Comunicado nº 126: O SHOW DA CIMEIRA CLIMÁTICA FRACASSA UMHA APÓS OUTRA

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O SHOW DA CIMEIRA CLIMÁTICA FRACASSA UMHA APÓS OUTRA

A 25º ediçom da última conferência da ONU sobre a mudança climática 2019 (COP25), celebrou-se em Madrid, capital do Estado espanhol. Perante os contundentes protestos e mobilizaçons promovidas polo povo trabalhador contra o reacionário e terrorista governo de Piñera no Chile, as élites políticas optárom por trasladá-la.

Nesta nova cimeira, organizada entre o dia 3 ao 13 de dezembro, constatou-se de novo a falta de vontade das grandes potências económicas mundiais para estabelecer medidas contundentes para frear a mudança climática e a cada vez mais visível catástrofe ecológica cara a que caminha o planeta.

Mas em todas as cimeiras e conferências promovidas pola ONU, nom há interesse em denunciar o principal responsável da mudança climática e da destruçom do planeta, o capitalismo.

Estes shows internacionais promovidos polo imperialismo, limitan-se a fazer mornas declaraçons, tecer inconsistentes acordos e estabelecer medidas de caráter superficial, que nom afeta nem o mais mínimo à raíz do problema. Desviam a questom, culpando e responsabilizando a maioria da populaçom, de sermos cúmplices da situaçom na que está sumida o planeta, como se adotando medidas de caráter individual no ámbito de consumo, sem questionar os paradigmas e mudar o sistema e o modo de produçom, fosse suficiente.

Esta última conferência sobre a mudança climática, na que estivo presente Greta Thunberg, títere do capitalismo verde, e na que participárom mais de 200 países, de novo contou com a cobertura maciça dos méios de des-informaçom burgueses, interessados em dar a este tipo de atos a maior repercussom social.

Ao igual que aconteceu nas 24 ediçons anteriores, esta nova conferência voltou a fracassar. Os continuos vetos e negativas promovidos polas principais potências imperialistas à hora de implementar medidas tendentes a reduzir a contaminaçom e iniciar mudanças estruturais no consumo e na produçom, impossibilitárom atingir acordos concretos e tangíveis para fazer frente à ameaça climática que tanto a esquerda revolucionária, como os movimentos ecologistas ou a comunidade científica, levamos anos denunciando.

O fracasso pom de manifesto a pugna e conflituosidade que há trás cada cimeira climática: os interesses das duas classes históricamente antagónicas. O interesse da classe trabalhadora e dos povos que sofrem todas as consequências da mudança climática em contraposiçom com os privilêgios da burguesia, grandes corporaçons empresariais e políticos lacaios. Como é evidente, prevalecem os interesses dos segundos, principais responsavéis pola contaminaçom, destruçom da natureza e do planeta.

Estas hipócritas iniciativas internacionais, que fracassam umha após outra, nom manifestam nem a mais mínima vontade por alterar e mudar o depredador modo de produçom capitalista. A decandência do sistema capitalista em plena etapa de crise estrutural é, para as maiorias sociais e povos, o inimigo mais perigoso.

A oligarquia nom está interessada em abordar de maneira eficaz o problema da emergência climática já que afetaria diretamente os seus privilêgios, aos que nom estám dispostos a renunciar.

É consciente da gravidade da situaçom, consideram necessário promover eventos e conferências com a finalidade de desviar a atençom do verdadeiro problema que desencadeia a castástrofe climática, gerando umha falsa consciência e inquietude na populaçom. Mas também necessita de determinadas ferramentas e mecanismos que lhe permitam manter-se no poder e garantir a sua hegemonia mundial.

Desde a esquerda revolucionária galega acreditamos na luita organizada e unitária do povo trabalhador, oprimido e explorado contra o Capital, em defesa de um sistema político, social e económico onde os méios de produçom nom estejam controlados pola burguesia, nem ao serviço desta, senom ao serviço da imensa maioria social.

Isto só se pode lograr mediante a revoluçom socialista. A única alternativa é a luita polo socialismo e a toma do poder, só assim a classe trabalhadora poderá implementar medidas eficazes para construir umha sociedade igualitária e justa, frear a nossa dessapariçom como espécie, e reverter a destruçom da natureza e do planeta.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 21 de dezembro de 2019