Incautaçom e nacionalizaçom das residências privadas!
A crise sanitária do coronavírus destapa as péssimas condiçons e precariedade dos centros da terceira idade, sendo o principal foco de contágio na Galiza. Umha grave situaçom que já acontecia antes de que se decretasse o estado de alarma sanitária.
A falta de medidas e material de prevençom para fazer frente ao coronavírus, somado às lamentáveis condiçons já existentes, estám convertendo as residências, principalmente as de titularidade privada, em autênticos centros de extermínio.
A Junta da Galiza entregou a atençom das pessoas maiores às empresas privadas, destacando DomusVi e San Rosendo, esta última vinculada à Igreja Católica. No mês de abril do ano passado, dispunha de 21.179 vagas nos centros de maiores, 77,2% de gestom privada e 22,8% de gestom pública. A percentagem tam baixa situa a Galiza nos últimos postos do ranquing de atençom à terceira idade a escala estalal, e por baixo das recomedaçons da OMS, tanto no referido à prestaçom de serviços de caráter público, como em cifras totais. A Organizaçom Mundial da Saúde recomenda 5 vagas por cada 100 pessoas maiores de 65 anos. Atualmente na Galiza é de 3.1, das que tam só um terço som de gestom pública.
Nestes últimos anos, associaçons de familiares de residentes, organizaçons sindicais e forças políticas apresentárom denúncias e queijas perante a Conselharia de Política Social sobre a situaçom das residências, sem que nengumha fosse aceitada.
No mês de novembro de 2019, a conselheira Fabiola García comparecia no Parlamento defendendo o atual modelo assistencial de atençom à terceira idade, negando críticas, falta de meios materiais, aglomeraçons, precariedade laboral e recursos humanos nos centros.
No hegemónico setor privado, a cumplicidade da Junta com o patronato das residências é mais que evidente. O nível de cumplicidade do PP com os que concebem os cuidados dos maiores como simples mercadoria para obter lucro, chega até o ponto de que o patronato é advertido com anterioridade da visita das inspeçons para evitar sançons.
A taxa de benefícios empresariais junto com as ajudas e tarifas pagadas polos usuários, é mui elevada. Em Vigo os preços rodam entre os 1.950 e os 2.312 € em residências como a DomusVi-O Barreiro ou os 2.387 e os 4.358 € na de Sanitas. Som residências nas que nom se podem acolher pessoas procedentes das camadas populares.
Esta situaçom agrava-se pola pandemia do coronavírus. Hoje som mais de 110 o número de falecidos nas residências segundo os maquilhados dados oficiais.
A Junta olha cara outro lado perante as denúncias e tenta encobrir a sua responsabilidade e a do patronato na gestom da crise do coronavírus.
Paradigmático desta criminosa negligência é o caso da residência Domus-Vi, intervida recentemente pola Junta. Numha denúncia dos trabalhadores recolhe-se que os maiores saos partilham quarto com os enfermos, que faltam Equipas de Proteçom Individual (EPIs) ou medidas de segurança para evitar novos contágios.
As lamentáveis condiçons e gravíssimas irregularidades dalguns centros é tal, que a Junta perante esta situaçom nom tem mais remédio que fechá-los. Eis o caso de A Fonsagrada [comarca de Burom], após comprovar-se que 29 ancians tinham síntomas de maltrato.
As associaçons de familiares de maiores residentes também denunciam a falta de transparência e informaçom no tratamento do COVID-19 nas residências. Asseguram que podem chegar a transcorrer vários dias sem conhecer a situaçom dos residentes, nem contatar os seus familiares. Sostenhem que os dados publicados pola Conselharia de Política Social nom som exatos.
A Conselharía de Sanidade publica um informe diário com o cómputo de pessoas contagiadas, hospitalizadas ou em cofinamento, dos falecimentos ou dos ingressos nas UCIs. Enquanto a de Política Social fai o próprio respeito ao número de contagiados nas residências de maiores ou pessoas dependentes.
Isto provoca desajustes en fatores como a mortalidade, enquanto o Sergas só soma no seu informe diário os falecimentos nos hospitais,sem contar com os centros de maiores.
Perante esta grave situaçom, Agora Galiza- Unidade Popular exige que todos os responsáveis desta devastadora catástrofe humanitária entre os setores mais vulneráveis, o patronato e o governo da Junta, a conselheira Fabiola García e o presidente Feijóo, sejam julgados por presunta conduta criminal e vulneraçom dos direitos humanos.
Também exigimos o fortalecimento dos serviços públicos e a imediata nacionalizaçom dos centros sanitários e sociosanitários (residências de maiores, pessoas dependentes ou menores) e dotaçom ao pessoal sanitário e trabalhadores dos centros dos EPIs e material necessário para realizar as tarefas de desinfeçom e atençom.
A saúde da maioría da populaçom nom pode converter-se num negócio para a burguesia!
Na Pátria 11 de abril de 2020