27 de junho, 89 aniversário da proclamaçom da Iª República Galega. ANTIFASCISTA E OBREIRA

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27 de junho, 89 aniversário da proclamaçom da Iª República Galega.

ANTIFASCISTA E OBREIRA

A menos de três meses da instauraçom do regime republicano -que no Estado espanhol susbtitui a corrupta e criminal monarquia bourbónica-, nom demorárom as novas autoridades em agravar a Galiza.

Umha onda de indignaçom operária e popular percorreu a coluna medular da Pátria. No Ourense de Jesusa Prado e António Fernández Carnicero, na Compostela de Carnero Valenzuela, Eduardo Puente “O Nécoras” e Pedro Campos Couceiro, o Carvalhinho de Ernesto Atanásio “O Corcheiro”, na Póvoa de Seabra, milhares de trabalhadores e trabalhadoras saírom as ruas perante a aldraje centralista que tinha paralisado as estratégicas e vitais obras do caminho de ferro Corunha-Compostela-Ourense-Samora.

Em Ourense foi dia 25, e na capital da Galiza dous dias depois -27 de junho de 1931-, quando umha greve geral de orientaçom revolucionária de inspiraçom proletária, proclama a 1ª República Galega.

Umha massa de homens e mulheres da Compostela do Trabalho, após terem assistido a um grande comício na Alameda, dirigem-se à praça do Obradoiro para posteriormente ocuparem as instalaçons municipais do paço de Rajói.

Antom Alonso Rios é nomeado primeiro presidente da Junta Revolucionária da República Galega numha jornada de indiscutível releváncia histórica, que a historiografia espanhola e autonomista deliberadamente continuam ocultando.

Mas umha hábil e veloz manobra do governo espanhol, reiniciando as obras do ferrocarril, desativa o desenvolvimento do movimento insurrecional.

Embora a proclamaçom da nossa independência nacional foi efémera, 27 de Junho deve ser umha data fundamental do calendário galego, que trascende a simples declaraçom simbólica e anedótica.

Hoje, quando o fascismo age com impunidade, é umha fraude qualquer programa que desde o campo da “esquerda” defenda umha sociedade justa e livre, sem renúncia a tombar o regime de 78 e favorecer o exercício do direito de autodeterminaçom, sem condiçons nem restriçons.

Depositar esperanças e expetativas no governo “progre” de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias, nom passa de meras ilusons, que só provocarám frustraçom e desmobilizaçom popular.

Sem recuperarmos a soberania conculcada por Espanha e a UE, nom há a mais mínima possibilidade de implementar um programa de reformas visadas para melhorar as condiçons de vida, recuperar e alargar os direitos sociais e as liberdades do conjunto do povo trabalhador galego.

Carece de percorrido algum toda aquela estratégia que, reivindicando mudanças e transformaçons sociais, nom se incardina na defesa intransigente dumha Pátria soberana. Sem proclamarmos a 2ª República Galega nom podemos construir um País com justiça social.

Só umha República Galega de caráter socialista pode abrir o caminho a umha nova Galiza com justiça social, liberdades e plenos direitos. A pola Segunda!