25-N. Combate o terrorismo machista SEM FEMINISMO DE CLASSE O PATRIARCADO AVANÇA

Padrão

(COMUNICADO Nº 75 da Direçom Nacional)

25-N. Combate o terrorismo machista

SEM FEMINISMO DE CLASSE O PATRIARCADO AVANÇA

Termos presentes as protagonistas da Revoluçom de Outubro é um dever de qualquer revolucionária e revolucionário que pretenda transformar o mundo dumha ótica feminista e marxista.

É preciso lembrar todos os logros atingidos naquela altura, conhecer o seu pensamento, o seu discurso, muito adiantado ao seu tempo tendo em conta os posteriores debates que dérom as feministas radicais dos anos 60 do passado século.

Entre outras muitas cousas elas conseguírom eliminar o casamento religioso, acadárom um modelo de divórcio de mútuo acordo, suprimírom a pátria potestade do homem sobre a mulher, eliminando a imposiçom de apelido, nacionalidade ou domicílio, conseguírom o direito ao aborto, a ilegitimidade dos filhos foi abolida, suprimirom-se a disposiçons penais contra o adultério e a homossexualidade, foi instaurada a educaçom mista nas escolas … As bolcheviques fôrom mulheres convencidas de que nengumha mudança profunda é possivel sem transformaçons materiais estruturais, e assim o demonstrárom com a sua prática.

Hoje, 100 anos mais tarde e num contexto completamente diferente, achamos que as mulheres trabalhadoras galegas temos na agenda demasiadas questons pendentes em todos os ámbitos em que nos movemos. Nas ruas, nos centros de trabalho, nas escolas e já agora no seio das organizaçons em que militamos, sem esquecer o próprio movimento feminista.

As campanhas institucionais e o colaboracionismo que as mais das vezes se fai desde a suposta alternativa feminista do país serve de exemplo da precária situaçom que vivemos na atualidade. De nada servem as batukadas, as manifestaçons lúdico-festivas ou os minutos de silêncio que enchem as ruas e as praças das nossas vilas e cidades de hipocrisia, quando umha de nós é assassinada. Nom acreditamos em pactos estatais com o inimigo, nom nos aliamos com quem direta ou indiretamente contribuiu ou contribui para a nossa perda de direitos ou apoia posicionamentos contrários aos nossos interesses.

Nom achamos oportuno tecer alianças com quem nom chama as cousas polo seu nome ou quem simplesmente incorpora a etiqueta de feminismo aos seus programas com fins eleitorais.

Só um feminismo de classe e combativo será quem de guiar a nossa revoluçom e fazer frente à barbarie patriarco-capitalista que nos oprime. Só assim seremos quem de atingir a nossa liberdade e conquistar os nossos direitos; os perdidos, e os que ainda ficam por conseguir.

Nom podemos contuinuar a dar por válidos os discursos baseados no lamento e nom na soluçom. Precisamos conscientizar, estar no lugar onde nos corresponde, tomar a iniciativa e afastar-nos do feminismo burguês e institucionalizado.

É necessária a auto-organizaçom das mulheres com consciência de classe, mas também que as organizaçons da esquerda galega que se declara feminista fagamos autocrítica, questionemos os privilêgios dos militantes e tomemos medidas reais para que nom se reproduzam determinados comportamentos que também som um problema e um grave impedimento à hora de avançar na luita antipatriarcal.

Neste 25 de novembro -Dia internacional contra a violência machista-, lembramos todas as mulheres assassinadas polo terrorismo machista neste 2017, mas também queremos lembrar aquelas que estivérom na vanguarda da luita na sua época: Nadezhda Krupskaya, Inessa Armand ou Alexandra Kollontai. E como afirmou esta última: as mulheres temos que ser livres económica, psicológica e sentimentalmente.

Nem cúmplices nem indiferentes!

Avante o feminismo galego de classe!

Na Pátria, 25 de novembro de 2017