Comunicado nº 69: 50 aniversário do assassinato do Che. Até a vitória sempre!

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50 aniversário do assassinato do Che

Até a vitória sempre!

 

Há 50 anos na Bolívia foi assassinado Ernesto Guevara, popularmente conhecido como o Che. Após ser capturado ferido na Quebrada del Churo, no seu último combate contra as forças imperialistas, foi executado ao dia seguinte por ordens diretas de Washington.

Embora lhe cortassem as maos, e durante décadas os seus restos estivérom ocultos numha fossa comum, o seu exemplo rebelde segue vivo nas luitas da classe trabalhadora e dos povos pola sua emancipaçom e libertaçom.

O Che é um dos paradigmas do coerente militante revolucionário, do ser humano altruista e solidário, austeiro e humilde, leal e criativo, dos que nunca se arrugam perante adversidades e contratempos, entregado à causa da justiça social e da liberdade, referente do ser humano novo a construirmos para edificar o Socialismo.

Afastados da caricaturizaçom da sua figura polo imperialismo, da mercantilizaçom da sua imagem, da banalizaçom e inofensiva interpretaçom da sua trajetória polas posiçons conciliadoras e pactistas do reformismo, a esquerda revolucionária independentista e socialista galega queremos reivindicar o melhor da exemplar açom teórico-prática do Che, o “degrau mais elevado da espécie humana”.

A perserveráncia na luita e a pedagogia do exemplo, a superioridade da ética e da moral revolucionária, o intransigente apoio ao direito de autodeterminaçom dos povos, a defesa do socialismo, o amor à humanidade oprimida, o anti-imperialismo e a solidariedade internacionalista, a complementaçom criativa de todas as formas de luita para conquistar o poder, som algumhas das ensinanças do seu marxismo revolucionário, que Agora Galiza incorporou na sua mochila de combate para contribuir para a vitória da Revoluçom Galega.

O Che nom é alheio a Galiza, como a Galiza nom lhe foi alheia ao Che. Dúzias de galegas e galegos de geraçons anteriores combatérom com ele no vitorioso Exército Rebelde e no Movimento 26 de Julho na Cuba de Fidel, posteriormente centenares de compatriotas seguírom a estela do seu exemplo no DRIL de Pepe Velo e do comandante Soutomaior, nas guerrilhas das países latinoamericanos de acolhida como Vitor Fernandes Palmeiro, Fernando Hoyos ¨Comandante Carlos” ou Maria Seoane Toimil, nos combates por umha Pátria Socialista na Galiza postfranquista.

Sabemos que “o caminho é longo e está cheio de dificuldades”, mas quando estes dias estamos constatando a brutalidade do imperialismo espanhol para esmagar o direito de autodeterminaçom da Catalunha, quando padecemos as letais consequências das políticas ultraliberais assimilacionistas do governinho Feijó, a destruiçom planificada das bases materiais da naçom e do idioma com que Carme Árias também lhe falava a Ernesto Guevara, nos ratificamos em que “todos os dias há que luitar para que esse amor à humanidade vivinte se transforme em factos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilizaçom”.

Hoje, 50 anos após a fracassada tentativa do imperialismo por acalar o Che, o povo trabalhador galego explorado e empobrecido polo capitalismo e Espanha, a juventude operária e popular, tem a necessidade e o dever de levantar a sua bandeira e portar a adarga no braço para impulsionar a nossa luita e vencer. Eis a melhor homenagem que se lhe pode fazer neste 50 aniversário!!

A luita é o único caminho!

A rebeliom é um direito e umha necessidade!

Pátria Socialista ou morte! Venceremos!

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 3 de outubro de 2017