INTERVENÇONS DE PAULO VILA E CARLOS MORAIS NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

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INTERVENÇOM DE PAULO VILA NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

Praça 8 de Março, Compostela, Galiza, 25 de Julho de 2019

Mais um ano mais desde a esquerda revolucionária e patriótica galega organizamos este ato, na Praça 8 de Março, para reivindicar e luitar polo cumprimento dos nossos objetivos: A Independência Nacional e o Socialismo.

De Agora Galiza-Unidade Popular insistimos na necessidade de que tem que ser o povo trabalhador quem dirija a luita com o objetivo de construir umha Galiza antifascista, livre e vermelha.

A única alternativa a este Estado mafioso que vulnera constantemente os direitos e as liberdades democráticas mais elementares, é a República Socialista Galega.
Somos conscientes da nefasta situaçom na que se acha a esquerda revolucionária, nom só na Galiza, também no resto do Estado espanhol. A farsa do parlamentarismo burguês e o jogo institucional som mecanismos mui eficaces com os que a burguesia controla a populaçom e legitima o regime de 78.

O reformismo, espanholista e autonomista galego, é umha ferramenta burguesa altamente funcional para adormecer o povo trabalhador e eliminar toda consciência de classe. Sem o reformismo, à burguesia nom lhe seria tam fácil exercer a sua dominaçom e exploraçom sobre a classe trabalhadora.
A crise pola que atravessa o reformismo, tanto na Galiza como no resto do Estado espanhol, demonstra a ineficácia de estas forças políticas para defender os interesses da classe trabalhadora e lograr tombar o atual regime postfranquista.

É necessário reconstruir a esquerda revolucionária galega.

Umha esquerda para luitar e combater, umha esquerda sem complexos, afastada das práticas conciliadoras e pactistas.
Eis a razom pola que reafirmamos a nossa linha tática: Confrontar, deslindar, organizar e acumular.

Confrontar o sistema, mediante umha açom teórico-prática que permita deslindar com forças que só procuram reformar o Estado. Só assim poderemos organizar o povo trabalhador para acumular forças que nos permitam tomar o poder.

Descartamos a nossa integraçom nas frentes interclassistas. Essa mistura de forças chauvinistas espanholas, socialdemocratas, trotskistas, autonomistas galegas, é um auténtico fiasco.

As frentes como En Marea, articuladas num espaçom comum institucional, carentes de umha linha anticapitalista e de classe, nom só nom confrontárom o PP nem denunciáron a natureza reacionária do Estado, ademais maquilhárom o PSOE convertendo-o num aliado.

O PSOE, contrariamente ao que afirma a esquerda domesticada, nom é mais que direita revestida com umha carcaça progressista. Umha organizaçom afim aos interesses do IBEX 35 que efetuou privatizaçons, políticas contra a classe trabalhadora, nega o direito de autodeterminaçom, apoia invasons imperialistas e o terrorismo de estado.
Nom existe diferença substâncial entre o PSOE de Pedro Sánchez e o do terrorista Felipe González.

Seja o governo do PP ou do PSOE, a deriva reacionária do Estado continua. O avanço e impunidade do fascismo, o chauvinismo espanhol presente em todas as forças do regime, as políticas de cortes em direitos, a repressom contra o povo trabalhador ou as detençons, torturas e montagens policiais contra ativistas políticos som umha prova de todo isto.

Há uns meses o independentismo galego sofreu de novo a repressom por parte do Estado com novas detençons injustificadas sob o pretexto de pertença a umha organizaçom armada inexistente.

Eis polo que reclamamos mais um ano o fim do encadeamento d@s militantes independentistas galeg@s, o fim das políticas terroristas de dispersom e exigimos a sua imediata posta em liberdade.

A péssima situaçom na que vive a juventude galega, a emigraçom, o terrorismo machista, o desemprego, ou o saqueio dos nossos recursos, som conseqûencia da opressom que padece Galiza por parte do Estado Espanhol, pola UE e polo capitalismo.

Camaradas, companheiras e companheiros, nom podemos deixar-nos enganar polo fetichismo eleitoral, nem na via institucional que promove a esquerda domesticada. Estes partidos nom suponhem nengum perigo para o Estado, já que nom estám dispostos a quebrar com o atual quadro jurídico-político do regime de 78.

Perante esta situaçom também consideramos necessário o estabelecimento de relaçons com outras organizaçons anticapitalistas e revolucionárias para poder chegar a acordos e alianças táticas. A Conferência Internacional que ontem promovimos e à que assistirom várias das organizaçons aqui presentes, foi encaminhada a contribuir na tarefa de restaurar e de defender a causa dos fundamentos do marxismo e do anticapitalismo.

A saída nunca poderá chegar unicamente desde as instituçons burguesas, senom luitando nos nossos centros de trabalho e nas ruas. Nom está na reforma de esta cárcere de povos chamada Estado espanhol, nem em sacar do governo o PP ou o PSOE.

A alternativa está em derrubar a unidade de Espanha, unidade de mercado que só beneficia a oligarquia, oprimindo, saqueando e explorando os trabalhadores das diferentes naçons do Estado.

Desde a esquerda revolucionária galega defendemos a criaçom de um bloco popular antifascista e anticapitalista para confrontar com contundência o fascismo e o regime postfranquista.

É necessário tombar este regime putrefacto e o sistema capitalista que o sustenta para podermos construir umha sociedade justa e igualitária para a classe trabalhadora galega.

A rebeliom popular é o caminho!
Viva Galiza antifascista, livre e vermelha!
Viva a República Socialista Galega!

INTERVENÇOM DE CARLOS MORAIS NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA


Dim que à terceira vai a vencida. Novamente, e vam já três ediçons!, este modesto destacamento militante da causa nacional e de classe, organizamos este ato político no Dia da Pátria desta milenária naçom trabalhadora chamada Galiza, para reivindicar sem matizes a Independência Nacional e o Socialismo.

Nom somos independentistas de fim de semana! Nom passeamos a estrela vermelha, a fouce e o martelo, símbolos imperecedeiros da emancipaçom operária, nas jornadas litúrgicas!

Agimos exatamente como o que somos e procuramos construir: umha Galiza antifascista, livre e vermelha!

Há exatamente 365 dias, deste esta mesma tribuna, afirmávamos que somos expressom organizativa de umha corrente sociopolítica cujas origens emamam das três derrotas concatenadas, padecidas nas últimas décadas, pola classe obreira e o conjunto do povo trabalhador.

Mas nem a derrota na guerra de classes de 1936-39 perante o fascismo. Nem a capitulaçom do reformismo perante a maquilhagem do franquismo na segunda metade da década de setenta, nem a definitiva implosom em 1991 da Uniom Soviética e simultánea vitória do imperialismo a escala mundial, nos conduzírom a arriar bandeiras, transitando face o amável e inofensivo espaço das patéticas “esquerdinhas” lights que tanto gosta o Ibex 35 e os donos do mundo.

Era a opçom mais fácil e cómoda!, mas temos princípios e ética revolucionária, polo que optamos polo que a consciência exigia, polo caminho tortuoso e minado, o único que nos conduz à emancipaçom e a libertaçom.

Afastados de derrotismos e claudicaçons, tam só queríamos, como seguimos querendo, transmitir com honradez a nossa leitura do presente. Nom queremos enganar o nosso povo, nem embelezar a realidade.

Eis polo que longe dos discursos triunfalistas dos partidos sistémicos e das forças que tam só pretendem remendar o postfranquismo, colocando esparadrapo nas profundas desigualdades sociais e injustiças inerentes ao capitalismo, temos o dever revolucionário de reconhecer que novamente se divisa umha nova derrota no horizonte.

O regime de 78 tem logrado avançar na sua estabilizaçom política, incorporando à sua lógica sistémica boa parte das forças que aparentemente pretendiam a sua superaçom.

O elo fraco da sua principal contradiçom irresoluta, -a reivindicaçom de liberdade nacional- segue intacto. Porém, logrou domesticar os brios independentistas da burguesia catalana, quebrar o bloco pequeno-burguês falsamente ruturista, catapultar às suas instituiçons a umha força genuinamente fascista visada para ameaçar e dissuadir a reorganizaçom da classe operária, agir de muro de contençom deste cárcece de povos chamado Espanha, cujo pedra angular é a monarquia bourbónica imposta por Franco.

Atiçando a ameaça do fascismo, o principal partido do regime logrou conjunturalmente superar a sua crise interna que ciclicamente o situa num período de turbulências que facilita a alternância política com o PP, eixo desta falsa democracia.

Umha parte considerável do povo trabalhador galego voltou a deixar-se enganar, reforçando eleitoralmente o PSOE da família Caballero, vulgar sucursal e franquícia autótone da fraçom oligárquica espanhola que representa o fraudulento Pedro Sánchez e o aparelho de Ferraz.

O longo ciclo eleitoral no que seguimos instalados, é o mais útil e eficaz mecanismo da ditadura burguesa sob a forma de democracia parlamentar, para manter adormecidas as potencialidades revolucionárias da classe operária e do povo trabalhador.

Na atual fase da luita de classes e de libertaçom nacional da Galiza, a frente eleitoral nom é umha prioridade para a esquerda revolucionária galega. As nossas principais tarefas e reptos som combater a desmobilizaçom, o desarme ideológico, o abandono do imaginário simbólico, sem as quais nom é viável reconstruir as ferramentas de combate e defesa que a nossa classe e a nossa naçom necessitam, para evitarmos assim transitar inexoravelmente face à derrota final.

Quando em julho de 2015, após a implossom artificialmente inoculada polos que hoje som comparsinhas do autonomismo socialdemocrata, iniciamos a reconstruçom da esquerda independentista e socialista galega, sabíamos que era um objetivo mui difícil.

O punhado de militantes que nom claudicamos nem abraçamos a derrota, nem optamos polos cómodos refúgios do neopinheirismo reintegracionista, ou por susbtituir a contradiçom Capital-Trabalho polo disparatada confrontaçom de género promovida polos think tanks do imperialismo, sabíamos que era umha tarefa complexa, para a que era necesssário combinar doses de paciência, perserverância e habilidade. Figemos balanço autocrítico, mas também intervirmos com coragem e decisom, despreendendo-nos de falsos complexos.

A dia de hoje, podemos afirmar que estamos perto de lograrmos consolidar-nos como um modesto e coeso núcleo militante revolucionário, conseguindo basicamente atingir os dous objetivos prioritários que traçamos:

1-Situar-nos como um projeto socio-político revolucionário, autónomo e independente do regime, evitando sermos satélite ou apêndice de nengum dos dous pólos reformistas que pugnam pola hegemonia eleitoral da margem “esquerda” da partitocracia.

2- Avançarmos na depuraçom ideológica que com urgência necessita a esquerda que nos reclamamos do marxismo e pretendemos cumprir um rol destacado e protagónico na organizaçom e triunfo da Revoluçom Socialista/Comunista.

A Conferência Internacional que onte promovimos, para contribuirmos para a tarefa de restaurar os fundamentos basilares do anticapitalismo socialista/comunista, deve ser avaliada positivamente e analisada com perspetiva histórica.

Logramos um grau de elevado acordo com organizaçons amigas peninsulares sobre a necessidadade de expurgar a teoria científica alicerçada por Marx e Engels, das leituras amórficas e práticas antagónicas com o seu caráter subversivo.

Contamos com destacadas contribuiçons teóricas de camaradas da América Latina insurgente.

Avançamos na demostraçom de que é possível e necessário gerar pensamento próprio na Galiza, afastado do patético papanatismo e seguidismo mesetário de uns, e das parciais e inofensivas leituras identitárias de prática folclorizante que carateriza o acionar político da pequena-burguesia autonomista.

Reafirmamos que a nossa luita deve ser travada prioritária, mas nom exclusivamente, nesta trincheira que denominamos Galiza, mas sempre fazendo parte de umha causa a escala mundial. Somos umha força patriótica galega, mas também somos umha organizaçom genuinamente internacionalista. Nom o praticamos desde a abstraçom metafísica, e sim desde umha realidade material concreta e determinada.

Só combinando ambas concepçons poderemos contribuir para a causa que há agora 100 anos deu lugar à fundaçom em Moscovo da III Internacional, de cujo espírito profundamente insurrecional nos reclamamos e com orgulho reivindicamos.

* * *

Camaradas, companheiras e companheiros: aqui estamos e aqui seguimos!!

Frente à mal denominada “normalidade institucional” que carateriza o agir da “esquerdinha” covarde e acomplexada desta gigantesca cloaca denominada Estado espanhol, dessa “esquerdinha” que só aspira situar as suas elites nas instituiçons do inimigo, a razom da nossa existência é reorganizarmos a esquerda revolucionária galega, formar e enssamblar a nova geraçom militante que tem a responsabilidade histórica de conduzir com êxito a luita por umha Galiza livre e vermelha, onde o patriarcado seja plenamente abolido.

Somos conscientes das nossas limitaçons conjunturais, mas também sabemos que só é questom de tempo a eclosom das potencialidades de um projeto revolucionário como o nosso.

Eis polo que para superarmos o estado de amorfismo e disgregaçom no que se acha instalado o povo trabalhador e empobrecido da Galiza, é necessário fugir de leituras acarameladas, de prometer soluçons fáceis, de alimentar ilusons, de falsas expetativas.

Todo o que as geraçons que nos precedérom lográrom, todas as conquistas atingidas em direitos e liberdades, fôrom resultado de suor, sangue e lágrimas, vertidas pola classe operária, os povos oprimidos e as mulheres trabalhadoras.

Sabemos bem que só tomando o poder lograremos ensaiar esse mundo novo que a imensa maioria da humanidade sonhou nalgum momento da sua vida. Essa sociedade presidida pola felicidade, harmonia e paz que hoje semelha ser umha utopia, mas que algum dia a espécie humana logrará fazé-la realidade.

E o caminho para lográ-lo nom o vamos achar nos parlamentinhos nem apresentando moçons, queixas e alternativas seguindo a perversa logica das instituiçons dos que nos oprimem e exploram.

Apreendemos as leiçons históricas, nom esquecemos que ao igual que na Rússia de 1917, na Cuba de 1959, no Portugal de 1974, na Nicarágua de 1979, ou na Venezuela de 1992, o céu só se toma por assalto.

Bem sabemos que nom podemos pretender que os que hoje convertérom o planeta num lugar apocalíptico para centenares de milhons de trabalhadores e trabalhadoras, nos abram amigavelmente as portas do seu particular paraíso e nos convidem hospitalariamente a compartilhar os seus privilégios, pois estes emanam diretamente da nossa miséria.

A III restauraçom bourbónica nom se pode reformar nem democratizar, este regime nom é possível regenerá-lo e democratizá-lo, o capitalismo nom se pode remendar. Há que construir um mundo novo sobre as cinzas do atual. Todo parto é doloroso. É pura lei de vida!

* * *

Camaradas, companheiras e companheiros:
Nunca cansaremos de repetir que nom podemos reduzir o inimigo às três expressons do tripartido reacionário e fascista representado polo PP, C´s e Vox.

O PSOE, contrariamente ao que afirma a sua casta burocrática, os sus meios de [des]informaçom, e basicamente polo aval que lhe concedem os partidos da “esquerdinha” sistémica, nom é umha força progressista. Aqui radica umha das falácias mais funcionais da arquitetura jurídico-política do postfranquismo: lavar a cara do PSOE, alimentar o seu falso perfil de partido de “esquerda”.

Gerar expetativas entre a classe obreira no novo governo de Pedro Sánchez, quando os nove meses na Moncloa fôrom continuidade do ciclo reacionário de M. Ponto Rajói, esmolar um governo de coaligaçom, é seguir alimentando o engano das últimas quatro décadas, receitando analgésicos que só paliam momentaneamente a dor, mas nom permitem a cura.

Tal como já prognosticamos no passado Dia da Pátria, mais alá da retórica, dos gestos, do estilo, o governo de Pedro Sánchez é um governo ao serviço do Ibex 35, da UE do Capital, do FMI, pregado ao imperialismo ianque.

Agora Galiza-Unidade Popular rejeita o frentismo anti-PP que só lava a cara do PSOE.

Agora Galiza-Unidade Popular defende a necessidade de constituir entre as forças de caráter operário um bloco popular antifascista, dotado de um programa anticapitalista e anti-imperialista. Levantar umha muralha antifascista segue sendo a dia de hoje a principal prioridade da classe operária e do povo trabalhador galego.

Queremos derruvar o regime de 78, construir na Galiza umha sociedade socialista de mulheres e homens livres e emancipados, um país sem machismo nem patriarcado, solidário com todos os povos do mundo.

Até a vitória sempre!
Viva Galiza ceive e socialista!
Viva a Revoluçom Galega!

Comunicado nº 117: Avaliaçom dos resultados eleitorais de 28 de abril

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Avaliaçom dos resultados eleitorais de 28 de abril

Novamente Agora Galiza-Unidade Popular fomos a única organizaçom política galega que apelamos publicamente a nom votar.

Como organizaçom revolucionária marxista nom defendemos nem exercemos umha doutrina abstencionista. A posiçom fixada para 28A deriva dumha leitura concreta da conjuntura concreta. Defendimos a abstençom consciente porque nom apresentamos candidatura própria, e porque nom existia nengumha candidatura que conjugasse dialeticamente um genuíno programa anticapitalista e patriótico galego.

Nom votar era e segue sendo a única opçom coerente como força revolucionária, até que haja melhores condiçons objetivas e subjetivas que recomendem reabrirmos esta frente de luita, nalgumha suas diversas variantes.

Eramos conscientes que na específica atmósfera deste processo, votar era a opçom hegemónica entre aqueles setores sociais do nosso contorno, entre os trabalhadores e trabalhadoras, a juventude, que participa ativamente na luita social e política de coordenadas antisistémicas.

Porém, nada devemos, nem nada queremos de ninguém, para termos que fazer méritos ou pagar favores. A independência de classe frente ao regime de 78, o Estado, a burguesia e os partidos sistémicos da pequena-burguesia, permitem adotar decisons táticas e manter umha linha estratégica coerente com o projeto sociopolítico do qual procedemos e reivindicamos como próprio, e que teimamos em reconstruir contra vento e maré.

Sabiamos que o temor ao auge do fascismo sem complexos representado por Vox, habilmente alimentado polos meios de [des]informaçom do social-liberalismo e polo PSOE, lograria um destacável incremento da participaçom.

Resultados na Galiza autonómica

Na Comunidade Autónoma aumentou 15.16 pontos, passando de 58.76% a 73.96%, sendo a mais elevada desde 1977. No conjunto do Estado espanhol aumentou perto de 10 pontos, passando de 66.48% a 75.75%, a quarta mais alta no postfranquismo, só superada nos eleiçons de 1977, 1982 e 1996.

Dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras galegas, assustadas pola ameaça fascista, optárom polo mal denominado voto “útil”, concentrando-o no PSOE para assim frear as expetativas dos inquéritos manipulados e maquilhados para gerar tendências eleitorais.

A nível autonómico, o grande vencedor destas eleiçons foi o PSOE da família Caballero, logrando um histórico sorpasso sobre o PP de Feijó e Casado, atingindo 524.844 votos [32.13%], mais 176.830 votos, embora ainda mui afastado do seu teito de 750 mil em 2008.

Agitando o fantasma do fascismo logrou ativar e concentrar destacados segmentos sociais, basicamente nas províncias de Ourense e Lugo onde, perante a impossibilidade das opçons socialdemocratas de atingir cadeira [Podemos, BNG, En Marea], aglutinou o voto contra as três organizaçons situadas no campo do fascismo.

O PP da corrupçom e o saqueio, do neoliberalismo selvagem, perdeu 200 mil votos, situando-se como segunda força com 447.562 votos [27.39%].

A deliberada autovoadura do fraudulento espaço conhecido até há umhas semanas como “nova política”, passou fatura entre o seu eleitorado. A candidatura da socialdemocracia espanholista apresentada sob a marca Unidas Podemos, com 236.746 votos [14.49%], segue sendo a terceira força política a nível autonómico galego, mas mui afastada do PSOE com o que em 2016 mantinha um “empate técnico”. Perdeu mais de 110 mil votos, 60% da sua representaçom, passando de 5 a 3 deputados.

O outro vencedor destas eleiçons é o neofalangismo laranja. C´s sumou 47 mil votos mais, ficando como quarta força política com 182.678 votos [11.18%].

O autonomismo socialdemocrata fracassou no seu objetivo de recuperar a presença institucional nas Cortes espanholas. Embora BNG duplicou apoios, passando dos 45.252 votos de 2016 aos atuais 93.810 [5.74%], ficou mui longe de atingir representaçom em Madrid.

O fascismo sem complexos representado por Vox fracassou parcialmente no nosso país. Com metade da percentagem de apoios logrado a nível estatal, os 86.126 votos [5.27%] fôrom insuficientes para atingir cadeiras. A relativa solidez das sólidas redes de clientelares e de dominaçom do PP autótono, evitárom umha maior fuga de votos, tal como foi a tendência a escala estatal.

O devacle da Marea constata os erros da estratégia que facilitou a recomposiçom do eurocomunismo espanhol na Galiza. A catástrofe nas urnas da marca eleitoral de Villares, com tam só 17.726 votos [1.08%], confirma que a experiência da mestizagem frentista que levamos denunciando sem trégua, só foi útil para as sucursais dos partidos socialdemocratas espanhóis.

Os resultados testemunhais atingidos polas candidaturas marxistas, similares aos que logravamos como NÓS-UP, constatam que na atual fase da luita de classes na Galiza a frente eleitoral nom serve para acumular forças visadas para umha estratégia revolucionária.

Resultados a nível estatal

PSOE concentrou o voto “útil” da esquerda social e política, somando 2 milhons mais de sufrágios com respeito a 2016. Com 7.480.755 votos [28.66%] passa de 85 a 123 deputados nas Cortes e logra por primeira vez maioria absoluta no Senado, convertendo-se assim no gestor absoluto do artigo 155 da constituiçom postfranquista.

Com 4.356.023 sufrágios [16.70%], o descalabro do PP de Casado e Aznar superou as piores expetativas. Perdeu mais de 3.600.000 votos, umha parte dos quais passásom a C´s e Vox.

C´s quase atinge o sorpasso sobre o PP. O neofalangismo logrou 4.136.600 votos [15.66%], perto de 1 milhom mais de apoios, procedentes da hemorragia do PP.

Aliança socialdemocrata entre IU e Podemos com outras organizaçons menores, passou a ser 4ª força política nas Cortes. A coaligaçom liderada por Pablo Iglesias atingiu 3.118.191 votos [11.96%], perdendo polo caminho mais de 1 milhom de votos.

A terceira expressom eleitoral do fascismo espanhol entra com força no Parlamento da III restauraçom bourbónica com 2.677.173 votos [10.26%], mas mui por baixo das falsas expetativas deliberadamente sementadas e divulgadas polo aparelho de desinformaçom do social-liberalismo e as forças socialdemocratas. Os 23 deputados de Vox encabeçados por Abascal, som resultado da hemorragia “casadista” e do desprestígio acumulado entre a base social reacionária pola corrupçom do PP.

Destacar os importantes éxitos eleitorais do independentismo pequeno-burguês e burguês catalám, [ERC e JxCat] e basco [EH Bildu e PNB] que incrementam a sua representaçom.

Balanço e perspetivas

A esquerda revolucionária galega compreende o alívio que amplos setores operários e populares sentírom na noite de domingo 28 de abril, quando a ameaça de umha maioria arítmética das três forças reacionárias e fascistas carecia da suficiente correlaçom de forças.

Porém, disentimos e nom compartilhamos a euforia polo devacle do PP, e as falsas expetativas novamente geradas sobre um governo “progressista” encabeçado polo PSOE.

A experiência histórica das cinco décadas de postfranquismo constatam e reafirmam, umha e outra vez, que o partido de Pedro Sánchez é umha força reacionária tingida de vermelho descorido.

Nada se deve aguardar do PSOE do 155, da reforma laboral, do submetimento ao Ibex 35, aos monopólios e multinacionais, do PSOE leal à NATO e UE, de apoio ao golpismo venezuelano, de alinhamento com o imperialismo, mais alá de gestos políticos aparentemente progressistas que nom questionem a hegemonia do Capital nem o chauvinismo espanhol.

É injustificado este entusiasmo e alegria, pois o “frentismo antifascista” da precampanha e campanha eleitoral foi umha fraudulenta, mas eficaz estratégia, para ganhar as eleiçons. Mecanismo exitoso para o PSOE, mas nom para a socialdemocracia que viu como 40% dos seus apoios eleitorais se fugárom para o partido de Pedro Sánchez e os Caballeros.

Todo indica que as duas opçons preferentes do PSOE som governar em solitário com os seus 123 deputad@s, mediante pactos geometricamente variáveis, ou bem um governo com grande estabilidade legislativa em coaligaçom com o o neofalangismo de Albert Rivera.

Ibex 35, CEOE e a troika terám a última palavra à hora de decidir que alternativa é a melhor para reforçar a exploraçom e a opressom, e estabilizar a multicrise do capitalismo espanhol.

A segunda opçom [governo PSOE com o neofalangismo] constataria o gigantesco engano que supujo concentrar votos no PSOE para derrotar o fascismo nas urnas.

A debilidade da socialdemocracia para condicionar o governo do PSOE, prognostica novamente quatro anos de medidas permanentes contra os direitos e liberdades do povo trabalhador. Na nova legislatura PSOE terá que implementar a agenda neoliberal que exige Bruxelas e o FMI, e cuja consequências serám mais dor, mais sofrimento e mais miséria para a classe operária e as camaras populares.


A estratégia d
o voto “útil” antifascista constata que nom estava suficientemente fundamentada, pois nom se pode desligar da luita anticapitalista o combate contra a forma terrorista que adota a ditadura burguesa.

Agora Galiza-Unidade Popular consideramos que a tarefa prioritária segue sendo erguer umha muralha antifascista, pois nom se pode subestimar a dimensom eleitoral/institucional das três forças fascistas.

O perigo desta ameaça segue plenamente vigente, e mais quando PSOE carece realmente de vontade política para esmagá-los.


Agora Galiza-Unidade Popular realiza um apelo para o conjunto das forças, partidos e entidades antifascistas, a iniciar um processo de conversas para constituir um espaço galego antifascista.

Lamentamos que a Galiza siga fora de jogo pola carência de umha força que represente coerente e dignamente os interesses da sua classe obreira e da Naçom. A ausência nas Cortes do autonomismo socialdemocrata nom suplantaria esta dramática situaçom de invisibilidade derivada do processo de assimiliaçom em curso, pois só agiria de muletinha galeguista do PSOE, como já fai nas Deputaçons de Corunha e Ponte Vedra.

Só a presença de umha força revolucionária, dotada de um programa genuinamente anticapitalista e patriótico, poderia representar a Galiza do Trabalho, a Galiza dos oprimidos e excluídas, a Galiza rebelde e combativa, utilizando este altofalante institucional para denunciar o atraso e dominaçom a que nos submete a dupla pressom do capitalismo espanhol e da UE.

Nom há mais caminho que a auto-organizaçom operária e popular para luitar polo nosso futuro. A derrota real das forças reacionárias nom será nas urnas e sim nos centros de trabalho e ensino e nas ruas. Há que abandonar o fetichismo da aritmética eleitoral, superarmos a superstiçom de que se pode ganhar umhas eleiçons na “democracia” dos banqueiros e dos monopólios, na “democracia” postfranquista. Se confiamos na immensa força que temos como classe e naçom, em que somos mais que eles, na imensa potencialidade da nossa unidade e mobilizaçom, lograremos derrotá-los.


A rutura com o regime postfranquista só se vai produzir num processo socialista de libertaçom nacional. Simplesmente Espanha e o capitalismo é irreformável.


O seu sucesso require apostar na luita operária e popular, pola orientaçom e direçom classista, pola complementaçom de todos os métodos de luita, subordinando o institucional/eleitoral à luita de massas, por promover e organizar a conflituosidade nas ruas e centros de ensino e trabalho, por construir cultura rebelde.


Som tempos de combate ideológico, de deslindar e confrontar com as fraudes reformistas e populistas para assim podermos acumular forças revolucionárias.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 30 de abril de 2019

74 aniversário da derrota da Alemanha nazi polo Exército Vermelho, e 44 aniversário da libertaçom do Vietnam pola FLN.

Comunicado nº 116: Viva Euskal Herria independente e socialista! Solidariedade internacionalista galega

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Viva Euskal Herria independente e socialista!

Solidariedade internacionalista galega

A ampla coincidência à hora de avaliarmos como claramente insuficiente a via eleitoral-institucional no combate ao regime postfranquista, é mais um nexo de uniom, irmandade e camaradagem das nossas organizaçons.

Perante as condiçons adversas nas que agimos, como consequência de processos similares de implosom organizativa e claudicaçom ideológica dos movimentos dos que procedemos, descartamos participar no processo eleitoral da ditadura burguesa espanhola.

Herritar Batasuna e Agora Galiza-Unidade Popular, desde duas formaçons sociais concretas diferentes, atingimos similar posiçom frente o processo eleitoral de 28 de abril.

Isto foi possível porque ambas empregamos idêntica ferramente revolucionária de análise e interpretaçom da realidade. O marxismo forneceu-nos os mecanismos científicos ajeitados para descartar apoiarmos qualquer das candidaturas falsamente autosituadas, no campo da mal denominada “esquerda” e no soberanismo.

Nom alimentamos o ilusionismo eleitoral nem a trampa do voto útil para frear a involuiçom fascista. A experiência histórica do movimento operário com o que nos identificamos e reclamamos como parte intrínseca da nossa mochila de combate, sabe que o fascismo só se pdoe derrotar nas ruas com contundência e unidade.

A razom da nossa existência, nom é gerir “honestamente” as instituiçons burguesas e espanholas, nom é ocuparmos espaços do quadro jurídico-político vigorante visado para a sua regeneraçom.

A razom da nossa existência é construir duas forças políticas para contribuir a subversom do presente, para contribuir para organizarmos a Revoluçom Socialista basca e galega, como parte da Revoluçom Socialista mundial.

No ano do 100 aniversário da III Internacional, é fundamental reconstruir espaços unitários de análise, coordenaçom e luita a escala internacional, pois combatemos idêntico inimigo, o capitalismo monopolista na sua fase neoliberal.

Hoje, a luita anti-imperialista recobra máxima vigência e atualidade tal como a concebérom os bolcheviques quando refundárom em 1919 a Internacional, a Komintern.

Agora Galiza-Unidade Popular encaminha abraço fraterno à militáncia de Herritar Batasuna, saúda o Aberri Eguna de 2019, e transmite a solidariedade internacionalista da Galiza rebelde e combativa com a Euskal Herria que nom se ajoelha, que continua em pé com firmeza na luita pola independência e o Socialismo.

Gora Euskal Herria askatutá e sozialista!

Gora Euskal Iraultza Sozialista!

Denantes mortos que escravos! Venceremos!

Na Pátria, 21 de abril de 2019

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Comunicado nº 108: 8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. FEMINISMO DE CLASSE

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8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

FEMINISMO DE CLASSE

“Qual é o objetivo das feministas burguesas? Conseguir as mesmas vantagens, o mesmo poder, os mesmos direitos na sociedade capitalista que possuem agora os seus maridos, pais e irmaos.

Qual é o objetivo das operárias socialistas? Abolir todo tipo de privilêgios que derivem do nascimiento ou da riqueza. A mulher obreira é-lhe indiferente se o seu patrom é homem ou mulher”.

[Alexandra Kollontai]

Este breve fragmento da sólida obra teórico-prática da dirigente bolchevique, que ocupou a primeiro ministério da mulher da história, sintetiza perfeitamente qual deve ser a linha e a orientaçom política na luita pola emancipaçom das mulheres trabalhadoras galegas.

Paradoxalmente o relato do feminismo hegemónico na Galiza, que oculta e nega a luita de classes, apresentando às mulheres como um todo com idênticos interesses objetivos, convertendo a “contradiçom” de género no seu eixo, nom questiona os alicerces da dominaçom burguesa.

O feminismo hegemónico, tanto o liberal-progressista como o pequeno-burguês, está esterilizado para encabeçar e dirigir umha mudança genuinamente revolucionária visada para superar a exploraçom, opressom e dominaçom que padece o conjunto do povo trabalhador galego.

Eis polo que boa parte do seu programa é assumido por as forças políticas sistémicas, tanto as social-liberais como as socialdemocratas, pois nom tem como objetivo dar xaque mate ao capitalismo.

Eis polo que o seu discurso é divulgado por umha parte dos meios de [des]informaçom sistémicos, perfeitamente conhecedores da sua funcionalidade para amortecer a contradiçom antagónica entre Capital-Trabalho.

Mas frente a este feminismo que desvia a atençom das tarefas e prioridades da classe trabalhadora, as mulheres que vendemos a nossa força de trabalho, as mulheres trabalhadoras que somos exploradas polas mulheres da burguesia, nas suas fábricas, nos seus centros de trabalho, nas tarefas domésticas das suas casas, temos que hastear a bandeira do feminismo de classe, do feminismo socialista galego.

Enquanto facilite a presença no movimento de forças reacionárias como o PSOE; enquanto se centre em tecer um artificial e disfuncional “unitarismo” oco; enquanto se continue a alimentar a ilusom de poder atingir as reivindicaçons no marco do capitalismo, o patriarcado e a dependência nacional, o movimento feminista nom logrará organizar e movimentar as mulheres trabalhadoras, divulgar as suas reivindicaçons específicas no ámbito salarial, direitos sexuais e reprodutivos, liberdades, combater com eficácia a violência machista, incrementar a sua consciência, e tingir de lilás o conjunto da luita operária, popular e nacional.

Enquanto o movimento feminista continue ocultando as origens do 8 de Março, enquanto siga desvirtuando os objetivos desta jornada reivindicativa, tal como foi instaurada polas mulheres bolcheviques em 1910, em Copenhaga, na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, como Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, nom se produzirám mais avanços, nem se consolidarám os já atingidos.

Do contrário nunca lograremos acumular forças rebeldes visadas a organizar a Revoluçom Galega, única alternativa viável para sentar as bases do enterro do patriarcado e da sua aliança simbiótica com o capitalismo.

Agora Galiza-Unidade Popular quer lembrar neste 8 de Março Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo, Alexandra Kollontai, Nadezhda Krupskaya, Inessa Armand, pioneiras no impulso desta data fundamental no calendário reivindicativo contra o capitalismo.

Nom cansaremos de repetir que 8 de Março é umha jornada reivindicativa e de luita onde nom se pode deslindar luita feminista da luita anticapitalista. Eis polo que devemos denunciar a institucionalizaçom da data, a sua assimilaçom polo sistema capitalista e patriarcal.

Por um feminismo de classe e galego!

Viva a luita das mulheres trabalhadoras galegas!

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 1 de março de 2019

Comunicado nº 107: CONTRA A “MARCHA FASCISTA” SOBRE MADRID

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CONTRA A “MARCHA FASCISTA” SOBRE MADRID

Em outubro de 1922, dezenas de milhares de militantes fascistas, que reivindicavam o governo da Itália, realizam a “Marcha sobre Roma”. A manifestaçom encabeçada por Benito Mussolini tinha um evidente caráter de golpe de estado. Com esta mobilizaçom o fascismo logrou a ascensom ao poder do Partido Nacional Fascista e o fim da democracia liberal.

Obviamente as condiçons históricas e sociais do período de entreguerras na Europa som qualitativamente diferentes às atuais. Porém, o ascenso do fascismo é umha realidade inegável.

Marx aseverou que “A história repete-se, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

A manifestaçom convocada para amanhá, domingo 10 de fevereiro, polos partidos fascistas espanhóis, PP, C´s e Vox, que contam com o apoio do conjunto dos grupos e organizaçons da extrema direita e nazis, inspirada nas concentraçons franquistas da madrilena praça de Oriente, tem um induvitável aroma golpista.

Em base à monumental falácia de que o “ilegítimo” Governo do PSOE está “atraiçoando” a unidade do Estado espanhol polas suas “conscessons” ao independentismo catalám, a hidra fascista pretende ocultar as suas responsabilidades na destruiçom das conquistas laborais e sociais, na voadura das anémicas liberdades democráticas atingidas pola luita operária e popular.

Com esta iniciativa, promovida polo PP de Pablo Casado e Alberto Nuñez Feijó, apelando ao chauvinismo e supremacismo espanhol, ao ultrareacionário projeto assimilacionista e imperialista, pretende desviar a atençom, ocultar que é umha organizaçom criminal, umha imensa maquinária mafiosa especializada no saqueio e roubo, que só tem provocado miséria e desolaçom entre o povo trabalhador galego e do conjunto do Estado espanhol.

Umha poderosa fraçom da oligarquia e do Ibex 35, está promovendo e facilitando o rearme ideológico do franquismo, para assim poder disciplinar definitivamente o movimento operário, que facilite a adoçom de mais medidas visadas para a supressom de direitos e conquistas que permitam manter e incrementar a sua obscena taxa de ganho.

Perante este cenário tam perigoso e alarmante, as organizaçons sindicais e as forças políticas da esquerda institucional praticam um irresponsável autismo, nom passando no melhor dos casos de condenas formais do processo em curso.

A claudicaçom e cessom de Pedro Sánchez pola chantagem combinada da extrema-direita e dos setores mais chauvinistas e reacionários do PSOE, respeito ao processo de negociaçom com a Generalitat catalana, exprime a debilidade do social liberalismo e a vulnerabildade do governo espanhol, simple capataz amável do grande capital.

A estas alturas, PP, C´s e Vox, e o conjunto dos grupos e organizaçons da extrema direita e nazis, deveriam estar ilegalizados e os seus dirigentes em prisom.

Porém, perante a inaniçom da esquerda desnutrida e anémica, dos aparelhos institucionais e parlamentares, onde prevalece a covardia e o timoratismo da pequena-burguesia, o taboleiro político no Estado espanhol desliza-se paulatinamente perante um cenário similar ao de 18 de julho de 1936.

Antes de que seja demasiado tarde devemos dar passos tangíveis que nos permitam lograr as condiçons objetivas e subjetivas para poder esmagar a recomposiçom do fascismo.

Agora Galiza-Unidade Popular apela à configuraçom de um Bloco Popular Antifascista, que com firmeza e contundência despute nas ruas e nos centros de trabalho o avanço do fascismo.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 9 de febereiro de 2019

 

 

A SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTAÉ A TERNURA DOS POVOS. Saudaçons ao Dia da Pátria Galega enviadas por doce partidos e organizaçons amigas

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A SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA É A TERNURA DOS POVOS
Reproduzimos integramente as mensagens de solidariedade e apoio à luita de libertaçom nacional da Galiza, enviada por doce partidos e organizaçons amigas, que fôrom divulgadas na concentraçom-ato político do Dia da Pátria.

Que cem flores desabrochem [BRASIL]
Camaradas da Organização Socialista e Feminista Galega de Libertação Nacional Agora Galiza.

Camaradas galegos:
É com imensa alegria que o nosso coletivo, Cem Flores do Brasil, saúda o Dia da Pátria Galega, no próximo 25 de julho.
Nos sentimos profundamente integrados e solidários à causa nacional galega, à vossa luta pela libertação nacional e emancipação social. Essa integração e solidariedade tem como princípio o fato de que lutamos contra o mesmo inimigo e por um objetivo comum.
Lutamos contra o imperialismo, a fase apodrecida e final do modo de produção capitalista, que oprime os povos do mundo inteiro, que suga o sangue e o suor da classe operária e dos trabalhadores de todos os países. Imperialismo que, nessa profunda crise em que está mergulhado, amplia todas as formas de dominação e exploração das classes dominadas na Galiza, no Brasil e em todo o mundo.
Estamos juntos também porque lutamos por uma nova sociedade, livre dessa exploração e dominação. Lutamos pela revolução proletária e pelo socialismo, objetivos que nos colocam na mesma trincheira de combate. Lutamos pela retomada da principal arma de luta de nossa classe, sua posição teórica e prática independente e revolucionária, e pela construção de seu principal instrumento de combate, o Partido do Proletariado.
Fronteiras e mares não nos separam nessa luta. Como já afirmamos aos camaradas galegos em 2017, somos um só povo, proletários de todo mundo, galegos e brasileiros, a construir juntos um novo futuro.

Viva o Dia da Pátria Galega!
Cem Flores
Brasil, 14 de julho de 2018

Coordinadora Simon Bolivar [VENEZUELA]
Boa tarde.

Recebam umha saudaçom revolucionária, bolivariana, patriota, latinoamericana, caribenha e anti-imperialista, da Pátria de Bolívar, de Freddy Parra, de Ilich Ramírez Sánchez, do Comandante “Elias” Baltazar Ojeda Negretti, e do Comandante Hugo Chávez, de parte dos irmaos e irmás camaradas todos, da Coordenadora Simón Bolívar.
Hoje 25 de julho de 2018 quando se celebra o Dia da Pátria Galega queremos parabenizar todo o povo, pola sua luita pola autodeterminaçom, a soberania, a Independência Nacional e o Socialismo, pola mobilizaçom do povo na rua reclamando o seu reconhecimento.
Numha data tam importante como esta, fazemo-nos presente para apoiar a sua causa, que é nossa e para dizer-lhe que os filhos e filhas de Bolívar somos consecuentes com a Solidariedade para com os povos que luitam pola sua libertaçom e a construçom de um mundo melhor e o Socialismo.

Juan Contreras
Coordenadora Simón Bolívar

A única luita que se perde é a que se abandona!
Só a luita nos fará livres!
Em Bolívar encontramo-nos todos!

Herritar Batasuna [PAÍS BASCO]
Dia da Pátria Galega
A Revoluçom é o únco caminho

Para Herritar Batasuna, é um motivo de orgulho poder assistir e participar no Dia da Pátria Galega, jornada de mobilizaçom pola libertaçom social e nacional do Povo Trabalhador Galego, pola República Socialista Galega independente, solidária com o resto das naçons trabalhadoras em luita.
Todas e todos devemos preparar-nos para derrotar e vencer a monarquia neofranquista, que por meio da Segunda Restauraçom tem prolongado por outros quarenta anos o domínio absoluto da oligarquia espanholista que nos anos 1934-1939 massacrou sem misericordia obreiros e camponeses para reinstaurar a sua ditadura de classe, sob a forma de um fascismo nacional-católico específico, o franquismo.
Esta oligarquia, que leva séculos oprimindo os povos trabalhadores do que foi o Impêrio Espanhol, ve cada vez más preocupada a crise e o fim do seu domínio. O chamado Regime de 78 está esgotado, por muito que todos os reformistas socialdemocratas, do PSOE até EHBildu, tentem escorá-lo com governos pretendidamente progressistas.
A revoluçom é o único caminho para conseguir a liberdade, é dizer, a independência, o socialismo e a destruçom do patriarcado para os Povos Trabalhadores galego, catalám, basco, andaluz, castelhano, canário e do resto de naçons do Estado espanhol e de todo o mundo.
Só a organizaçom, a formaçom e a luita em todos os frentes nos levará à vitória. Do País Basco trazemos-vos um abraço fraterno e a vontade de construir um frente comum de todos os povos trabalhadores do Estado espanhol para derrotar de umha vez por todas a oligarquia espanholista e iniciar o caminho da transiçom socialista face à sociedade sem classes, sem Estado e sem patriarcado.
A primeira etapa nesta dura luita será a Uniom de Repúblicas Socialistas, soberanas e solidárias.

Viva o Povo Trabalhador Galego!
Viva a República Socialista Galega!

Coordenadora Nacional de Herritar Batasuna

Iniciativa Comunista [ESTADO ESPANHOL]
Iniciativa Comunista saúda as companheiras e companheiros de Agora Galiza com motivo do 25 Julho, Dia da Pátria Galega.

Neste ano no que se completa o 40 aniversário da Constituiçom postfranquista de 1978, que supujo a culminaçom de um processo de pactos e renúncias por parte da esquerda reformista com os representantes do fascismo, exprimimos o nosso desejo de que as nossas organizaçons avancem na colaboraçom para conquistar um futuro sem exploraçom de classe e sem exploraçom patriarcal nem nacional.

Viva o internacionalismo proletário!
Viva a luita da classe operária!

Manifiesto Internacionalista de Compostela
Com a Revoluçom Galega

Neste 25 de Julho, Dia da Pátria Galega, o Manifesto Internacionalista de Compostela saúda a classe obreira galega na luita pola independência e o socialismo.
Com o Povo Trabalhador Galego defendemos o caráter irrenunciável do direito de autodeterminaçom. Apontamos a saída revolucionária para as aspiraçons nacionais e sociais e prepararmos o terreno para o embate com o regime de 78.
Frente a um cenário político de involuçom reacionária e frente ao retorno da espanholismo na sua versom mais cavernícola, plantamos-lhe cara sem medo e nom baixamos a guarda.
A soluçom nom passa por claudicar perante o reformismo espanholista senom por apostar agora mais que nunca nas repúblicas dos povos em chave socialista e popular.
Com a memória de Moncho Reboiras, do Piloto, de Henriqueta Outeiro e de toda a Galiza combatente, tomamos a sua força e o exemplo para seguir adiante.

Viva Galiza Ceive!
República Socialista Galega!

Manifesto Internacionalista de Compostela
24 de Julho de 2018

Movimiento Patriótico Manuel Rodríguez – MPMR [CHILE]

Caros companheiros:
Recebam as fraternais saudaçons dos Rodriguistas chilenos no Dia da Pátria Galega.
Os homens e as mulheres temos o dever de buscar a construçom dumha pátria mais justa, em independência e soberania.
O povo galego sofre a imposiçom invasora do Estado espanhol, como latinoamericanistas queremos transmitir a nossa solidariedade, desde este lugar do mundo que tem sofrido por séculos a invasom e intromisom imperial. Primeiro foi contra os nossos povos originários, onde os espanhóis banhárom de sangue a terra de Lautaro, Katari, de Juana Azurduy, mas posteriormente seguiu a luita de libertaçom, Bolívar, Sucre, Martí, Maceo e Sandino por
nomear alguns, e seguimos com Allende, Victor Jara. Temos umha história de luita contra o invasor que compartilhamos com o povo galego.
Hoje como ontem a luita continua, hoje o inimigo é mais difuso, trata-se de confundir com os bons, o inimigo disfarça-se de justo, quer-nos fazer acreditar que existe um colonialismo mais suave, que podemos viver no capitalismo mais humano.
Os Rodriguistas creemos que esta socialdemocracia é cúmplice da permanência da injustiça social, que só busca atrasar a derrota definitiva da opressom.
Neste dia saudamos-vos com especial carinho e emoçom, porque sabemos que a pesar da distância, temos irmaos que ao igual que nós, luitam por mudanças profundas e definitivas onde o ser humano será o centro.

Irmaos de Agora Galizia, recebam um sincero abraço.

Nación Andaluza [ANDALUZIA]
Nación Andaluza com o Povo Trabalhador Galego no seu dia nacional.

De Andaluzia, no 25 de Julho, DIa da Pátria Galega, queremos saudar o combativo Povo Trabalhador Galego no seu dia nacional.
Galiza, como Andaluzia, sofre umha tripla opressom; nacional, de classe e patriarcal. Para libertar-se desses três eixos de opressom, a classe obreira galega precisa de elementos revolucionários que sirvam como ferramentas de conscienciaçom, organizaçom e transformaçom.
Agora Galiza, como organizaçom irmá com a que compartilhmos espaços de trabalho internacional, reune o caráter ruturista, socialista, feminista e independentista que as necessidades históricas da Galiza e o seu Povo Trabalhador requirem.
Por isso, neste dia de luita e reivindicaçom nacional, social e feminista que é o Dia da Pátria Galega, encaminhamos o nosso apoio e solidariedade internacionalista com a causa da classe obreira galega.

Denantes mortas que escravas!
Viva Galiza ceive, socialista e feminista!

Partido Comunista Paraguayo [PARAGUAI]
Caros e caras camaradas,

Dirigimo-nos a vocês, e a todos os e as camaradas de Agora Galiza e a todo o povo da Pátria Galega aos efeitos de saudá-los no dia da Pátria Galega, reivindicando a sua palavra de ordem “Xaque ao Regime de 78. República Socialista Galega!”.
Som tempos difíceis e complexos que reclamam umha praxe arraigada no estudo e a aplicaçom dumha estratégia revolucionária que combine as singularidades dos nossos povos com os elementos comuns da luita de classes, e a necessidade de derrocar o modo de produçom capitalista.
Forjar e tomar o poder para construir juntas, juntos, a sociedade onde caibamos todas e todos com a garantia de que as nossas potencialidades podam desenvolver-se e enriquecer-se permanentemente, é o mais belo desafio que podemos assumir as mulheres e os homens que pretendemos um mundo que garanta a vida, o pam e a paz à que chegaremos construíndo o socialismo e a sociedade comunista.
A intençom do Partido Comunista Paraguaio é promover, estimular, afortalar a imperiosa necessidade de desenvolver a integraçom das luitas populares com umha crescente orientaçom revolucionária. É por isso, que manifestamos a nossa mais profunda solidariedade com a luita do povo irmao galego.
Os comunistas paraguaios e as comunistas paraguaias estamos orgulhosos e orgulhosas do independentismo revolucionário de Agora Galiza e de que o povo irmao da pátria galega se mantenha em pé de luita pola sua libertaçom nacional, levantando as bandeiras do socialismo e o feminismo revolucionários.

Asunción, 25 de julho de 2018
Comité Central

Plataforma Laboral e Popular [PORTUGAL]
Aos camaradas de Agora Galiza,

Calorosas e fraternas saudações revolucionários neste Dia da Pátria Galega. Já faz tempo desde que assumimos compromisso pelos objetivos que nos unem. Foi em Compostela, há exatamente um ano. Agora é boa oportunidade para reafirmar a validade da estratégia revolucionária. Em Compostela criámos uma plataforma para a rebelião popular. Uma plataforma que ponha as classes com potencial revolucionário à cabeça dos processos de libertação nacional e social, em confronto contra o inimigo. Mais uma vez, os recentes eventos na Catalunha demonstram à saciedade a necessidade deste trabalho e da caixa de ferramentas que o capacite. Na Catalunha vimos na locomotiva as classes que deveriam ir sentadinhas na última carruagem do comboio. Vimos constantes manobras de desanuviamento e distensão política que diluíram qualquer potencial de confronto. A burguesia e as classes intermédias apostaram tudo numa negociação que obviamente não podia existir. E eles sabiam disso. O inimigo não negoceia a sua própria existência.
A aprendizagem prática do processo dá-nos força para avançar.
Neste Dia da Pátria reafirmamos o nosso apoio ao projeto revolucionário, independentista, socialista e feminista galego. Une-nos a solidariedade da luta pelos direitos nacionais e sociais, a nossa comunidade de língua, a luta pela reintegração do galego e a revolução socialista.

Saibam que aqui em Portugal ninguém baixa a guarda!
Saibam que estaremos sempre convosco! Contem connosco!
Viva Galiza Ceive!

25 de julho de 2018, Plataforma Laboral e Popular

UnidadPopular Ecuador [EQUADOR]
Saudaçom ao Dia da Pátria Galega

A Unidade Popular que tem vindo acompanhando a luita do povo galego de há alguns anos atrás, solidário com a causa nacional galega, manifestamos a nossa saudaçom este 25 de Julho, Dia da Pátria Galega.
A luita polo socialismo tece a nossa irmandade, acreditamos firmemente na libertaçom e autodeterminaçom dos povos.
Desde a metade do Mundo, o Equador, livramos batalhas contra os falsos revolucionários, contra o capitalismo e os seus maquilhadores.
Os povos equatoriano e galego, temos como objetivo fazer a revoluçom socialista, é nessa linha que sempre contarám com o nosso respaldo.
Extendemos o nosso abraço fraternal e anticapitalista a todas as organizaçons sociais e populares da Galiza.

Geovanni Atarihuana
Diretor Nacional da Unidade Popular

Quito, 20 de julho de 2018

 

INTERVENÇOM DE CARLOS MORAIS NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

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INTERVENÇOM DE CARLOS MORAIS NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

(Divulgamos discurso do camarada Carlos Morais no ato político convocado por Agora Galiza neste 25 de Julho, na praça 8 de Março, de Compostela.)

* * *

Por segundo ano consecutivo tenho a honra de intervir no Dia da Pátria convocado por Agora Galiza. Vou ser breve, mas muito claro!

Agora Galiza é a expressom organizativa de umha corrente sociopolítica cujas origens emamam das três derrotas concatenadas, padecidas nas últimas décadas, pola classe obreira e o conjunto do povo trabalhador.

Somos o resultado de três reveses consecutivos de caráter catastrófico, sem os quais nom é possível compreendermos a atual fase de refluxo e carência de perspetivas de vitória, que define a luita de classes que se desenvolve no nosso país e a escala internacional.

Fase de retrocesso e desmobilizaçom, de desarme ideológico, de abandono do imaginário simbólico, de incapacidade política para construir ferramentas de combate e defesa.

Derrota perante o fascismo em 1936. Na Galiza, no fatídico verao de há agora exatamente 82 anos, venceu o golpe militar promovido pola oligarquia e a Igreja católica com apoio das democracias liberais europeias. A causa da derrota foi a inaniçom e timoratismo das autoridades pequeno-burguesas republicanas, negando-se armar o proletariado e campesinhado por temor a que tomasse o poder. Com a queda da cidade de Tui no sul-ocidente, e da Gudinha no sul-oriente, a 27 de julho de 1936 Franco apodera-se da nossa naçom, dando início ao holocausto que eliminou fisicamente, ou forçou ao exílio, o melhor da nosa classe e do nosso povo.

A capitulaçom do reformismo perante a maquilhagem do franquismo na segunda metade da década de setenta, legitimando a monarquia bourbónica como pedra angular do novo regime, foi a segunda derrota que permite explicar boa parte dos acontecimentos em curso.

A definitiva implosom em 1991 da Uniom Soviética e simultánea vitória do imperialismo a escala mundial, foi a terceira severa grande derrota.

O triunfo do capitalismo na sua forma neoliberal, e o mundo unipolar da guerra permanente contra os povos, as mulheres e a classe trabalhadora, acelerou e radicalizou a ofensiva da burguesia contra os direitos, as conquistas e as liberdades, atingidas pola classe obreira em décadas de suor, sangue e lágrimas.

Obviar os letais efeitos das três derrotas consecutivas só nos conduz à derrota final.

E a pesudoesquerda institucional, tanto a espanhola como a autótone, praticam autismo político, pretendem agir com essa irresponsabilidade da mal denominada “normalidade institucional”.

Aparentam desconhecer essa realidade paralela onde som adotadas as decisons que afetam todo o referente às nossas vidas: os conselhos de administraçom, os jantares em reservados de luxo, os clubes secretos, as salas de bandeiras dos quartéis, as embaixadas das potências.

Decisons, que em forma de decretos-lei e resoluçons, som imediatamente implementadas polas cloacas, tanto as institucionais, como as opacas e ocultas.

Nom nos estranha, pois só pretendem situar as suas elites nos limitados espaços de gestom que lhe concede o sistema.

Na esquerda revolucionária galega estamos plenamente conscientes que nas três derrotas mencionadas, e na prática legalista e sistémica da mal chamada esquerda política e social, radicam as causas que facilitam a involuçom política que vivemos.

Camaradas, companheiras e companheiros: o panorama, nom o podemos negar, é dessolador.

Negá-lo, subestimá-lo ou coloreá-lo, é contrarevolucionário! Só contribui para impossibilitar encontrarmos os caminhos que facilitem criar as condiçons subjetivas que permitam a reorganizaçom, reconstruçom e rearme político e ideológico, sem o qual nom é possível superarmos o estado de amorfismo e disgregaçom do povo trabalhador e empobrecido da Galiza.

Nom nos podemos resignar a vivermos como escravos, nem a que nos roubem o nosso futuro e o das geraçons vindouras!

Todo o contrário, temos o dever e a necessidade de promovermos umha açom teórico-prática de insubmissom, de inconformismo e de rebeldia! Que ninguém se confunda. Nom arriamos as bandeiras, nom procuramos acomodo nem nos aggiornamos!!

A teoria marxista que nos guia, sempre em relaçom dialética com a experiência da luita de classes a escala global, esse fio vermelho condutor do que devemos apreender, tem-nos ensinando que nom existem atalhos.

A saída e as alternativas à perda permanente de direitos e liberdades, nom se acha em urnas e aritméticas parlamentares, em referendos e movimentos transversais interclassistas e pacifistas, incapaces de quebrar com o supersticioso respeito com a lógica liberal.

A saída nom a vamos encontrar na gestom das instituiçons do inimigo.

Tampouco a vamos encontrar em articular anémicos e desnutridos espaços de convergência de todas as expressons da nova socialdemocracia, do eurocomunismo e das diversas metafísicas post, tampouco em agir de satélites do reformismo autótone, circunflexo e incapaz de superar o minimalismo acomplexado do soberanismo de fim de semana.

A conquista do futuro passa pola tomada do poder. E este só se logra empregando, utilizando, ensaiando as vias que conduzirom aos avanços e saltos qualitativos da humanidade explorada e oprimida ao longo da história. Nada temos que inventar. Só necessitamos manter o rumo, agir com criatividade e firmeza ideológica.

Seguir transmitindo que é viável reformar este regime, que é possível regenerá-lo e democratizá-lo, é o melhor favor que lhe podemos fazer à oligarquia criminal, à máfia burguesa e aos seus testaferros políticos.

Identificar e reduzir o inimigo à organizaçom criminal denominada PP, é simplesmente enganar o povo trabalhador.

Gerar expetativas entre a classe obreira no governo de Pedro Sánchez é umha monumental estafa.

Gerar ilusons no governo do PSOE é continuar receitando analgésicos que só paliam momentaneamente a dor, mas nom permitem a cura.

Nestes dous meses de governo postPP, o PSOE deixou bem claro que é umha das colunas medulares do postfranquismo. Mais alá da retórica, dos gestos, do estilo, é um governo ao serviço do Ibex 35, da UE do Capital, do FMI, e pregado ao imperialismo ianque.

Pedro Sánchez submeteu-se perante Trump, comprometendo-se aumentar os gastos militares!

Pedro Sánchez pregou-se perante a oligarquia nom publicando a lista da amnistia fiscal!

Pedro Sánchez pregou-se perante o filho do caçador de elefantes, impossibilitando investigar um segredo a vozes. A fortuna dos Bourbons é resultado da depredadora praxe comisionista do conhecido cliente de lupanares de luxo.

Que importa que o número de ricas no conselho de ministros seja maior que o número de ricos?

Que importa a orientaçom sexual do novo chefe do aparelho da repressom?

A realidade é que Borrell colocou de embaixadores toda a equipa do Ministério de Assuntos Exteriores do PP, e que o PSOE vai proseguir com a política chauvinista e supremacista que só procura a plena assimilaçom da Galiza e das naçons oprimidas, porque aqui radica a chave da exploraçom e dominaçom capitalista no Estado espanhol.

Mas nada do que está acontecendo surpreende a esquerda socialista, feminista e patriótica galega.

Eis polo que denunciamos o grave erro de ter anulado a greve geral que o sindicalismo galego tinha convocada para 19 de junho.

Eis polo que nom confiamos o mais mínimo, nem damos margem algum a um governo que só vai aumentar a resignaçom, desencanto e frustraçom, ingredientes imprescindíveis para agir de caldo de cultivo do fascismo.

Sim, camaradas, companheiras e companheiros, amigas e amigos, o plano B que maneja o bloco de classes dominante espanhol é umha involuiçom reacionária, umha saída autoritária do regime perante a sua falta de legitimidade e a multicrise que o carcome.

Um novo tipo de fascismo que assegure a unidade territorial do mercado chamado Espanha, e discipline com maior rigor a força de trabalho.

A bandeira e o imaginário do nacionalismo espanhol é elemento destacado desta estratégia em que a Coroa é o eixo central.

Eis polo que a disjuntiva PP ou PSOE é um engano!, eis polo que converger com alternativas socialdemocratas 2.0, ou com forças pseudosoberanistas bem instaladas nas prebendas do sistema, está descartado por Agora Galiza.
Nom temos cordom umbilical com ninguém nem estamos dispostos a ser satélites de ninguém.

Somos umha força socialista e independentista, umha força que leva impregando no seu ADN a emancipaçom da mulher, nom como moda nem como elemento decorativo.

Queremos derruvar o regime de 78, construir na Galiza umha sociedade socialista de mulheres e homens livres e emancipados, um país sem machismo nem patriarcado, solidário com todos os povos do mundo.

É isto só é possível luitando em todos os ámbitos. No plano ideológico, no político, no social, no cultural e no simbólico.

Confrontar, deslindar, organizar e acumular som os nossos eixos. Poderemos demorar anos ou décadas, mas estamos convencidos que este é o único caminho.

Quem com sinceridade e honestidade esteja disposto a construir um espaço de luita visado para dar xaque ao regime de 78, levantando umha muralha antifascista, nom para defender a democracia liberal burguesa e sim a alternativa da República Socialista Galega, sabe que estamos prontos para contribuir a dar-lhe forma e conteúdo.

A ameaça laranja, a viragem de extrema-direita do PP, os desacomplexados e descarados movimentos táticos do franquismo hegemónico no aparelho judicial, do falangismo que domina o relato dos meios de [des]informaçom burgueses, das forças repressivas, da administraçom, do exército, é umha realidade incontestável.

Olhar para o lado, como se nada passasse, é umha irresponsabilidade que já pagamos muito cara na década dos anos trinta e quarenta.

Neste Dia da Pátria de 2018, com a imprescindível solenidade que a causa require, mas com toda a modéstia e humildade revolucionária, apelamos para sentar as bases para levantar um bloco popular antifascista, dotado de um programa anticapitalista e anti-imperialista.

Até a vitória sempre!
Viva Galiza ceive!
Viva Galiza feminista!
Viva Galiza Socialista!
Viva a Revoluçom Galega!

INTERVENÇOM DE PAULO VILA NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

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INTERVENÇOM DE PAULO VILA NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

Divulgamos discurso do camarada Paulo Vila no ato político convocado por Agora Galiza neste 25 de Julho.

Um pracer ter a oportunidade de intervir de novo no ato político organizado por Agora Galiza no Dia da Pátria.

Desde a esquerda revolucionária galega articulada à volta de Agora Galiza, insistimos na necessidade de que tem que ser o povo trabalhador galego quem decida o seu futuro.

Deve ser o povo trabalhador qum dirija a luita pola independência nacional e a construçom da República Socialista Galega, como única alternativa a este Estado corruto que condena a inmensa maioria da populaçom à precariedade, miséria e exclusom.

O Estado espanhol -um Estado herdeiro do franquismo-, que mantivo a sua estrutura intata após a farsa da “transiçom”, nega de maneira sistemática os direitos mais básicos da maioria da populaçom, e protege a burguesia com a força da legislaçom e das armas, enquanto esta aumenta a sua riqueza a custa da nossa sobre-exploraçom.

O regime bourbónico aposta por umha deriva claramente reacionária por mor da profunda multicrise que padece. A continua repressom contra manifestantes, a impunidade da ultradereita, o discurso ultranacionalista espanhol presente em todas as forças do regime, ou as políticas de cortes em direitos e liberdades que se aplicam polo Governo do Estado espanhol -for do PP ou do PSOE-, que provocam desemprego, desesperaçom e pobreza, som umha mostra de todo isto.

As detençons e as montagens policiais contra aqueles que falam alto e claro som cada vez mais habituais.

Reclamamos o fim do encadeamento d@s militantes independentistas galeg@s, o fim das políticas terroristas de dispersom que provocam sofrimento nom só ao presos, também aos seus familiares, e exigimos a sua imediata posta em liberdade.

A juventude galega temos cada vez mais problemas para sair adiante tanto no ámbito laboral, académico ou incluso no ámbito pessoal.

Somos as vítimas prioritárias destas nefastas políticas, os cortes na educaçom, a reforma laboral e a brutal exploraçom, condena-nos a emigrar como alternativa para procurar um futuro minimamente digno.

A juventude devemos assumir responsabilidades no combate polos direitos que nos nega o capitalismo. É de máxima importáncia organizarmo-nos e mobilizar-nos para procurar alternativas a este sistema e assim poder melhorar as nossas vidas.

O terrorismo machista e a legislaçom patriarcal continua a ser um grave problema para as mulheres trabalhadoras. A impunidade com a que contam os violadores e maltratadores para cometer estes crimes nom seria tal se nom contassem com umha “justiça” patriarcal que consinte e absolve aos responsáveis.

Somado a isto, a legislaçom patriarcal provoca que as mulheres trabalhadores sofram dumha maneira mais clara a precariedade laboral, o desemprego, a pobreza e a exclusom social.

Companheiras e companheiros, nom podemos deixar-nos enganar polo fetichismo eleitoral, nem pola via institucional que promovem as forças reformistas e socialdemocratas. Estes partidos nom suponhem nengum perigo para o Estado já que nom estám dispostos a quebrar com o atual quadro jurídico-político do regime de 78.

A mudança nunca poderá chegar unicamente desde as instituçons burguesas, senom luitando nos centros de trabalho e nas ruas.

A alternativa nom está na reforma dum Estado que nom se pode democratizar, nem em sacar do governo ao PP ou ao PSOE, a saída está em derrubar o Estado na sua totalidade.

Camaradas, devemos ir a raíz do problema, e luitar polo cumprimentos dos nossos objetivos.

De Agora Galiza apostamos pola unidade do conjunto do povo trabalhador galego na luita por quebrar o quadro político e económico, reclamar a nossa independência nacional, para criar umha nova Galiza, soberana e justa.

Devemos por fim dumha vez aos modelos antipopulares e fracassados, como o autonómico atualmente vigorante, que legitimam e permitem a opressom e contínuo saqueio por parte do Estado espanhol.

Queremos derrubar o regime de 78 e construír umha República socialista onde os homens e as mulheres sejamos livres, um país onde exista igualdade real, sem machismo nem patriarcado, um país que seja solidário com todos os povos do mundo.

A rebeliom popular é o caminho!

Abaixo o regime de 78!

Viva Galiza ceive, feminista e socialista!

AGORA GALIZA RECLAMOU RUTURA DO REGIME DE 78 E UM BLOCO POPULAR ANTIFASCISTA

Padrão

(ATO DIA DA PATRIA) AGORA GALIZA RECLAMOU RUTURA DO REGIME DE 78 E UM BLOCO POPULAR ANTIFASCISTA

Por segundo ano consecutivo a esquerda revolucionária galega comemorou o Dia da Pátria com umha concentraçom-ato político realizado na praça 8 de marco de Compostela, Frente à processom do autonomismo, e as diversas “competências” da esquerda pseudoruturista, Agora Galiza defendeu a alternativa revolucionária do independentismo socialista e feminista galego.
No ato fôrom divulgadas as saudaçons recebidas de forças e partidos amigos de Andaluzia, Brasil, Chile, Equador, Estado espanhol, País Basco, Paraguai, Portugal, da República Dominicana e da Venezuela, assim como do MIC [Manifesto Internacionalista de Compostela].

No ato fôrom divulgadas as saudaçons recebidas de forças e partidos amigos de Andaluzia, Brasil, Chile, Equador, Estado espanhol, País Basco, Paraguai, Portugal, da República Dominicana e da Venezuela, assim como do MIC [Manifesto Internacionalista de Compostela].


O ato político foi aberto por Paulo Vila quem defendeu frentre o eleitoralismo e parlamentariamo, a estratégia de luita obreira e popular, dirigida pola classe trabalhadora galega como a única via para conquistar o futuro.


O encerramento do ato correspondeu a Carlos Morais, quem analisou as causas da situaçom de desfeita do movimento popular galego, e manifestou que frente à deriva reacionária do regime é necessário levantar um bloco popular antifascista.


Com a queima de umha figura tamanho natural de Felipe VI, finalizou o ato organizado promovido por Agora Galiza.


Posteriormente tivo lugar no parque de Bonaval um jantar de confraternizaçom.

(video da queima da figura do Felipe VI)

[VÍDEO]25 de Julho, Dia da Pátria Xaque ao regime de 78.República Socialista Galega!

Publicada por Agora Galiza en Miércoles, 25 de julio de 2018

Comunicado nº 95: 1936-2018, nem esquecemos nem perdoamos! Esmaguemos o fascismo

Padrão

1936-2018, nem esquecemos nem perdoamos!

Esmaguemos o fascismo

Passárom 82 anos, mas as consequências do golpe de Estado fascista executado polo exército, e apoiado pola bloco oligárquico conformado pola burguesia industrial, financieira e terratenente, a aristocracia e a hierarquia católica, continuam pleamente vigentes na sociedade galega de 2018.

Na Galiza atual continuam governando os netos dos que promovérom o holocausto iniciado no verao de 1936, os que matárom perto de 10 mil compatriotas, os que violárom milhares de mulheres, vejárom e torturárom com sanha todo aquele que nom comungasse com o projeto totalitário franquista, incautárom bens para o seu enriquecimento pessoal, forçárom o exílio do melhor do nosso povo e da nossa classe, prendérom e encadeárom dezenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores inçando o país de prisons e campos de concentraçom, os que destruírom as tímidas conquistas, direitos e liberdades, os que sementárom fame, doenças, dor e emigraçom, os que provocárom um retrocesso de décadas no desenvolvimento económico e social do nosso país.

Na Galiza de 2018 continuam governando os mesmos que com sangue, balas, masmorras, óleo de ricino, incautaçom e repressom, cerceárom o processo de auto-organizaçom social e política do povo trabalhador galego.

Hoje, mutados em “democratas” de toda a vida, presentes em todos os partidos sistémicos do regime postfranquista, defendem a perpetuaçom dos idênticos interesses económicos que provocárom a guerra de classes de 1936-1939, que na Galiza foi umha autêntica guerra de extermínio, um genocídio.

A pedra angular do regime continuador de 18 de julho de 1936 é a monarquia bourbónica imposta por Franco em 1969. Primeiro na figura do neto do rei expulso polas massas em abril de 1931, e atualmente o filho do caçador de elefantes e multimilionário a custa da sua atividade criminal.

A absoluta impunidade da prática delitiva da família real espanhola é a metáfora mais nítida da ilegitimidade do atual regime, mas também da impossibilidade de transformá-lo empregando as cartas trucadas do cretinismo parlamentar e a conciliaçom institucional, inerente à pseudoesquerda hegemónica no movimento popular.

A cultura política falangista impregna a prática totalidade das forças com representaçom parlamentar de caráter estatal, na sua defesa intransigente do chauvinismo e supremacismo espanhol e o feroz combate ao direito de autodeterminaçom dos povos.

No 82 aniversário da infame vitória do terrorismo fascista, a esquerda revolucionária galega quer homenagear o povo trabalhador galego que nas cidades, aldeias e montanhas, desde os primeiros dias resistiu com as armas na mao o golpe, e que posteriormente, na luita clandestina em fábricas, campos e centros de trabalho, em combinaçom com a forma de luita guerrilheira, combateu sem trégua o fascismo.

Quem a partir da década de sessenta do século XX sentou as bases da reorganizaçom operária, nacional e popular, quem até a atualidade mantém ao vento que a luita é o único caminho, quem nom se deixa arrastar polas políticas conciliadoras e pactistas com os responsáveis da perpetuaçom do ilegítimo Reino de Espanha.

Agora Galiza nom pode deixar de homenagear quem desde o exílio mantivo incólume a dignidade e legitimidade da Naçom Galega durante décadas, sem capitular nem arriar bandeiras, sem conciliar com o inimigo.

Todas elas, todos eles, som exemplos heróicos e inexcusáveis referentes da luita pola Revoluçom Galega.

Hoje, quando a involuiçom reacionária avança no Estado espanhol, e o fascismo revive em média Europa, a luita antifascista de orientaçom anticapitalista e socialista recupera plena vigência e atualidade.

Xaque ao regime de 78!

República Socialista Galega!

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 16 de julho de 2018