Comunicado nº 143. BENIGNO E MONCHO, INSEPARÁVEIS COMPANHEIROS E BÚSSOLAS DA REVOLUÇOM GALEGA

Padrão

BENIGNO E MONCHO, INSEPARÁVEIS COMPANHEIROS E BÚSSOLAS DA REVOLUÇOM GALEGA

Todo projeto político genuinamente transformador, portanto revolucionário, deve contar com um imaginário coletivo próprio.

A desputa pola hegemonia operária frente à burguesa, é umha batalha permanente a desenvolver em todos os ámbitos sociopolíticos, sem exceçons.

A construçom de umha organizaçom socialista e feminista galega de libertaçom nacional, nom só necessita de um programa político tático flexível, de uns sólidos princípios ideológicos, de umha estratégia visada para a tomada do poder, de um discurso sedutor. Exige possuir umha cosmovisom cultural, antagónica à do inimigo de classe e do seu imperialista projeto nacional.

Mas também, no processo de edificaçom da força revolucionária, devemos emprestar recursos e energias a deslindar linha política, frente os diversos reformismos e oportunismos, com destaque para aqueles de fachada socialista, que exercem de muro de contençom da luita popular, inserindo calculadas doses anestesiantes e falsos tratamentos analgésicos.

Somos umha organizaçom marxista e revolucionária, polo que reivindicamos Marx e Lenine.

Somos um destacamento operário cujo específico quadro nacional de luita se desenvolve na periferia do centro capitalista. O nosso objetivo estratégico é contribuir para organizar a Revoluçom Socialista Galega como parte indissociável da Revoluçom Socialista mundial. Somos portanto umha organizaçom internacionalista. Eis polo que reivindicamos o Che Guevara.

Somos umha força patriótica e socialista galega. Luitamos por umha Galiza sem exploraçom capitalista, nem patriarcado, por umha Galiza dotada de um Estado operário plenamente soberano. Eis polo que bebemos da melhor tradiçom do marxismo autótono, do que tentou implementar umha açom teórico-prática desde a nossa singular morfologia de classes. Desse marxismo capaz de ver com olhos próprios o nosso país, de interpretar mediante a dilatética materialista a nossa história, de pensar com cabeça própria. Do marxismo sem adulteraçons, capaz de despreender-se das tutelagens assimilacionistas da metrópole madrilena, e das dependências sucursalistas.

Eis polo que reivindicamos as figuras de Benigno Álvarez e de Moncho Reboiras, sem maquilhagens nem manipulaçons.

Ambos formam parte do mais aperfeiçoado frontispício metalúrgico da épica rebelde proletária. Fam fonte de inspiraçom que emana das mais profundas entranhas do povo oprimido que nunca se resignou a ser submisso e servil.

Benigno e Moncho, representam a mais elaborada vocaçom, a mais firme decisom de construírmos um movimento revolucionário galego, dirigido pola classe operária, com programa e direçom operária, sintetizando a luita pola emancipaçom de classe com a libertaçom nacional desta parte do universo chamada Galiza.

Ainda somos modestas crisálidas, porém, fazemos parte da semente da sua heroica entrega, da sua exemplar perserverância.

O mesmo flagelo fascista que agora volta a ameaçar-nos com a prepotência e a arrogância putrefacta da pior escória, fracassou em 1937 e 1975, quando pensou que mediante a sua perseguiçom e aniquilaçom física, lograriam estirpá-los da história e da memória coletiva.

O imenso latejar do coraçom de Benigno e de Moncho, a genial inteligência de Moncho e de Benigno, estam permanentemente vivos na nossa mochila de combate, flamejam nas nossas rubras bandeiras, bulem com intensidade nos nossos sonhos e anelos de conquistarmos um mundo novo.

Por muito que irritem às leituras canónicas da charlatanaria, que só pratica funambulismo eleitoralista e cretinismo parlamentar, desde hoje, os campos de milho de Maceda e de Imo, a serra de Sam Mamede e as veigas do Sar, ficam eternamente geminadas por Benigno e por Moncho, solenemente complementadas para forjar a vitória.

Honra e glória para ambos!

Independência e Pátria Socialista!

Antes mortos que escravos!

Venceremos!

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

8 de junho de 2020