Comunicado nº 79. Solidariedade com tod@s @s represaliad@s por exercer o legítimo direito à rebeldia e desobediência

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Solidariedade com tod@s @s represaliad@s por exercer o legítimo direito à rebeldia e desobediência

As políticas ultraliberais implementadas na última década polos governos de Zapatero e de M ponto Rajói, seguindo as instruçons da oligarquia espanhola e os diktames da UE, nom só tenhem provocado a depauperaçom de amplos setores populares.

Tenhem ido acompanhadas por umha bateria de reformas legais visadas para incrementar a repressom, a censura e o corte das raquíticas liberdades e direitos conquistados na luita polo povo trabalhador.

As contínuas modificaçons do Código Penal, a “Lei de Segurança Cidadá”, popularmente conhecida como “lei mordaça”, a reediçom do velho “pacto antiterrorista” sob a nova denominaçom de “pacto antiyihadista”, a “Lei de enjuiçamento criminal”, a criminalizaçom dos conflitos e reivindicaçons operárias e populares polos meios de [des]informaçom burgueses, a cadeia perpétua disfarçada sob a fórmula eufemística de “prisom permamente revisável”, o rearme, incremento e modernizaçom do aparelho repressivo do Estado espanhol, o aumento dos gastos militares, a constante acusaçom de “delito de ódio” contra quem questiona o regime de 78, a conculcaçom permanente da sua legalidade, formam parte de um todo, som diversas peças da estratégia repressiva que procura combater toda forma de dissidência para impor a pax bourbónica e blindar o regime oligárquico.

Boa parte dos processos repressivos estám baseados em acusaçons falsas contra quem legitimamente protesta e exerce o direito à rebeldia, som montagens policiais que procuram esmagar os setores mais combativos com a finalidade de intimidar e provocar um efeito dissuasório.

Os resultados desta estratégia repressiva que acompanha a deriva fascistizante do postfranquismo, é evidente. O atual refluxo e desmovimentaçom é consequência da incorporaçom à lógica institucional de forças e setores populares que participavam ativamente a inícios da década no ciclo de luitas, mas também do temor à repressom derivado do endurecimento do regime e a aplicaçom destas leis de excepçom.

A justiça espanhola é basicamente umha justiça burguesa. Benévola com os ricos e poderosos, e brutal com as pobres e oprimidas.

Assim devemos entender as desproporcionadas e disparatadas solicitudes de prisom e multas contra as pessoas identificadas e detidas por exercerem solidariedade contra a repressom policial no despejo do centro social Escárnio e Maldizer, contra os 12 rapeiros do coletivo “A Insurgência”, contra Aida Vasques, ativista do centro social Gomes Gaioso, contra Emílio Cao, da organizaçom juvenil Xeira.

Só procuram a exemplaridade repressiva, para impor a resignaçom paralisante e lograr a plena domesticaçom do povo trabalhador galego.

Mas a única forma de combater com êxito a escalada autoritária e a legislaçom de excepçom que aplicam a quem defende os seus direitos individuais e também os coletivos, é precisamente incrementar os protestos e gerar condiçons para desbordar a maquinária repressiva da oligarquia espanhola.

Só mediante a auto-organizaçom operária, popular e nacional, promovendo umha estratégia de luita que desafie e desobedeça a ditadura burguesa espanhola nos centros de trabalho e ensino, utilizando a rua como espaço preferencial, poderemos avançar.

A luita é o único caminho!

Denantes mort@s que escrav@s!

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 31 de janeiro de 2018