Comunicado nº 92. Moçom de censura contra M ponto Rajói: manobra de distraçom sem percorrido transformador

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Comunicado nº 92

Moçom de censura contra M ponto Rajói: manobra de distraçom sem percorrido transformador

A anunciada moçom de censura contra o governo de M. Ponto Rajói, promovida polo PSOE, só facilitará a recomposiçom do regime.

O apoio anunciado por Podemos, e polos grupos parlamentares das organizaçons nacionais da Catalunha e do País Basco, asseguram o possível sucesso aritmético da iniciativa.

Porém, esta operaçom pretende gerar umha nova falsa ilusom entre a classe trabalhadora e o conjunto das camadas populares empobrecidas polas políticas ultraliberais do PP.

A alternáncia política da pseudemocracia bourbónica serve para reforçar o corrupto e criminal regime postfranquista, mas carece de percorrido algum para adotar as mais básicas medidas visadas para a sua transformaçom.

O novo governo carecerá de capacidade e vontade política, porque nom passará de aplicar simples retoques cosméticos que aparentarám mudanças para que todo continue igual.

O PSOE de Pedro Sánchez, Susana Díaz e Abel Caballero, é o mesmo partido que aprovou a reforma laboral contra o conjunto do povo trabalhador, que iniciou a privatizaçom da sanidade e da educaçom, que facilitou os cortes na proteçom social e a perda de poder aquisitivo das pensons, que apoia o artigo 155 que tem intervido o autogoverno catalám. O PSOE é um partido profundamente chauvinista espanhol e portanto negador do direito de autodeterminaçom da Galiza, que mais alá da retórica está cómodo com a lei mordaça, a criminalizaçom do movimento popular, os diktados macroeconómicos de Bruxelas e do FMI, as intervençons imperialistas da NATO.

PSOE é um partido do regime, submisso ao Ibex 35, incapacitado para promover nem a mais elementar “regeneraçom democrática”.

Para assegurar o sucesso da moçom de censura já tem garantido os apoios de Podemos, ERC, PdCat e Compromís, e deve optar ou bem polos 5 votos do PNB, ou bem polos 2 de Bildu e o voto de Coaliçom Canária e Nueva Canarias, até atingir os 176.

Mas isto é intrascendente para os interesses da classe obreira, das mulheres trabalhadoras e da naçom galega. É simples política espectáculo para anestesiar a luita e deslocar o conflito das ruas.

Agora Galiza tem claro que esta operaçom novamente pretende continuar a adormecer o povo trabalhador, susbtituíndo a sua imensa capacidade de luita por umha saída “palaciana”, que procura recompor o agravamento da crise de legitimidade do regime perante as continuas detençons e condenas de dirigentes do PP polas suas práticas mafiosas e criminais.

Que nom nos enganem pretendendo fazer-nos acreditar que o problema é o PP, para assim proteger e salvar o regime de 78 e a sua monarquia ilegítima.

A profunda crise do postfranquismo carece de saída institucional. O plano estratégico da oligarquia contempla no seu horizonte imediato seguir aprofundando na viragem reacionária e autoritária.

A moçom de censura só servirá para ganhar tempo e adiar que o neofalangismo laranja ganhe as eleiçons, e portanto se imponha em Madrid um governo de indiscutível caráter ultrareacionário.

Porque a incapacidade e vontade para resolver a grave situaçom que atravesa o povo trabalhador no quadro do capitalismo, os compromissos do PSOE e em menor medida de Podemos com a “unidade indivisível” do espaço de acumulaçom e expansom de capital denominado Espanha, som foguetes sem pólvora, carregados de falsas expetativas que só provocarám mais deceçom e frustraçom, o caldo de cultivo perfeito para o crescimento de C´s.

Agora Galiza considera que só a luita de massas do povo trabalhador organizado, unido e movimentado sob um programa anticapitalista, feminista e de libertaçom nacional, poderá despreender-se da oligarquia e do seu regime.

A greve geral convocada pola CIG para vindouo 19 de junho é umha magnífica ocasiom para ensaiar a rebeliom obreira e popular que tombe o regime, abra um processo constituínte e instaure um governo obreiro e popular, patriótico e feminista.

Achamo-nos numha situaçom alarmante, no preámbuilo de um fascismo de novo cunho. É a alternativa nom som falsas unidades em defesa dos “direitos democráticos ameaçados”, e sim unidade de açom antifascista sob um programa revolucionário anticapitalista e socialista.

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 25 de maio de 2018