente sucesso da via eleitoral tem anestesiado o movimento popular, tem desmobilizado à classe trabalhadora, tem constringido a luita de libertaçom nacional da Galiza, tem abduzido e esterilizado a capacidade combativa de importantes segmentos populares.

A alternativa ao regime bourbónico emanado do lifting franquista, nom emergerá de moçons de censura nem de maiorias aritméticas eleitorais. A rua é o espaço onde se forjará e reconfigurará a alternativa operária e popular frente este presente de miséria carente de um futuro melhor.

A crise capitalista nom só provocou a perda de direitos laborais, corte de liberdades, a assimilaçom e agudizaçom da opressom nacional, reforçamento do machismo e do patriarcado; a crise capitalista também provocou a implosom das forças revolucionárias galegas. E sem estas ferramentas nom é possível transitar da indignaçom à revolta, da luita espontánea ao combate organizado. Eis polo que a dia de hoje é tarefa prioritária reconstruí-las.

Frente às inofensivas caldeiradas supeditadas à metrópole disfarçadadas de unidades populares, frente ao nacionalismo autonomista de fino verniz soberanista, frente ao independentismo sucursalista, Agora Galiza tem a firme determinaçom de seguir reconstruindo passo a passo a esquerda independentista, socialista e feminista galega. Nom claudicamos, nom repregamos nem arriamos as bandeiras.

Consideramos essencial dotar à classe trabalhadora, à Pátria e às mulheres dumha força política e social para luitar. Para combatermos eficazmente contra o sistema e o regime, nom só contra umha das suas expressons, o PP. Fazemo-lo afastados do fetichismo da alternáncia eleitoral, da política espetáculo, da charlatanaria caudilhista, do quadro autonómico, das instituiçons burgueses.

40 anos de “democracia burguesa espanhola” constatam a necessidade de dinamitar os alicerces do sistema e do regime, e a impossibilidade de regenerá-lo.

Fazemo-lo sem solicitarmos autorizaçom a ninguém, afastados das inércias e as comodidades, armad@s de audácia e ambiçom revolucionária, legitimad@s pola nossa indiscutível trajetória de combate, avalados por décadas ao serviço do povo trabalhador galego. Eis polo que apelamos a quem queira contribuir com o seu talento e força de vontade, com o seu suor e energia, a reforçar as nossas fileiras, que tem as portas abertas. Nada prometemos nem nada damos em troca, salvo fé na vitória popular e na Revoluçom Socialista, e a satisfaçom do dever cumprido.

O direito à rebeliom deve ser o eixo e a guia da prática do movimento de libertaçom nacional galego e a equaçom Independência/Socialismo a centralidade tática e estratégica do nosso horizonte, seguindo os exemplos da Revoluçom Bolchevique e do Che Guevara.

Neste Dia da Pátria manifestamos o nosso compromisso para libertar à Galiza da opressom nacional que padece por Espanha e a UE, tarefa inexoravelmente ligada à superaçom do capitalismo, mediante a construçom dumha sociedade socialista.

A luita é o único caminho!
Viva Galiza ceive, socialista e feminista!