Comunicado nº 77
A OBSCENIDADE DOS 28.4€
Aparentemete o anúncio de incremento de 4% do Salário Mínimo Interprofissional [SMI] soa bem. Os seus promotores apresentam o acordo como se de um presente de Natal se tratasse.
Porém, é um novo engano promovido polo governo bandido de M. ponto Rajói com a cobertura do patronato e de CCOO e a UGT.
Segundo o pactuado, o SMI passará dos 706.7€ atuais a 736€ em 2018, quer dizer, um incremento de 28.4€!!
O documento assinado marca como objetivo atingir os 850€ em 2020, sempre que o PIB do Estado espanhol incremente 2,5% anualmente, e a Segurança Social logre umha média de 459.000 novos cotizantes.
Estamos assistindo portanto, nom só a umha nova infámia da oligarquia para maquilhar as suas agressivas políticas contra o povo trabalhador e empobrecido. O acordado é umha obscenidade do resucitado “sindicalismo” amarelo espanhol que constata que é umha máfia com dezenas de milhares de burócratas que vivem de vender e atraiçoar a classe operária.
A instantánea do presidente do governo espanhol e a ministra de emprego Fátima Bañez, acompahados por Unai Sordo [CCOO], Josep Maria Álvarez [UGT], Juan Rosell [CEOE] e Antonio Garamendi [CEPYME], é a foto da conciliaçom e o pacto social que a oligarquia e o “sindicalismo” vem praticando desde os Pactos da Moncloa de 1977, cerne da atual desmobilizaçom e derrota do movimento operário.
Umha considerável parte do povo trabalhador e empobrecido tem ingressos inferiores ao atual SMI tal como denúncia a Confederaçom Intersindical Galega. “As trabalhadoras e trabalhadores que ingressam menos de metade do SMI é de 18,1% na Galiza e o coletivo que nom atinge ingressos anuais iguais ao SMI é de quase 31% do total”.
Tal como se recolhe nas “502 medidas concretas para um Governo obreiro e popular, patriótico e feminista” plasmadas no PTRP [Programa Tático para a Rebeliom Popular], elaborado pola esquerda independentista e socialista galega em 2013, qualquer SMI inferior aos 1.200€ só perpetua a sobre-exploraçom da força de trabalho e a depauperaçom dos setores mais vulneráveis do povo trabalhador.
Perante este cenário, o acordo assinado consolida a pobreza estrutural.
736€ é o valor da maioria das garrafas de vinho que bebem os ricos nas suas ceias, é pouco mais do que oficialmente ganha diariamente o monarca espanhol.
Agora Galiza denúncia esta burla contra a nossa classe e apela para a imprescindível mobilizaçom para respostar a esta nova agressom.
Direçom Nacional de Agora Galiza
Na Pátria, 27 de dezembro de 2017