Reflexom eleitoral de Lenine

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Na brochura “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”, Lenine questiona com sólidos argumentos, a estrategia dumha parte da Terceira Internacional, especialmente os camaradas ingleses e alemans, acusando-os de seguir umha desviaçom face posiçons de extrema esquerda, por defender como princípio o boicote aos processos eleitorais burgueses.

Como é natural, para os comunistas da Alemanha o parlamentarismo ‘caducou politicamente’; mas, trata-se exatamente de nom julgar que o caduco para nós tenha caducado para a classe, para a massa. Mais uma vez, constatamos que os “esquerdistas” nom sabem raciocinar, nom sabem conduzir-se como o partido da classe, como o partido das massas. Vosso dever consiste em nom descer ao nível das massas, ao nível dos setores atrasados da classe. Isso nom se discute. Tendes a obrigaçom de dizer-lhes a amarga verdade: dizer-lhes que suas ilusons democrático-burguesas e parlamentares nom passam disso: ilusons. Ao mesmo tempo, porém, deveis observar com serenidade o estado real de consciência e de preparaçom de toda a classe [e nom apenas de sua vanguarda comunista], de toda a massa trabalhadora [e não apenas dos seus elementos avançados]”.

[LENINE “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”,1920]

Em base a umha análise concreta dumha situaçom concreta -a Galiza de 2020 após 12 anos de governos de Feijó-, a esquerda revolucionária galega organizada em Agora Galiza-Unidade Popular, nesta ocasiom “nem participa nem apoia nengumha das candidaturas, mas tampouco solicitamos exercer o legítimo direito de abstençom que tem definido nos últimos anos a nossa posiçom.

Compartilhamos os anelos e desejos da imensa maioria do povo trabalhador galego da urgência de retirar o PP do governo autonómico exercendo o seu voto 12 de julho.

Mas também sabemos que no hipotético caso de Feijó perder a maioria absoluta, o governo alternativo que se pudesse configurar, nom aplicará políticas estruturalmente diferentes às do PP. Será um governo de “cara amável”, similar ao de PSOE/Unidas Podemos, que incumprirá entre sorrisos e boas palavras os compromissos adquiridos.

A alternativa operária e popular, patriótica e socialista, que a Galiza necessita, só pode ser construída ao calor da luita unitária nas ruas, empregando as instituiçons burguesas como simples caixa de resonáncia, onde exercer pedagogia de massas para demonstrar a impossibilidade de legislar ao serviço das maiorias sem superarmos o capitalismo.

Portanto, a militáncia e simpatizantes de Agora Galiza-Unidade Popular, adotará a decisom mais coerente e consequente com a linha política revolucionária do projeto de classe e patriótico que com perserverança estamos construíndo”.