SOLIDARIEDADE PERANTE A REPRESSOM AO MOVIMENTO INDEPENDENTISTA CATALÁM. A AUTODETERMINAÇOM É UM DIREITO DOS POVOS.

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COMUNICADO CONJUNTO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA.

 

À medida que se aproxima 1 de outubro, dia de celebraçom do referendo na Catalunha, a escalada repressiva por parte do Estado espanhol e as suas forças no ámbito político, judicial, policial, informativo, vai em aumento.

Às ameaças pessoais a mais de 700 alcaides e alcaidesas eleitas, assim como a Deputad@s do Parlamento autonómico e a funcionários, tem seguido a clausura de páginas web que davam informaçom sobre el referendo, o registo de locais públicos buscando urnas, o registo de tipografias para impedir que se imprimam as listas eleitorais e as papeletas de votaçom, incautaçom de propaganda, a proibiçom de atos públicos, as ameaças anónimas e públicas a dirigentes da CUP.

Perante esta situaçom as organizaçons políticas baixo assinadas queremos manifestar:

  • A utilizaçom do poder judicial espanhol na escalada repressiva deixa em evidência o seu caráter subordinado aos interesses políticos da oligarquia, atuando como muro de contençom das demandas populares e deixando ao descuberto a sua vinculaçom com o franquismo sociológico e ideológico. A separaçom de poderes nunca existiu no Estado espanhol. A ausência de uns mínimos democráticos no Estado aparece agora como umha realidade cada vez mais contrastável e contratastada.

  • Consideramos que a carência de liberdades básicas neste Estado nos translada a um cenário que se amplia mais alá do Direito a decidir dos povos. Estamos num cenário de luita pola independência do povo catalám que entronca com a defesa das já mermadas liberdades básicas, entre las que se acham o direito de reuniom, o direito de manifestaçom, o direito de opiniom e o direito dos povos à autodeterminaçom. A luita nom se pode circunscrever exclusivamente ao território catalám. Catalunha é a ponta de lança da luita popular polas liberdades coletivas e individuais da classe trabalhadora e dos povos submetidos ao jugo do Estado espanhol.

  • Expressamos a nossa repulsa perante o aumento da repressom do Estado, cujas práticas coercitivas contra a populaçom para impedir o direito à autodeterminaçom do povo catalám som inadmisíveis em qualquer Estado que queira situar-se nuns parámetros minimamente democrático-burgueses. O Estado espanhol, apoiado por partidos e inteletuais espanholistas, está aplicando de facto o estado de exceçom sem atrever-se a declará-lo oficialmente.

  • A proposta da pseudoesquerda espanhola -tam pouco “ruturista” como muito chauvinista- por promover umha saída negociada de caráter institucional entre a Generalitat e o Governo espanhol mendiante um inverosímil “referendo patuado” é umha artimanha que tam só pretende ganhar tempo para evitar o exercício do direito de autodeterminaçom da Catalunha e desmovimentar ao seu povo. Os direitos conquistam-se luitando, nom se adquirem pola “benevolência” dos opressores.

  • O direito à autodeterminaçom é um direito irrenunciável dos povos. Entendemos que a repressom do Estado vai encaminhada a violentar este direito que poria em xaque o Regime do 78, a monarquia bourbónica como garante e o Estado espanhol como quadro de acumulaçom de capital, e abriria um caminho que outras naçons poderiamos transitar num futuro próximo.

  • Também expressamos com rotundidade a nossa solidariedade com o povo catalám e com a CUP, sublinhando a legitimidade do próximo Referendo de autodeterminaçom do dia 1 de outubro, e a nossa defesa de um resultado positivo que abra o caminho face umha Catalunha independente que permita a libertaçom dos Países Cataláns.

Abaixo o imperialismo!

Viva Catalunha livre!

Pola independência dos povos e um mundo socialista!

20 de setembro de 2017

AGORA GALIZA [Galiza]

BOLTXE [País Basco]

COMUNISTAS DE CASTILLA [Castela] 

INICIATIVA COMUNISTA [Estado espanhol] 

NACIÓN ANDALUZA [Andaluzia]

PLATAFORMA LABORAL E POPULAR [Portugal]