Comunicado nº 102: Feliz 2019! Só combatendo há vitórias

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Feliz 2019! Só combatendo há vitórias

Afastados do falso triunfalismo da “esquerda” sistémica, mais umha ano o balanço do ano que agora finaliza nom pode ser positivo para a nossa classe e a nossa naçom.

2018 foi um ano negativo para as condiçons de vida da maioria social, para povo trabalhador e empobrecido da Galiza. A ofensiva permanente contra as bases materiais e imateriais da Naçom galega caraterizárom o tratamento a que foi submetida polo Estado imperialista espanhol e a UE.

O ano do que agora nos despedimos, foi novamente desaproveitado pola classe trabalhadora galega, que desprovida de umha vanguarda tangível, com capacidade de direçom e intervençom, nom logra avançar na cada vez mais urgente e necessária reorganizaçom de um bloco operário e popular socialista, patriótico e feminista.

Até lograrmos este objetivo prioritário seguiremos sendo vítimas desarmadas e reféns da burguesia, carne de canhom da oligarquia.

Tal como afirmavamos há agora um ano, “até que a Galiza do Trabalho supere o estado de marasmo, até que o povo trabalhador galego nos despreendamos da abduçom coletiva que nos paralisa mediante o medo e os mais variados métodos invisíveis de alienaçom, e optemos por constituir verdadeiras ferramentas defensivas com vocaçom de vencer, seguiremos sofrendo um após outro, os golpes das depredadoras receitas neoliberais dos cortes e da austeridade, impostas polo capitalismo senil para que sigamos sendo nós, entre suor e sangue, quem paguemos a sua crise”.

Em 2018 constatamos o fracasso do ilusionismo eleitoral promovido polo reformismo no nosso país, visado para articular inofensivas maiorias aritméticas ao PP cujo eixo som políticas continuistas.

A implosom da Marea e o estancamento do BNG, abrem o caminho ao avanço do fascismo sem complexos, perante a sua incapacidade congénita e carência de vontade política de defender as aspiraçons do povo trabalhador.

Desprovidas do entusiasmo que gerárom conjunturalmente, na atualidade som simples e convencionais maquinárias eleitorais que contribuem para desmovimentar o povo trabalhador, alimentando o desencanto e a frustraçom que facilita o avanço da demagogia populista fascista.

Contribuírom para retirar o conflito dos centros de trabalho e ensino, das ruas, substituindo o protagonismo dos setores populares pola delegaçom nos cargos institucionais hegemonizados pola pequena-burguesia covarde e pactista. A anulaçom da greve geral convocada na Galiza no mês de junho é paradigma desta nefasta prática política.

Com este cenário prognosticamos que 2019 será no melhor dos casos um ano similar ao que agora finalizamos.

Na comemoraçom do 200 aniversário do natalício de Karl Marx, verificamos e denunciamos como no seu nome se implementam políticas antagónicas com o seu projeto revolucionário e genuinamente anticapitalista. Agora Galiza-Unidade Popular seguimos inspirados na sua tradiçom rebelde. A vigência do pensamento do barbudo de Tréveris guia o nosso agir.

Diga o que diga a esterilizada casta pequeno-burguesa empoleirada nas maquinárias eleitorais da esquerda” sistémica, o capitalismo nom se pode reformar, nem a via para conquistar a nossa emancipaçom é a democracia burguesa.

Sem umha coerente açom teórico-prática classista todos os conflitos estám condenados de antemao ao fracasso. O exemplo da “via catalana” é o melhor expoente dos movimentos populares sem direçom operária.

Na profunda crise do capitalismo senil a escala global e nas suas particularidades no Estado espanhol devemos procurar a derriva autoritária do postfranquismo.

Nom estamos assistindo à configuraçom do fascismo, estamos assistindo à sua recomposiçom.

Nas necessidades da oligarquia de endurecer a exploraçom de classe e opressom nacional das naçons oprimidas como a Galiza, para manter as suas taxas de ganho, devemos procurar as causas da promoçom do neofalangismo articulado em C´s, a viragem ultrareacionária do PP de Casado e Feijó, e agora no fascismo sem complexos representado por Vox.

A oligarquia espanhola da terceira restauraçom bourbónica, a UE e o FMI necessitam implementar umha nova volta de porca visada para seguir aplicando novas medidas para disciplinar o movimento operário.

O novo governo de Pedro Sánchez é umha paréntese imprevista. Mais alá da retórica e de mornas medidas neokeynesianas, incumpre as principais promesas que provocárom o êxito da moçom de censura contra M ponto Rajói no mês de junho.

Configurar um bloco popular antifascista é tarefa prioritária da classe trabalhadora galega. O fascismo deve ser denunciado e combatido sem contemplaçons nem panos quentes, com unidade, coragem, firmeza e determinaçom.

SEGUIMOS NA LUITA

Agora Galiza-Unidade Popular tem claro que em 2019, seguiremos na travessia polo deserto, só com a companhia e o arroupe das bandeiras da rebeliom. Porém, seguiremos agindo com coerência tática, mas sem renunciarmos ao horizonte estratégico da Revoluçom Galega, ao projeto socialista e feminista de libertaçom nacional.

A II Assembleia Nacional realizada 1 de dezembro fecha a etapa de interinidade após a nossa constituiçom como força política em julho de 2015, abre umha nova etapa que facilita reconstruir e reimpulsionar a esquerda revolucionária galega, o independentismo socialista e feminista.

A involuiçom política vai continuar sob a forma do endurecimento chauvinsta tam funcional para desviar a atençom das massas, facilitando assim a superaçom da profunda crise de legitimidade que arrasta o regime do 78. Confrontar as classes trabalhadoras dos diferentes povos submetidos polo Estado espanhol, oculta as práticas gansteris das elites políticas.

A oligarquia espanhola necessita acelerar o processo de recentralizaçom administrativa, recuperar boa parte das transferências cedidas às Autonomias, religitimar o seu projeto imperialista, continuar com o plano de ajustamentos e reformas laborais que solicita o FMI e o Banco Central Européu, esmagar a cada vez mais debilitada Catalunha rebelde, e domesticar definitivamente as forças enquadradas na “nova política”.

Frente a este cenário ou claudicamos ou resistimos. Agora Galiza-Unidade Popular nom duvida qual é a única alternativa. Eis polo que apelamos à juventude trabalhadora galega a implicar-se ativamente na tarefa histórica de reconstruir as ferramentas de combate e vitória que necessita a nossa classe e a nossa naçom.

Somos consciente que a imensa maioria dos problemas que padecemos como povo trabalhador e empobrecido, derivam do atraso e dependência que o capitalismo nos tem asignado na divisom internacional do Trabalho.

Sabemos que sem conquistarmos a independência e a soberania nacional nom é possível construir umha Galiza sem exploraçons nem opressons, que sem umha estratégia política de organizaçom e mobilizaçom social permanente e encadeada, empregando a rua e a combinaçom de todas as formas le luita, nunca se poderá disputar ao Capital a conquista do futuro que nos nega.

Nom queremos despedir 2018 sem denunciar e lembrar as três compatriotas brutalmente assassinadas polo terrorismo machista.

Queremos transmitir umha sincera saudaçom socialista e patriótica a todas as pessoas que com diferentes graus de implicaçom e compromisso tenhem permitido avançar na reconstruçom do projeto revolucionário da esquerda independentista que Agora Galiza-Unidade Popular representa.

Também queremos saudar o conjunto da Galiza que acredita no povo galego, a classe obreira, a juventude, as mulheres trabalhadoras, o povo empobrecido que participou nas luitas para conquistar um futuro mehor.

Saudar os presos e presas políticas galegas, tod@s @s represaliad@s, as organizaçons galegas e estrangeiras amigas, o movimento popular galego e os povos que em 2018 nom cedérom perante os embates do imperialismo, com destaque para o povo sírio, catalám, palestiniano, colombiano, iraquiano, afgao, venezuelano, iemeni, do Dombass … a todos eles a nossa solidariedade internacionalista.

Em 2019 ratificaremos e necessidade e a vigência da luita internacionalista. No ano no que se comemora a fundaçom da III Internacional, Agora Galiza-Unidade Popular apela ao conjunto das organizaçons anticapitalistas e revolucionárias do conjunto do palneta, a dar passos na direçom de construir espaços internacionalistas de reflexom, debate, coordenaçom e promoçom de luitas contra o imperialismo e o capitalismo.

Até a vitória sempre!

Denantes mort@s que escrav@s!

Independência e Pátria Socialista! Venceremos!

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 30 de dezembro de 2018