Comunicado nº 62.: 27 de junho, 86 aniversário da República Galega. A POLA SEGUNDA!

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27 de junho, 86 aniversário da República Galega

A POLA SEGUNDA!

Há agora 86 anos umha greve geral de orientaçom revolucionária promovida polo proletariado galego, proclama em Compostela a 1ª República Galega. Uns dia antes na Póvoa de Seabra e em Ourense também se tinha produzido um movimento similar.

A paralisaçom das obras do caminho de ferro Corunha-Compostela-Ourense-Samora, polo recem estreado governo da II República espanhola, estava na origem da indignaçom popular que percorria a Galiza.

Porém, foi na capital galega na tarde do 27 de junho de 1931, paralisada por umha greve, quando umha multidom que tinha realizado um grande comício na Alameda ocupou a praça do Obradoiro e as instalaçons municipais do paço de Rajói para nomear Alonso Rios como presidente da Junta Revolucionária da República Galega.

Este facto ocultado pola historiografia oficial e praticamente desconhecido até nom há muitos anos polo nosso povo possui umha indiscutível releváncia histórica.

Embora a proclamaçom da nossa independência nacional foi efémera pola hábil decisom do governo republicano espanhol de reinicar as obras do ferrocarril, desativando assim o desenvolvimento do movimento insurrecional, trascende ser umha simples declaraçom simbólica.

A recuperaçom da nossa independência e soberania nacional é o cerne da luita de classes na Galiza. Sem recuperarmos a soberania conculcada por Espanha e a UE nom há a mais mínima possibilidade de implementar um programa de reformas visadas para melhorar as condiçons de vida, recuperar e alargar os direitos sociais e as liberdades do conjunto do povo trabalhador.

Simplesmente é impossível iniciar a edificaçom dumha sociedade socialista sem conquistarmos a independência nacional da Galiza.

Carece de percorrido algum toda aquela estratégia que, reivindicando mudanças e transformaçons sociais, nom se incardina na defesa intransigente dumha Pátria soberana. Sem proclamarmos a 2ª República Galega nom podemos construir um País com justiça social.

A defesa do direito de autodeterminaçom, sem condiçons nem restriçons, é o eixo de qualquer programa que se reivindique de esquerda.

A independência nacional da Galiza, e do resto das naçons oprimidas polo Estado imperialista espanhol, é a melhor contribuiçom das naçons e povos trabalhadores como o galego para o debilitamento do bloco de classes oligárquico, e portanto para o processo histórico que favorece também a conquista do poder polo proletariado espanhol.

Negar este direito básico desde postulados aparentemente “progressistas” é umha caraterística histórica das forças da denominada esquerda espanhola, hipotecadas para qualquer processo de ruptura com o regime postfranquista até se libertarem do seu chauvinismo, do seu compromisso com o paradigma burguês da indivisibilidade do mercado denominado Espanha.

Espanha naçom de naçons”, “Estado plurinacional”, “Federalismo” e similares formulaçons que atualmente defendem Podemos, IU e o PSOE, som simples enganos para neutralizar com promessas de reformas da Constituiçom de 1978 a vontade do povo catalám de decidir livremente o seu destino.

Com outra retórica e outras formas coincidem com o PP e o neofalangismo laranja de C´s na perpetuaçom da opressom nacional da Galiza, na negaçom dos nossos direitos como povo.

Frente a este cenário nom cabem meias tintas. Ou se está por manter o status quo imposto há quarenta anos nos pactos da Transiçom de converter a Naçom galega numha simples “Comunidade Autónoma” sem competências nem soberania real, ou se aposta sem complexos nem timoratismos na defesa da independência nacional.

O BNG por muito lifting que se faga continua instalado no autonomismo radical de verniz soberanista, que renúncia à conquista do Estado Galego, e portanto esterilizado para articular um movimento popular visado para a libertaçom nacional. Nom se trata de termos “voz própria” em Madrid para condicionar o governo espanhol e facilitar o encaixe da Galiza em Espanha, e sim de dotar-nos dumha institucionalidade plenamente soberana.

O “soberanismo” de Anova é similar ao do BNG, hipotecado pola sua aliança com o espanholismo e a renúncia ao princípio da auto-organizaçom caraterístico dumha política patriótica e de esquerda.

Neste 86 aniversário da proclamaçom da 1ª República Galega, Agora Galiza manifesta que só umha República Galega de caráter socialista pode abrir o caminho a umha nova Galiza com justiça social, liberdades e plenos direitos. A pola Segunda!

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 24 de junho de 2017