Comunicado nº 167: A ARMA SECRETA DO ÓDIO DE CLASSE

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Desmontando os mantras impostos no movimento operário e popular polos think tank burgueses

A ARMA SECRETA DO ÓDIO DE CLASSE

A organização é a arma dos oprimidos”. Falso. A organização é um instrumento indispensável, mas se fosse essa a nossa arma para vencer os opressores estávamos bem lixados. A arma dos oprimidos é o ódio aos opressores, e não há outra, nem nunca houve”. A arma do ódio de classe, Francisco Martins Rodrigues.

No Estado espanhol, o discurso reacionário dirigido com sanha contra diversos setores do povo trabalhador, é difundido continuamente nos diferentes meios de desinformaçom burgueses. Provocando que aumente a tendência de agressons a determinados coletivos, como a comunidade LGTBI ou os trabalhadores imigrantes. Agressons que, na maioria de casos, ficam impunes pola proteçom que as instituiçons do regime pósfranquista outorgam ao fascismo.

Perante esta grave situaçom, a maioria das organizaçons políticas, a prática totalidade dos partidos do arco parlamentar, as “esquerdinhas”, -inclusive as organizaçons da “extrema-esquerda” socialdemócrata de fachada “marxista”-, à hora de condenar este tipo de agressons despreciáveis, nom duvidam em qualificá-las de “delitos de ódio”, reproduzindo como papagaios o relato emanado nos laboratórios de ideias dos que hoje detentam o poder.

Seguindo a narrativa elaborada pola burguesia, e plasmada no Código Penal, coincidem na utilizaçom dumha linha discursiva na que se descarta o “ódio” de maneira abstracta , descrevendo-o como algo irracional e negativo.

Devemos analisar e interpetar a realidade detidamente, sempre sob o prisma da óptica de classe. Nom podemos repetir como ventríloquos o discurso dos donos do mundo, temos que desputar-lhe no campo das ideias a sua plena hegemonia. Isto exige elaboraçom teórica, mas basicamente coragem e valentia para nadar a contracorrente, conscientes que seremos criminalizados sem piedade pola sua maquinária de manipulaçom de massas.

Razom pola que devemos perguntar-nos: que tipo de ódio é o que fomenta a burguesia e as organizaçons fascistas? É um ódio geralizado? Contra que setores da populaçom vai dirigido? Quais som os interesses de classe que saem beneficiados quando se emprega este discurso?

Efetivamente, Vox é um partido que fomenta o ódio, mas o ódio contra os oprimidos e explorados, contra os pobres e desvalidos. Cumha clara finalidade: fragmentar-nos e confrontar-nos. Divide e vencerás!

Ódio contra os trabalhadores imigrantes para usá-los como mao de obra barata, ódio contra o coletivo LGTBI discriminando e criminalizando a sua orientaçom sexual, ódio contra as identidades nacionais dos diferentes povos oprimidos polo projeto supremacista espanhol, contra os movimentos soberanistas e de libertaçom nacional, utilizando o demagógico discurso chauvinista espanhol, contra os povos que nom se submetem aos diktados imperialistas e a sua desordem mundial.

O fascismo voxiano, como ferramenta funcional dos interesses da fraçom mais chauvinista e terrorista da oligarquia, alimenta e fomenta o ódio dos exploradores, dos ricos, para confundir a classe trabalhadora, para confrontá-la, aprofundando nas suas contradiçons, como estrategia visada para evitar que se organice, rebele e luite unida, como um só punho, contra os nossos verdadeiros inimigos

Mas o ódio é irracional, próprio de gente atrasada, que não sabe o que quer e para onde vai! O ódio não é digno de marxistas que lutam por um mundo melhor!

Este preconceito de que o ódio não é próprio de revolucionários esclarecidos tem vindo a minar o nosso campo e ninguém lhe dá luta. Temos que dizer que o ódio não tem que ser necessariamente irracional, e que o nosso ódio, porque esclarecido e consciente, ódio de classe, é mil vezes mais eficaz do que o ódio irracional de um indivíduo que se rebela isoladamente. Mas é ódio a única conclusão racional que se extrai de um conhecimento da sociedade actual. Se o sistema é irreformável, como já demonstrou mais de cem vezes de forma sangrenta, se os donos do sistema estão dispostos a tudo para prosseguir, porque é essa a sua natureza e não sabem nem podem agir de outra maneira, a única conclusão racional é trabalhar para derrubá-los pela força. E isso ninguém o fará se não for impelido pela arma do ódio de classe”.

Do mesmo jeito que a burguesia emprega o ódio para defender os seus privilégios de classe, o proletariado e o conjunto do povo trabalhador deve fomentá-lo também, mas com a finalidade contrária, assinalar os verdadeiros responsáveis da exploraçom, da miséria, da depauperaçom.

Como acertadamente afirma o revolucionário comunista português, Francisco Martins Rodrigues, o ódio de classe é um ódio racional, ao serviço dos interesses dos setores populares, umha ferramenta fundamental à hora de atingir consciência operária para enfrentarmos aos nossos inimigos, ao patronato, e os seus capatazes que dirigem os partidos burgueses.

Sem ódio de classe é impossível atingir conquistas concretas, frear agressons, articular luitas táticas imbricadas na estratégia de tombar o sistema capitalista, de acumular massa crítica para organizar a Revoluçom Socialsta Galega.

Se a oligarquia fomenta nos meios de desinformaçom o mais arrogante chauvinismo espanhol, um primário anticomunismo, o racismo subliminal, a criminalizaçom do antifascismo e do direito à rebeliom e autodefesa nas luitas e protestos operários e populares, é por que sabe que o ódio é fundamental para preservar os seus privilégios derivados da exploraçom e apropriaçom da maisvalia do povo trabalhador.

A finalidade da narrativa hiperbólica das forças fascistas e reacionárias, forma parte dumha deliberada estrategia inspirada na máxima goebbeliana de que ‘umha mentira repetida mil vezes converte-se em verdade’.

Procura dividir-nos, construindo ‘chivos expiatórios’ no imaginário coletivo dos setores menos conscientes do povo trabalhador e empobrecido, dificultando assim que podam identificar quem som os verdadeiros responsáveis pola sua miséria e exclusom social.

A oligarquia também se serve da claudicaçom política e ideológica das “esquerdinhas”, tanto das naçons oprimidas como da metrópole espanhola, quando fomentam o pacifismo mais exacerbado para adormecer o povo trabalhador, inoculando no seu seio o ilusionismo do jogo parlamentar burguês e o fetichismo da via institucional como o único caminho aceitável e possível.

Devemos retomar o espíritu revolucionário do marxismo, e isso passa necessáriamente por resgatar e fomentar a nossa principal arma, o ódio de classe. Sabemos que o caminho é longo e está cheio de muitas dificuldades, mas sem recuperarmos o projeto emancipador de Marx, Lenine e o Che, é impossível avançarmos.

Nom há hipótese de reconstruirmos a esquerda revolucionária galega, nem possibilidade de que o proletáriado e o conjunto do povo trabalhador poida organizar a Revoluçom Socialista, sem ódio de classe.

Na Pátria, 24 de outubro de 2021

DESERÇOM DO MINISTRO ILLA, EXEMPLO DE TERRORISMO BURGUÊS

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DESERÇOM DO MINISTRO ILLA, EXEMPLO DE TERRORISMO BURGUÊS


À burguesia nunca lhe interessou a saúde da classe trabalhadora.
O atual estado de abandono e precarizaçom que padece a rede sanitária pública na Galiza e no conjunto do Estado espanhol, exemplifica, em plena pandemia, o absoluto desprezo da oligarquia pola vida do povo trabalhador e empobrecido.
Após 11 meses de pandemia, em plena devastadora terceira onda, o máximo responsável político no combate ao Covid-19, abandona o barco porque aspira a presidir a Generalitat da Catalunha.
Como qualificar esta injustificável deserçom?
O fraudulento governo “progressista” espanhol, ao igual que a Junta da Galiza presidida polo reacionário Alberto N. Feijó, leva quase um ano aparentando adotar medidas eficaces para controlar a pandemia. Mas a realidade desmascara as autoridades sanitárias e a casta política que gire o capitalismo no Estado espanhol.
Perto de 2.000 vítimas mortais na Galiza e mais de 80 mil no conjunto estatal, som o balanço provisório da ausência de medidas reais para reduzir a letalidade do Covid.
Na Galiza, mais de 20.000 desempregados, dezenas de milhares de trabalhadores em ERTE recebendo só 70% dos já de por si baixos salários, umha parte considerável de autónomos e microempresas à beira da ruína, e o ministro Salvador Illa abandona o barco?
Nom podemos deixar-nos arrastar pola resignaçom e o derrotismo.

Nem Governo “progre”, nem alternativa fascista: Revoluçom Socialista!

Só a classe trabalhadora salva a classe trabalhadora!

UM ANO MAIS DE POLÍTICAS LIBERAIS E CHAUVINISTAS

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UM ANO MAIS DE POLÍTICAS LIBERAIS E CHAUVINISTAS

Nom estamos defraudados porque nada aguardavamos do governo “progre”.

Há agora um ano era investido Pedro Sánchez como presidente do governo espanhol, após um acordo de coaligaçom com a nova social-democracia, e graças aos votos de todas as “esquerdinhas” periféricas, mais dos partidos independentistas e nacionalistas bascos e catalans.

Um ano de promessas incumpridas, de um acionar de governo condicionado pola pandemia, mas basicamente sob o diktado das receitas ultraliberais do Ibex 35 e dos monopólios.

A fachada e o relato “progre” de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias chocam com a realidade do seu verdadeiro acionar, contrário aos interesses e necessidades da classe obreira e do conjunto do povo trabalhador.

Nom nos podemos deixar confundir nem enganar, nom podemos perder a perspetiva pola ofensiva fascista contra este governo. As ameaças golpistas obedecem à disputa entre as fraçons oligárquicas como consequência da multicrise estrutural do capitalismo senil.

O governo tem manifestado por ativa e por passiva que renuncia confrontar com o franquismo instalado no aparelho de estado do regime de 78. Carece de coragem e vontade política para depurar o Exército, as forças repressivas, o poder judicial, por facilitar a queda da monarquia bourbónica.

Nada justifica que tenhamos que apoiar um governo continuista das políticas neoliberais e chauvinistas que caraterizam todos os governos da terceira restauraçom bourbónica.

A esquerda revolucionária galega nem apoia nem alinha com os “progres” nem com os fascistas.

Só constituíndo um ampla unidade operária e popular, de inequívoco caráter antifascista e anticapitalista, poderemos fazer frente às agressons laborais, corte de direitos sociais e liberdades, que com “boas formas” e cínicos sorrisos aplicam o tandem Sánchez-Iglesias.

Só com organizaçom, mobilizaçom e luita, frearemos a ameaça involucionista da escória voxista e dos seus aliados, que os “progres” continuam subestimando.

Comunicado nº 151: ALICERÇAR O REGIME DE 78 É A MELHOR ESTRATÉGIA PARA AFORTALAR O FASCISMO

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ALICERÇAR O REGIME DE 78 É A MELHOR ESTRATÉGIA PARA AFORTALAR O FASCISMO

É umha evidência que a moçom de censura promovida por Vox contra o governo espanhol carece de percorrido tático, pois nom conta com os apoios suficientes para tombar a coaligaçom PSOE-Unidas Podemos.

Porém, do ponto de vista estratégico, é um movimento eficaz para afortalar o processo de acumulaçom de forças no novo fascismo. Para ganhar adeptos mediante um delirante relato tam aparente como falsamente “antisistémico”, que vai calando entre setores pequeno-burgueses e camadas populares asustadas polo acelerado processo de depauperaçom e empobrecimento.

Desviando as responsabilidades diretas das políticas económicas desenhadas polo capitalismo monopolista espanhol e a UE, desqualificando estridentemente as mais retóricas que reais políticas “progressistas” do governo de Pedro Sánchez/Pablo Iglesias, o fascismo a cara descuberta que hoje representa a escória de Vox, vai calando entre um povo trabalhador tam desestruturado organicamente como frustrado polas falsas expetativas e promessas governamentais.

Subestimar os efeitos reais da iniciativa promovida por Abascal, só contribui para alimentar a suicida prática autista na que está instalada a “esquerdinha”.

Vox segue implementando a sua folha de rota visada para desputar a hegemonia “ideológica” a umhas forças progressistas e reformistas cada dia mais timoratas e acovardadas, uns partidos incapazes de despreender-se desse discurso politicamente correto inçado de eufemismos e malabarismos, do conforto institucional que hoje desfrutam.

Seguirmos de braços cruzados, infravalorizando o avanço fascista no ámbito social, na configuraçom de umha rede de entidades visadas para desputar a supremacia à direita liberal, que movimenta nas ruas cada vez setores mais amplos das camadas intermédias, que envenena com discursos demagógicos e populistas o povo trabalhador mais precarizado e empobrecido, só nos conduz diretamente à derrota frente a involuiçom reacionária.

Resulta indecente o comunicado conjunto assinado por dez forças políticas com representaçom nas Cortes espanholas.

O “Manifesto em favor da democracia” exemplifica a claudicaçom ideológica da “esquerda” institucional.

É um lavado de cara do Regime de 78, que emana diretamente do golpe fascista de 18J de 1936, umha maquilhagem da deleznável restauraçom monárquica imposta polo franquismo e das mudanças cosméticas da institucionalidade franquista travestida em democracia burguesa.

Perante o avanço do fascismo, a socialdemocracia espanhola e as socialdemocracias das naçons oprimidas, assinam um grotesco manifesto conjunto com forças reacionárias e liberais, cuja centralidade discursiva radica na defesa da democracia ameaçada pola “extrema-direita”.

A desmemória histórica carateriza um texto carregado de eufemismos. A renúncia a aplicar dialeticamente as leiçons emanadas da República de Weimar, “tentando” conter o avanço da barbárie nazista conciliando com as forças burguesas “moderadas” que o promoviam, renunciando portanto a tecer umha sólida aliança entre as organizaçons operárias, define a filosofia de um documento sucrito por três espaços políticos afins -BNG, CUP, e EH Bildu- por um lado, ERC, Compromís, Más Pais e Podemos por outro-, mais PNB, JxC e PSOE.

Todos unidos em “amor e companhia” denunciando que os “discursos racistas, xenófobos, machistas que temos escuitado no que vai de legislatura por parte da extrema-direita e a direita extrema som incompatíveis com os valores próprios de um sistema democrático e suponhem um perigo para a convivência”.

Rejeitamento à “extrema-direita, especialmente quando afete a governabilidade das instituiçons, já for por ativa ou passiva”.

O documento evita denunciar que o fenómeno em curso é consequência direta dos ignominiosos acordos da “Transiçom”. Que a fascistizaçom é promovida diretamente por umha fraçom do bloco de classes oligárquico, empregando os aparelhos de Estado que nom fôrom depurados, alimentada por essa imensa cloaca que configura as Salas de bandeiras militares, as organizaçons gremiais policiais, o poder judicial, os meios de [des]informaçom, a hierarquia católica, boa parte da Administraçom.

O auge do fascismo que mostra sem rubor as suas gadoupas, emana diretamente da atual “democracia” bourbónica. Nom é um fenómeno alheio, nom é um corpo estranho ao entramado institucional do Estado espanhol.

Ao uso das modas imperantes postmodernas, a crítica ao discurso de Vox plasmado no manifesto evita questionar o cerne que justifica a sua existência.

Vox e o conjunto do fascismo orgánico inerente ao aparelho estatal, está promovido polos banqueiros e os magnates do Ibex 35, polos grandes monopólios, basicamente para disciplinar a classe trabalhadora, para agir de eficaz ariete e grupo de choque contra as luitas que derivarám da crise económica do capitalismo senil, multiplicada pola pandemia em curso.

Vox e as forças aliadas que organicamente ainda continuam no PP e C´s, tem como principal tarefa reativar e alimentar o chauvinismo espanhol. Mediante este demagógico instrumento populista do nacionalismo espanhol logram desviar a atençom das massas trabalhadoras, fragmentando-as e confrontando-as, assegurando assim manter a unidade de mercado denominada Espanha, sem a qual o bloco oligárquico nom poderá perpetuar a acumulaçom e expansom de capital blindada polos pactos plasmados na Constituiçom de 1978.

O fascismo é a ditadura terrorista do Capital. Aparece e age nas etapas de profundas crises sistémicas para disciplinar ainda mais a classe trabalhadora. É a ferramenta empregue pola burguesia para dissuadir as luitas do movimento operário e derrotar as demandas do povo trabalhador e empobrecido.

Reduzir a ameaça de Vox ao simplista discurso do “ódio”, que alimenta o racismo, a xenofobia e o machismo, é desenfocar o verdadeiro caráter de classe do fascismo. É concentrar-se nos órgaos prescindíveis e nom disparar ao coraçom.

Alimentando esta falsa “normalidade democrática”, lavando a cara ao PSOE como principal peça da bóveda postfranquista, ocultando as suas responsabilidades diretas no terrorismo de Estado e articulaçom dos grupos parapoliciais, no infame amparo e proteçom do fascismo invernado durante mais de três décadas, as esquerdinhas socialdemocratas seguem facilitando o seu desenvolvimento. Alicerçar o Regime de 78 é a melhor estratégia para afortalar o fascismo.

A Vox, os fascistas do PP e C´s, a toda a laia fascista presente nos diversos estamentos estatais, nom se lhe combate com manifestos ligths, com inofensivas posses estéticas em defesa do regime de 78!

O fascismo só pode ser derrotado com contundência, firmeza e coragem, desenvolvendo um “cordom sanitário” real. Isolando-o, nom flertando com ele, expulsando-o das mobilizaçons populares, negando-se a debater com normalidade com os seus vozeiros. Mas basicamente combatendo-o sem trégua, expulsando-os das ruas e dos centros de trabalho e ensino.

A unidade antifascista é umha necessidade urgente. O conjunto das forças políticas e sociais antifascistas temos o dever histórico de construir um muro infranqueável que derrote esta ameaça, mas nom para defendermos as tímidas e cada vez mais raquíticas liberdades e direitos da reforma postfranquista que o neoliberalismo leva progressivamente aniquilando.

Há que combaté-lo e derrotá-lo desde posiçons anticapitalistas, porque o fascismo é umha expressom política extrema que emprega a burguesia nas etapas de crise, nom é um fenómeno alheio à ditadura burguesa denominada democracia liberal.

Cumpre avançar na configuraçom de Bloco Popular Antifascista alicerçado na unidade e no pluralismo, afastado do falso dilema democracia burguesa versus fascismo.

O dilema é Socialismo versus barbárie fascista.

Na Pátria, 22 de outubro de 2020

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

NEM UNIDADE “NACIONAL” NEM FALSOS CONSENSOS: LUITA OPERÁRIA CONTRA O CAPITAL

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NEM UNIDADE “NACIONAL” NEM FALSOS CONSENSOS: LUITA OPERÁRIA CONTRA O CAPITAL

Ontem, o presidente do governo espanhol cenificou a verdadeira linha política do falso governo “progre”.

Pedro Sánchez impartilhou a conferência ’España puede. Recuperación, transformación, resiliencia’, arroupado pola imensa maioria dos ministros do governo PSOE-Unidas Podemos, diante da “flor e nata” da oligarquia depredadora -Ana Botín [Santander], Carlos Torres [BBVA], Pablo Isla [Inditex], José María Álvarez-Pallete [Telefónica], Florentino Pérez [ACS], Antoni Brufau [Repsol], José Manuel Entrecanales [Acciona], Isidre Fainé [La Caixa], Ignacio Sánchez Galán [Iberdrola], José Ignacio Goirigolzarri [Bankia]-, do presidente da CEOE, dos capos do sindicalismo pactista, de artistas e inteletuais orgánicos, e diretores dos meios de [des]informaçom burgueses.

Pedro Sánchez, num discurso retórico, carente de medidas políticas concretas, tam só procurou margens de confiança ao seu governo polo grande capital.

Ontem ficou claro que a resposta à profunda crise económica e social agravada pola pandemia do Covid 19, será novamente paga polos de abaixo, polo povo trabalhador e empobrecido.

Nada se deve aguardar dos que hoje ocupam a Moncloa.

Som horas de preparar a luita unitária e organizada, para evitarmos a depauperaçom absoluta a que nos condena o grande capital e os seus capatazes.

O governo PSOE-Unidas Podemos é um governo ao serviço do capitalismo parasita, inimigo da classe trabalhadora.

 

DISCURSO DE CARLOS MORAIS NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

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DISCURSO DE CARLOS MORAIS NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

[Praça 8 de Março, Compostela, Galiza, 25 de Julho de 2020]

Nunca nos daremos por vencidos! Nunca abandonaremos o compromisso e juramento adquirido quando logramos transitar da intuiçom juvenil à explicaçom e compreensom consciente das leis científicas da luita de classes; nom pregamos velas, jamais arriaremos as duas bandeiras que sintetizam o mundo que queremos conquistar e construir: a vermelha da classe obreira e a tricolor republicana galega; nunca atraiçoaremos os mais sublimes objetivos do ser humano, a beleza e o amor, sintetizados na sociedade de felicidade e plena harmonia chamada Comunismo.

Mas tampouco somos ingénuos! Somos plenamente conscientes das imensas dificuldades para reconstruir a esquerda revolucionária galega, para desenvolver organicamente a alternativa socialista e patriótica galega. Mas contra toda lógica mercantil e postmoderna, teimamos com perserverância continuarmos o caminho traçado há um quarto de século.

Ainda nom logramos atingir os objetivos da primeira fase da construçom do imprescindível e insubstituível destacamento militante da causa nacional e de classe que a Galiza necessita. Sabemo-lo bem!

Toneladas de entulho ideológico ocultam os carreiros abertos há mais de 150 anos por Marx, desenvolvidos magistralmente por Lenine e o Che, e aplicados de forma criativa por Benigno Álvares e Moncho Reboiras em duas etapas históricas determinadas, a terceira e sétima década do século XX.

À desmemória coletiva imposta polo Capital, devemos acrescentar a deliberada amnésia e transfuguismo dos que nalgum momento afirmavam querer edificar as ferramentas políticas e sociais galegas e de classe, visadas para desputar o cancro da hegemonia reformista no campo operário e popular.

Sempre guiados polas rubras estrelas que evitam cairmos na oscuridade e extraviar-nos nos caminhos, novamente aqui estamos! para proclamar que só a classe obreira salva a classe obreira. Da necessidade ineludível de dotar-se de espaços próprios de organizaçom, mobilizaçom e luita. O confinamento derivado do Covid-19 deixou bem claro quem mexe o mundo, quem o fai rodar, quem produz, quem salva as vidas, as infinitas potencialidades do mundo do Trabalho, o imenso poder da classe obreira, da sua invencibilidade.

Mas também, a importáncia do fator subjetivo, antídoto para vencer o letal vírus do amorfismo e a disgregaçom que carateriza o estado atual da nossa classe. Sem povo trabalhador organizado e movimentado nom há avanços, conquistas e vitórias.

Mais alá da retórica folclórica e das modas imperantes que venhem e vam, dos sucedáneos e das fraudulentas franquícias multicoloridas, das velhas políticas vernizadas de “novas”, o nosso é um combate acrisolado em décadas de reflexom e estudo, em décadas de aplicaçom teórico-prática, forjados em sensabores e contratempos permanentes, entre as amarguras das derrotas.

A diferença da casta política da “esquerdinha”, de tanto falabarato de feira, nós nom prometemos comodidades militantes, nem distribuímos postos bem remunerados, nem ofertamos fulgurantes avanços e vitórias.

Nom queremos enganar ninguém! A quem honestamente se queira enrrolar na causa da Galiza proletária, na causa da República Galega, na causa da Revoluçom Socialista, só podemos prometer suor, lágrimas e sangue. Agirmos coerentemente como militantes da causa do amor e da beleza paradoxalmente vai acompanhado polo fel e o ferro do isolamento e da incompreensom. Mas das mais fedorentas esterqueiras agromam as mais aromáticas roseiras.

O fácil é somar-se aos grandes espaços que aparentando querer mudar o presente, na realidade agem como muro de contençom, como via de escape das enormes potencialidades rebeldes e combativas que latentes na nossa classe, seguem ai esperando a sua erupçom.

Eis polo que nom formamos parte de espaços interclassistas sob as fórmulas de frente patriótico ou frente popular, e sim defendemos a necessidade de constituir amplas alianças de unidades populares, dotadas de programas avançados, de frentes únicas de composiçom, orientaçom e programa genuinamente obreiro.

Sem resituar no centro do tabuleiro político galego e internacional, a contradiçom Capital-Trabalho, seguiremos sendo incapazes de avançar, continuaremos enredados nos inofensivos e funcionais relatos cidadanistas e eleitoralistas.

Acreditamos no nosso povo, e somos conhecedores dos invisíveis e cada vez mais sofisticados mecanismos de alienaçom a que nos vemos submetidos polos que só pretendem mansedume e resignaçom.

Eis polo que após finalizar um processo eleitoral para escolher os deputados de um parlamentinho sem soberania, nom estamos nem em estado de shock, nem tampouco eufóricos. Consciente e inconscientemente, um considerável setor do povo trabalhador e empobrecido da Galiza, ratificou o continuismo em Sam Caetano. Obviamente com este cenário, nom lançamos foguetes, mas tampouco estamos de luto.

Nesta conjuntura nunca acreditamos na tangibilidade de derrotarmos nas urnas o capataz que eficazmente melhor representa os poderes do Capital no nosso país.

E nom viamos possível este anelo, compartilhado com a maioria do povo trabalhador da Galiza, porque tenhamos umha varinha mágica, nem umha bola de cristal. Figemo-lo guiados polo método científico de análise e interpretaçom da realidade que nos proporciona o marxismo. Polo conhecimento profundo do grau de praticamente absoluta carência de consciência de umha parte significativa dos setores populares e empobrecidos da Galiza. Pola ausência de um projeto e um liderato capaz de ativar a resignaçom e a ausência de perspetivas, na que está instalada umha parte considerável dos centenares de milhares de mulheres e homens que subsistem entre a precariedade, os baixos salários e as ajudas institucionais.

Porque ia despertar do seu longo letargo um povo desorganizado, carente de ferramentas defensivas, de espaços comunitários de sociabilidade mais alá do desporto espetáculo, das festas patronais desenhadas polas grandes empresas do embrutecimento?

Mais alá de creenças metafísicas, de bons desejos, de inspiraçons divinas, de ilusons infundadas e promessas fraudulentas, lamentavelmente na Galiza de 2020 nom é possível, sem umha mudança profunda de rumo das forças situadas no campo do antifascismo, lograrmos o bye bye Feijó.

As possibilidades de atingí-lo eram mínimas, e basicamente a alternativa de um “tripartito” entre os partidos que governam Madrid e a socialdemocracia autonomista, carece das mais mínimas margens para alterar a golpe de DOG as tendências aniquiladoras do nosso povo e da nossa terra, que o imperialismo tem perfeitamente desenhado na divisom internacional do Trabalho.

Os resultados nom fôrom tam diferentes ao que prognosticamos. Umha nova maioria absoluta de Feijó –exemplar maioral de Ence, Iberdrola, Zara-Inditex, das multinacionais mineiras-, nom significa mecanicamente que já nom existam possibilidades nem margens reais para frear as políticas ultraliberais de privatizaçons, corte de direitos e supressom das conquistas da classe trabalhadora, a aniquilaçom da nossa identidade e cultura, o expólio das nossas riquezas naturais, da nossa diversidade meio-ambiental.

Camaradas, nom esqueçamos que as grandes conquistas nom se atingírom nunca nas instituiçons do inimigo, nos templos da falsa democracia burguesa. E no caso concreto da Galiza, a carência de soberania nacional por sermos um pais oprimido polo Estado imperialista espanhol e a UE, ter maioria aritmética no parlamentinho colonial do Hórreo, é como querer fazer umha grande viagem num automóvel sem motor nem combustível.

Até lograrmos alterar a correlaçom de forças no campo da causa popular e nacional, seguiremos hipotecados polo cancro do eleitoralismo. Estes dias diversas plataformas comarcais em defesa da sanidade pública “dececionadas” perante a vitória do PP nas suas zonas de atuaçom, acordárom dissolver-se! Que grande disparate e incapacidade de compreensom da complexa -mas nom por isso irreal-, dicotomia existente entre apoio popular a umha reivindicaçom concreta e opçom eleitoral.

Nom somos um país “anormal”, nem os galegos somos “burros” e “ignorantes”, um povo reacionário, conservador, ou temos o que nos merecemos! Nom, camaradas!!

Nom podemos justificar nem apoiar esta falta de respeito contra o nosso povo. Este tipo de leituras profundamente reacionárias é fruto da frustraçom e incapacidade da pequena-burguesia “progre” para entender a luita de classes. Do desconhecimento e profundo desprezo polo povo galego e a nossa Pátria, por esses poços sépticos de tertulianos e comentaristas de pacotilha da metrópole, mas também por essa casta política da velha e nova política.

Galiza nom é um país mais conservador ou mais reacionário que o País Basco, a Catalunha, Andaluzia ou qualquer dos territórios espanhóis. Ou pensades que Urkullu, Torra, García Page ou Lambán, som menos reacionários que Feijó ou Baltar?

Nom nos deixemos arrastar polos tópicos elaborados polo supremacismo espanhol, polas tendências fabricadas no Ground zero de todas as pandemias e vírus que levam séculos sementando de desgraças, pragas e devastaçom, a nossa Pátria.

A maioria absoluta atingida há menos de 15 dias polo PP autótone, é, em termos absolutos, completamente relativa. Feijó só logrou revalidar o apoio de 1 de cada 4 galegos com direito a exercer o seu voto. Nem mais nem menos!!!

Concebemos a frente eleitoral como um mecanismo tático num processo de acumulaçom de forças estratégicas para a tomada do poder, nom para demonstrarmos que podemos gerir com mais eficácia e honradez o capitalismo, para decretar remendinhos mal cossidos, que se bem podem aliviar temporariamente as graves condiçons de vida dos setores populares mais vulneráveis, habitualmente nom servem para organizá-los, para elevar o seu nível de consciência, nem para ir aligeirando os profundos mecanismos de alienaçom.

Só um povo trabalhador organizado e movimentado, que despute no campo da cultura e a ideologia a hegemonia reacionária, que nom aceite o monopólio da violência do Estado burguês, convencido e orgulhoso da sua causa, tem capacidades de conquistar o futuro.

A luita é o único caminho! O resto som farrapos de gaita, simples palha!, palavras tam bonitas como infundadas. A luita de classes e de libertaçom nacional nom depende de análises idealistas, nem de bons desejos, depende da capacidade e vontade, livre e conscientemente decidida de desputar a dominaçom burguesa por parte dos de baixo, dos que pouco ou nada tenhem que perder a nom ser as suas cadeias. E para poder atingir este estado de cousas, é imprescindível centrar a maioria dos recursos e energias na formaçom, no combate ideológico. É necessário abandonar o cancro das práticas conciliadoras e pactistas.

Este modesto destacamento militante da causa nacional e de classe chamado Agora Galiza-Unidade Popular, sabe perfeitamente que sem derrubar o regime de 78 articulado à volta da monarquia nomeada por Franco, sem quebrar o Ibex 35, sem confiscar o império do senhor de Arteijo, sem esmagar a ameaça fascista que umha fraçom da oligarquia alimenta e apoia como grupo de choque perante as grandes convulsons sociais que se divisam no horizonte, seguiremos enlamados em batalhas cujo destino é a derrota da classe trabalhadora e a plena assimilaçom da Galiza polo projeto supremacista da oligarquia espanhola.

As falsas ilusons de atingir a independência mediante maciças mobilizaçons cívicas e pacíficas, dotadas de um discurso interclassista e “europeista”; as falsas ilusons de conquistar o céu por assalto, promovidas pola nova socialdemocracia, já vimos como finalizárom.

Tanto as forças independentistas que governam a Generalitat, como o governo “progre” de Madrid, fôrom domesticados e disciplinados pola lógica do Capital que realmente nunca questionárom.

Camaradas! nascimos, reformulamo-nos, agimos, luitamos, para organizar a Revoluçom Galega. Eis a razom da nossa existência.

Sabemos que a tarefa é imensa, mas nom por isso procuramos falsos atalhos que só conduzem nengures. A Espanha bourbónica nom se pode reformar nem democratizar, nom é possível regenerá-la ou democratizá-la. O capitalismo tampouco se pode remendar. A construçom de um mundo novo só é possível sobre as cinzas do atual. Todo parto é doloroso. É pura lei de vida!

Tal como já manifestamos aqui, há agora exatamente 365 dias, sabemos que esta viagem necessita de configurar umha gigantesca caravana bem pertrechada, com expertos chóferes e mecánicos. Nós só somos umha minúscula parte mais de um complexo e diverso conjunto de peças que devem ser ensambladas.

Ainda que o nosso país seja o único território do Estado espanhol onde o matonismo fascista nom logrou entrar nas instituiçons burguesas, nom podemos nem devemos baixar a guarda.

A necessidade de constituir entre as forças de caráter operário um bloco popular antifascista, dotado de um programa anticapitalista e anti-imperialista, segue sendo a dia de hoje a principal prioridade da classe operária e do povo trabalhador galego.

Até a vitória sempre!

Antes mortos que escravos!

Viva Galiza ceive e socialista!

Viva a Revoluçom Galega!

INTERVENÇOM DE PAULO VILA NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

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INTERVENÇOM DE PAULO VILA NO ATO POLÍTICO DO DIA DA PÁTRIA

[Praça 8 de Março, Compostela, Galiza, 25 de Julho de 2020]

A esquerda revolucionária galega organizada em Agora Galiza Unidade Popular, organiza mais um ano este ato, na Praça 8 de Março, para reivindicar e luitar polos nossos objetivos: A Independência Nacional e o Socialismo.

Perante a pandemia de coronavírus, o mal chamado governo progresista PSOE-Unidas Podemos nom implementou medidas para proteger o povo trabalhador. As medidas fôrom adotadas seguindo instruçons da CEOE e Ibex35.

Implementárom os ERTEs, nom proibirom os despedimentos, nom nacionalizárom setores estratégicos, nom exigírom à banca a devoluçom dos 65 mil milhons de euros, nem impostos progressivos às grandes empresas, a renda mínima nom passa de ser migalhas insuficientes. A falta de medidas piora as condiçons para a classe trabalhadora.

Na Galiza, a pandemia desmascara as desigualdades entre ricos e pobres. O governo da Junta encabeçado por Feijóo, além da sua lamentável gestom, logrou manter a maioria absoluta na farsa eleitoral do 12 de julho, deixando fora de jogo a oposiçom.

Por muito que melhorasse o resultado eleitoral do autonomismo (BNG), segue sendo umha força encabeçada por umha direçom de burócratas pequeno-burgueses incapaces de ir mais longe que de “reclamar” maiores competências para Galiza. O reformismo autonomista nom está disposto a quebrar regime de 78.

O reformismo, seja autonomista ou umha sucursal do progressismo espanholista nom pode defender o povo trabalhador galego. É incapaz de quebrar com a lógica do parlamentarismo burgués, a falta de confrontaçom deixa indefesa a classe trabalhadora perante a acometida do fascismo que ocupa cada vez mais espaços nas ruas.

A péssima situaçom na que vive a juventude galega, a emigraçom, o terrorismo machista, o desemprego, ou o saqueio dos nossos recursos, nom se revertérom com o governo de coaligaçom do PSOE- UP. Nem está, nem se o espera!

Todos estes problemas som conseqûencia da opressom que padece Galiza por parte do Estado espanhol, pola UE e polo capitalismo.

Eis polo que inssistimos na necessidade de que tem que ser o povo trabalhador quem dirija a luita pola independência e o socialismo. Isto só é possível mediante a via revolucionária, mediante um partido de vangarda que tenha como objetivo a toma do poder por assalto.

Somos conhecedores da debilidade da esquerda revolucionária na Galiza e resto do Estado, mas nom claudicamos. Sabemos que as nossas conviçons revolucionárias som a única alternativa, eis polo que mantemos e defendemos com firmeza os nossos princípios seja qual for a situaçom!

Continuamos com a tarefa de reconstruirmos umha organizaçom revolucionária para luitar e combater contra a burguesia, afastada das tendências pacifistas e conciliadoras.

A corrupçom da monarquia postfranquista, o chauvinismo espanhol promovido por VOX, PP e C´s, presente no aparelho judicial, aparelho repressivo e no éxercito, os assassinatos e torturas da forças policiais nas prisons, as privatizaçons, a exploraçom, o paro, a miséria, a continua vulneraçom de direitos e liberdades, ou a impunidade do fascismo que avança, só se podem reverter com luita e combate nas ruas.

Denunciamos a situaçom que muitos dos presos políticos revolucionários sofrem nas prisons, eis polo que exigimos mais um ano, a amnistia e liberdade dos presos políticos na Galiza e no Estado espanhol, seja qual for o método de luita empregado.

Desde a esquerda revolucionária galega inssistimos na criaçom dum bloco popular antifascista e anticapitalista para confrontar com contundência o fascismo. O terrorismo fascista devem ser combatido sem negum tipo de remordimento, deve ser combatido com contundència e sem trégua.

Nom podemos olhar cara outro lado perante esta grave ameaça, o fascismo deve ser esmagado empregando qualquer método, inclusive a utilizaçom da violência se for necessário!

Eis polo que devemos manternos firmes na reconstruçom da esquerda revolucionária, so assim lograremos tombar este regime e o sistema capitalista que o sustenta para lograr plena independência e emancipaçom da nossa naçom e a nossa classe.

A única alternativa a este sistema e Estado terrorista é a proclamaçom da República Socialista Galega.

O fascismo combate-se nas ruas!

Viva Galiza Ceive e socialista!

Viva a República Socialista Galega!

 

28 DE JUNHO -DIA INTERNACIONAL DA LUITA POLA EMANCIPAÇOM LGTBI

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28 DE JUNHO -DIA INTERNACIONAL DA LUITA POLA EMANCIPAÇOM LGTBI

Neste 28 de junho queremos reivindicar com orgulho, que foi a bandeira vermelha do primeiro Estado obreiro da história, quem implementou umha boa parte das reivindicaçons e demandas de liberdade sexual, que hoje se reclamam aplicar nas legislaçons dos países capitalistas.

Frente tanta amnésia deliberadamente imposta, frente tanta trivializaçom, devemos lembrar que foi a Revoluçom bolchevique de 1917 o primeiro Estado que legislou em prol da livre liberdade sexual de mulheres e homens.

A mercantiliaçom e banalizaçom que define o atual movimento gay oculta este facto histórico, pois está hegemonizado polo pensamento burguês e nom questiona o modo de produçom capitalista.

Só no Socialismo se sentarám as bases para atingir a plena liberdade e emancipaçom sexual.

Comunicado nº 145: POSIÇOM DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA GALEGA PERANTE AS ELEIÇONS AUTONÓMICAS DE 12 DE JULHO

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POSIÇOM DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA GALEGA PERANTE AS ELEIÇONS AUTONÓMICAS DE 12 DE JULHO

Parte das forças políticas que apresentam candidatura nas eleiçons autonómicas de 12 de julho, tenhem reconhecido de forma explícita e implícita, a inexistência de condiçons mínimas sanitárias e democráticas para umha convocatória eleitoral.

Porém, tanto as quatro forças da oposiçom com representaçom institucional no parlamentinho de cartom, como o resto dos partidos que formalizárom as suas candidaturas, descartárom realizar um “plantom”. A renúncia pública a apresentar candidatura teria contribuído para desmontar o engano destas eleiçons amanhadas polo PP, nas que à partida já está praticamente garantido que Feijó revalidará a maioria absoluta atual.

A renúncia a exercer um “plantom” de eminente caráter antifascista teria evitado as eleiçons trampa de 12 de julho, pois pola excepcionalidade que padecemos, nom existem as “mínimas condiçons democráticas” na lógica do parlamentarismo burguês, para realizar as eleiçons autonómicas. Forçando assim o PP adiar as eleiçons, pactuando umha nova data, após superarmos o estado de shock no que segue instalado umha parte considerável do povo trabalhador polos efeitos da pandémia.

Nestas condiçons a única posiçom mais coerente para evitarmos mais quatro anos de desfeita socio-laboral, económica, meio-ambiental e cultural, de privatizaçons e perda de conquistas e direitos, é nom alimentar a monumental fraude que facilitará 4 anos mais de políticas antipopulares e antigalegas por parte da camarilha fascista empoleirada no aparelho de dominaçom autonómico.

Todas as candidaturas, sem exceçom, que concorrem 12 de julho, serám cúmplices destas eleiçons amanhadas, absolutamente adulteradas, do “pucheiraço” de Feijó.

Agora Galiza-Unidade Popular nem participa nem apoia nengumha das candidaturas, mas tampouco solicitamos exercer o legítimo direito de abstençom que tem definido nos últimos anos a nossa posiçom.

Compartilhamos os anelos e desejos da imensa maioria do povo trabalhador galego da urgência de retirar o PP do governo autonómico exercendo o seu voto 12 de julho.

Mas também sabemos que no hipotético caso de Feijó perder a maioria absoluta, o governo alternativo que se pudesse configurar, nom aplicará políticas estruturalmente diferentes às do PP. Será um governo de “cara amável”, similar ao de PSOE/Unidas Podemos, que incumprirá entre sorrisos e boas palavras os compromissos adquiridos.

A alternativa operária e popular, patriótica e socialista, que a Galiza necessita, só pode ser construída ao calor da luita unitária nas ruas, empregando as instituiçons burguesas como simples caixa de resonáncia, onde exercer pedagogia de massas para demonstrar a impossibilidade de legislar ao serviço das maiorias sem superarmos o capitalismo.

Portanto, a militáncia e simpatizantes de Agora Galiza-Unidade Popular, adotará a decisom mais coerente e consequente com a linha política revolucionária do projeto de classe e patriótico que com perserverança estamos construíndo.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 26 de junho de 2020

Comunicado nº 143. BENIGNO E MONCHO, INSEPARÁVEIS COMPANHEIROS E BÚSSOLAS DA REVOLUÇOM GALEGA

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BENIGNO E MONCHO, INSEPARÁVEIS COMPANHEIROS E BÚSSOLAS DA REVOLUÇOM GALEGA

Todo projeto político genuinamente transformador, portanto revolucionário, deve contar com um imaginário coletivo próprio.

A desputa pola hegemonia operária frente à burguesa, é umha batalha permanente a desenvolver em todos os ámbitos sociopolíticos, sem exceçons.

A construçom de umha organizaçom socialista e feminista galega de libertaçom nacional, nom só necessita de um programa político tático flexível, de uns sólidos princípios ideológicos, de umha estratégia visada para a tomada do poder, de um discurso sedutor. Exige possuir umha cosmovisom cultural, antagónica à do inimigo de classe e do seu imperialista projeto nacional.

Mas também, no processo de edificaçom da força revolucionária, devemos emprestar recursos e energias a deslindar linha política, frente os diversos reformismos e oportunismos, com destaque para aqueles de fachada socialista, que exercem de muro de contençom da luita popular, inserindo calculadas doses anestesiantes e falsos tratamentos analgésicos.

Somos umha organizaçom marxista e revolucionária, polo que reivindicamos Marx e Lenine.

Somos um destacamento operário cujo específico quadro nacional de luita se desenvolve na periferia do centro capitalista. O nosso objetivo estratégico é contribuir para organizar a Revoluçom Socialista Galega como parte indissociável da Revoluçom Socialista mundial. Somos portanto umha organizaçom internacionalista. Eis polo que reivindicamos o Che Guevara.

Somos umha força patriótica e socialista galega. Luitamos por umha Galiza sem exploraçom capitalista, nem patriarcado, por umha Galiza dotada de um Estado operário plenamente soberano. Eis polo que bebemos da melhor tradiçom do marxismo autótono, do que tentou implementar umha açom teórico-prática desde a nossa singular morfologia de classes. Desse marxismo capaz de ver com olhos próprios o nosso país, de interpretar mediante a dilatética materialista a nossa história, de pensar com cabeça própria. Do marxismo sem adulteraçons, capaz de despreender-se das tutelagens assimilacionistas da metrópole madrilena, e das dependências sucursalistas.

Eis polo que reivindicamos as figuras de Benigno Álvarez e de Moncho Reboiras, sem maquilhagens nem manipulaçons.

Ambos formam parte do mais aperfeiçoado frontispício metalúrgico da épica rebelde proletária. Fam fonte de inspiraçom que emana das mais profundas entranhas do povo oprimido que nunca se resignou a ser submisso e servil.

Benigno e Moncho, representam a mais elaborada vocaçom, a mais firme decisom de construírmos um movimento revolucionário galego, dirigido pola classe operária, com programa e direçom operária, sintetizando a luita pola emancipaçom de classe com a libertaçom nacional desta parte do universo chamada Galiza.

Ainda somos modestas crisálidas, porém, fazemos parte da semente da sua heroica entrega, da sua exemplar perserverância.

O mesmo flagelo fascista que agora volta a ameaçar-nos com a prepotência e a arrogância putrefacta da pior escória, fracassou em 1937 e 1975, quando pensou que mediante a sua perseguiçom e aniquilaçom física, lograriam estirpá-los da história e da memória coletiva.

O imenso latejar do coraçom de Benigno e de Moncho, a genial inteligência de Moncho e de Benigno, estam permanentemente vivos na nossa mochila de combate, flamejam nas nossas rubras bandeiras, bulem com intensidade nos nossos sonhos e anelos de conquistarmos um mundo novo.

Por muito que irritem às leituras canónicas da charlatanaria, que só pratica funambulismo eleitoralista e cretinismo parlamentar, desde hoje, os campos de milho de Maceda e de Imo, a serra de Sam Mamede e as veigas do Sar, ficam eternamente geminadas por Benigno e por Moncho, solenemente complementadas para forjar a vitória.

Honra e glória para ambos!

Independência e Pátria Socialista!

Antes mortos que escravos!

Venceremos!

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

8 de junho de 2020