LEIÇOM DE MANUAL DA LUITA DE CLASSES

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LEIÇOM DE MANUAL DA LUITA DE CLASSES

Bastou umha simples chamada telefónica dos que realmente detentam o poder, para quebrar o acordo de derrogar de imediato a reforma laboral de 2012. A euforia de Bildu polos termos do pactuado e assinado com os dous partidos do governo “progre”, durou poucas horas.

O acontecido ontem é umha esclarecedora leiçom da luita de classes.

  • A pratica totalidade da castapolítica só gere e salvaguarda os interesses do grande capital financieiro e industrial, dos latifundiários, das multinacionais. Do bloco oligárquico que detenta o poder real no Estado espanhol desde o século XIX.
  • As instituiçons burgueses carecem portanto de verdadeira soberania e capacidade de decissom.
  • Tem mais poder Amancio Ortega, Ana Botín ou Juan Roig, que os 120 deputados do PSOE, os 35 de Unidas Podemos e os 5 de Bildu no seu conjunto, que teoricamente representam a milhons de pessoas que os apoiárom nas urnas.
  • É praticamente impossível implementar políticas efetivas ao serviço do povo trabalhador no quadro da ditadura burguesa de fachada democrática.
  • O ilusionismo eleitoral e o cretinismo parlamentar, que promovem as forças da “esquerdinha”, é altamente funcional para distraer à classe obreira das sua tarefa histórica.
  • É umha ingenuidade seguir alimentando esta fraude chamada “democracia”.
  • A luita é o único caminho para a nossa emancipaçom como classe e libertaçom como povo e naçom.
  • Sem partido revolucionário nom é viável exercermos a hegemonia, e conquistar o poder político. A sua construçom é umha das prioridades da classe obreira

CORONAVÍRUS E ESPANHOLIZAÇOM

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CORONAVÍRUS E ESPANHOLIZAÇOM


As principais forças sistémicas -mais alá do demagógico espetáculo da política burguesa-, tenhem coincidido em parámetros nucleares à hora de abordar a crise sanitária: o coronavírus “nom entende de territórios” afirmárom continuamente.


Tanto as “progressistas” PSOE/Unidas Podemos com as suas divergências de matizes, como as fascistas [PP, Vox e C’s] nom fechárom Madrid, umha das zonas cero da pandemia, causante de multiplicar e expandir o vírus por todo o Estado.


Suspendérom as competências das Comunidades Autónomas, impondo um “mando único” que só serve para alimentar o imaginário coletivo de “Espanha, Espanha”.


Agora, o plano de desconfinamento recupera a anacrónica divisom provincial, dinamitando os limitados e insuficientes quadros territoriais do processo de descentralizaçom postfranquista.


O quadro nacional [Galiza, Andaluzia, País Basco, Catalunha] simplesmente foi derrogado polas forças espanholistas, seguindo a lógica assimilacionista.


Nom teria mais sentido, nom seria mais eficaz que o processo de desconfinamento tenha em conta outros critérios territoriais, como as áreas sanitárias?


Afirmem o que afirmem, a teimuda realidade constata que o vírus si entende de territórios.

174 ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇOM GALEGA DE ABRIL

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174 ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇOM GALEGA DE ABRIL

Derrrotado o exército galego 23 de abril de 1846 na batalha de Cacheiras, as tropas repregárom para resistir nas ruas de Compostela.
Perante a desfavorável correlaçom de forças, o Estado Maior refugiado em Sam Martinho Pinário, optou pola rendiçom.

A Revoluçom Galega de Abril 1846 era esmagada sem compaixom pola monarquia bourbónica de Isabel II.

Dia 26 sobrevinha o trágico desenlace com o fusilamento em Carral do marechal Miguel Solis e os oficiais leais, e o caminho do exilio e o desterro para evitar a pena capital.

A Revoluçom Galega de 1846 foi a cenificaçom do choque entre as forças transformadoras dos setores sociais que atesouravam no seu seio potencial revolucionário polas suas condiçons materiais ou por diferenças ideológicas manifestas, e os estamentos privilegiados do regime monárquico e centralista espanhol, que representavam a reaçom.

No 174 aniversário da Revoluçom Galega de 1846 reivindicamos desta heroica experiência combativa do nosso povo a importáncia, vigência e necessidade do direito à rebeliom, mas também como um referente, semente do que posteriormente foi o desenvolvimento do movimento de libertaçom nacional galego.

Hoje, neste abril de 2020, levantamos a espada insurreta do marechal Miguel Solis e a pena sublevada de Antolim Faraldo, para mais umha vez proclamar e atualizar a declaraçom revolucionária de 1846 de que nom estamos dispost@s, 174 anos depois, a que a Galiza caminhe inexoravelmente face a sua assimilaçom polo imperialismo espanhol e o da UE.

Só um povo trabalhador unido, organizado e insurreto evitará a nossa derrota como naçom e como classe.

A luita é o único caminho!
Independência e Pátria Socialista!
Venceremos!

Comunicado nº 131: 10 de Março, Dia da Classe Obreira Galega. Luita e mobilizaçom contra o fraudulento governo “progressista” e a ameaça fascista

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10 de Março, Dia da Classe Obreira Galega

Luita e mobilizaçom contra o fraudulento governo “progressista” e a ameaça fascista

Um setor considerável da nossa classe optou, 10 de novembro passado, por exercer o voto para retirar os inquilinos da Moncloa. Porém, boa parte das trabalhadoras e trabalhadores que favorecérom um governo de coaligaçom alternativo ao PP, figérom-no sem entusiasmo.

A lógica do “mal menor”, que define o comportamento eleitoral do proletariado galego, e do conjunto do povo trabalhador e empobrecido da Galiza, é consequência da dramática ausência

de umha força política classista com influência de massas, do estado de amorfismo, marasmo, resignaçom e desmobilizaçom que carateriza a classe obreira galega. Da carência de perspetivas e de dinámicas de luita, combate e mobilizaçom.

Ainda segue presente a errónea decisom de desconvocar a última hora, por puro taticismo elitoralista, a greve geral de 19 de junho de 2018, dando crédito, um cheque em branco, ao governo de Pedro Sánchez. Dous anos depois nom se materializárom nengumha das promessas do PSOE de revogar a reforma laboral, a lei mordaça e a LOMCE.

A esquerdinha segue instalada no eleitoralismo, hipotecada polo cretinismo parlamentar, obssesionada por gerir as migalhas institucionais que o sistema pemite, alimentando irresponsavelmente a falsa “normalidade democrática”, o interclassismo e cidadanismo que facilita a ofensiva burguesa contra nós, o povo trabalhador galego.

Sem forças genuinamente operárias na sua composiçom, linha discursiva, açom teórico-prática e orientaçom, a classe trabalhadora galega seguirá esterilizada para fazer frente à ofensiva do Capital, e à ameaça fascista.

Afortunadamente a memória histórica do mundo do Trabalho custódia e ratifica que todas as conquistas e avanços, sem exceçom, fôrom atingidos na luita nas fábricas, nos centros de trabalho e nas ruas. Som resultado do suor, das lágrimas e do sangue operário. Nada nos foi regalado em balde! Nom fôrom concessons gratuítas do nosso inimigo irreconciliável.

Nengum do grandes avanços históricos da classe operária e dos povos se atingírom defendendo remendinhos nos seus parlamentos. A institucionalizaçom dos direitos que agora estám sendo progressivamente desmantelados, foi consequência da nossa pressom, resultado da nossa mobilizaçom e firme vontade de construir um mundo novo sem exploraçom nem opressom.

Agora Galiza-Unidade Popular, perante o grau de desmobilizaçom da nossa classe, da situaçom de debilidade organizativa da esquerda revolucionária galega, nom considera tarefa prioritária participar nos processos eleitorais. 10 de novembro de 2019 optamos coerentemente pola abstençom.

A açom política do atual governo espanhol PSOE-Unidas Podemos, constata que mais alá de gestos e formas, é simplesmente mais do mesmo! É um governo social-liberal com incustraçons socialdemocartas, carente de ambiçom transformadora, dotado de um morninho programa neokeynesiano que já está incumprindo. Um governo obediente aos diktados da UE e submisso ao patronato, Ibex 35 e grande Capital.

Eis polo que 5 de abril, nem apoiamos nem participamos em nengumha das candidaturas que se apresentam.

É indiscutível a existência de umha aspiraçom socialmente compartilhada por um setor mui amplo do povo trabalhador da urgência de sacar o PP do governo da Junta da Galiza.

Embora descartamos apelar publicamente à abstençom, estamos conscientes que no caso de Feijó perder a maioria absoluta, o governo alternativo que se poda configurar nom aplicará políticas estruturalmente diferentes às do PP. Será um governo similar ao de PSOE e Unidas Podemos.

Nom podemos pois alimentar o ilusionismo eleitoral, nem falsas expetativas. As mudanças e profundas transformaçons que a classe trabalhadora galega demanda e a Galiza necessita, será resultado de um processo revolucionário, e nom derivará de aritméticas parlamentares do sistema eleitoral burguês. Nom é possível implementar políticas ao serviço do povo trabalhador sem tombar o regime postfranquista.

As tendências em curso de involuiçom política, de eclossom do fascismo sem complexos, só poderám ser freadas e derrotadas na rua.

Com o fascismo sem disfarces de Vox, com o neofalangismo de C´s, e com o viragem de extrema direita do PP, nem se se dialoga nem se negoceia. Simplesmente deve ser isolado, denunciado, ilegalizado e esmagado! Branqueá-lo com o jogo institucional burguès só contribui para reforçá-lo.

Neste 10 de Março nom só lembramos e honramos a luita operária de Ferrol de 1972, Daniel Niebla e Amador Rei, assassinados pola polícia por reivindicar direitos para o proletariado galego.

 

Neste Dia da Classe Obreira Galega também reivindicamos a figura e a vigência da causa de José Castro Veiga “Piloto”, um dos últimos combatentes da resistência político-militar ao fascismo, vilmente abatido a traiçom pola Guarda Civil a carom do regato das Andorinhas, em Chantada em 1965.

 

Neste novo 10 de Março cumpre recuperar o rol dirigente do proletariado galego no combate antifascista, na articulaçom do movimento popular que na década de setenta se desenvolvia sob um programa ruturista em prol dos direitos sociais e plenas liberdades sociais e nacionais.

   

Ou bem renunciamos à luita e portanto assumimos submissamente a depauperaçom, ou bem optamos pola rebeliom. Nom existem caminhos intermédios. Agora Galiza-Unidade Popular tem claro qual é a resposta a esta disjuntiva: a luita é o único caminho.

Agora Galiza-Unidade Popular apela para os setores mais avançados da classe operária e do povo trabalhador galego, a configurar um pólo classista e patriótico, que combata o fascismo e desmascare o fraudulento governo do tandem Pedro Sánchez/Pablo Iglesias.

Piloto, Amador, Daniel, a luita continua!

Viva a classe obreira galega!

Independência e Pátria Socialista!

Na Pátria, 7 de março de 2020

Comunicado nº 130: 8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Só o Socialismo garante a verdadeira emancipaçom das trabalhadoras

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8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

Só o Socialismo garante a verdadeira emancipaçom das trabalhadoras

A específica marginalizaçom, opressom e dominaçom que padecem as mulheres trabalhadoras no capitalismo deve ser denunciada e combatida.

Só mediante a mobilizaçom, só empregando todo tipo de mecanismos e métodos de luita, se pode lograr avançar na conquista dos direitos que formalmente estám contemplados na legislaçom, mas que na realidade nom passam de umha quimera na vida diária da imensa maioria das mulheres trabalhadoras que vendem a sua força de Trabalho.

Porém, nom passa de umha falsa ilusom gerada polo feminismo pequeno-burguês e liberal-“progressista”, acreditar na viabilidade de construirmos umha sociedade igualitária de mulheres e homens na sociedade capitalista. Nada mais falso que acreditar que isto poda ser possível sob um sistema caraterizado pola acumulaçom individual de riqueza mediante a exploraçom da força de trabalho social.

O atual discurso hegemónico, e portanto a orientaçom do movimento feminista galego, só alimenta o amorfismo, marasmo e fragmentaçom do movimento popular.

Um discurso deliberadamente orientado a nom deslindar a luita das mulheres trabalhadoras, das que padecem nas suas carnes a exploraçom do Capìtal, as taxas mais elevadas de desemprego, de precariedade laboral, as que recebem um salário mui inferior realizando idêntico trabalho que os homens, das que devem realizar umha dupla ou tripla jornada laboral assumindo as tarefas do cuidado e manutençom das suas famílias, que nom podem exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, as liberdades, combater com eficácia a violência machista, daquelas mulheres da aristocracia operária e da pequena burguesia funcionarial.

Porque o género nom define a luita pola emancipaçom e a exploraçom capitalista. Porque as mulheres em abstrato nom som um sujeito potencialmente revolucionário. É a classe e portanto as mulheres trabalhadoras, o eixo e sujeito articulador do movimento pola plena emancipaçom das mulheres que vendem a sua força de Trabalho.

Nom existe um nexo em comum entre os interesses objetivos de umha proletária do têxtil ou da conserva, com Marta Ortega, Ana Botín ou a “rainha” Letizia. Sim existem entre o proletariado feminino do setor da limpeza, do transporte ou da hotalaria com o proletariado masculino. É a classe e nom o género o núcleo vertebrador da luita contra a aliança simbiótica entre patriarcado e Capital.

Corresponde sem lugar a dúvidas às mulheres trabalhadoras dirgir o combate às contradiçons, ao machismo e ao patriarcado instalado no seio do conjunto da classe operária e do povo trabalhador e empobrecido, e nas suas organizaçons políticas e sociais.

Mas só umha sociedade superadora do capitalismo, umha sociedade Socialista, pode sentar as bases para erradicar o patriarcado das relaçons sociais, das mentalidades e das inércias de milhares de anos.

Mas o feminismo pequeno-burguês e liberal-“progressista”, que reproduz acriticamente o discurso postmoderno tam do gosto do Capital, que convoca inofensivas “greves gerais” apoiadas polas mulheres da burguesia e da oligarquia, que só distrai as mulheres trabalhadoras da contradiçom principal, está colaborando consciente ou inconscientemente com a desmobilizaçom, divisom e amorfismo no que está instalado o movimento operário.

8 de Março é o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, nom é o dia das mulheres, nem da mulher.

As origens do 8 de Março nom emanam das “sufragistas” burguesas, nem os seus objetivos se podem reduzir ao que brilhantemente descreveu Alexandra Kollontai. “Qual é o objetivo das feministas burguesas? Conseguir as mesmas vantagens, o mesmo poder, os mesmos direitos na sociedade capitalista que possuem agora os seus maridos, pais e irmaos.

Qual é o objetivo das operárias socialistas? Abolir todo tipo de privilêgios que derivem do nascimiento ou da riqueza. À mulher obreira é-lhe indiferente se o seu patrom é homem ou mulher”.

As origens do 8 de Março derivam da luita das mulheres bolcheviques. A data foi adotado em 1910 em Copenhaga, na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas. Está insdisoluvelmente ligada a Clara Zetkin, a Rosa Luxembrugo, a Alexandra Kollontai, a Nadezhda Krupskaya, a Inessa Armand, todas elas pioneiras no impulso desta data fundamental no calendário reivindicativo contra o capitalismo.

8 de Março é umha jornada reivindicativa e de luita onde nom se pode deslindar luita feminista da luita anticapitalista.

O feminismo hegemónico, tanto o liberal-“progressista” como o pequeno-burguês, nom questiona os alicerces da dominaçom burguesa, está esterilizado para encabeçar e dirigir umha mudança genuinamente revolucionária visada para superar a exploraçom, opressom e dominaçom que padece o conjunto do povo trabalhador galego.

Eis polo que boa parte do seu programa é assumido por as forças políticas sistémicas, tanto as social-liberais como as socialdemocratas, pois nom tem como objetivo dar xaque mate ao capitalismo.

Eis polo que o seu discurso é divulgado por umha parte dos meios de [des]informaçom sistémicos, perfeitamente conhecedores da sua funcionalidade para amortecer a contradiçom antagónica entre Capital-Trabalho.

Frente a este feminismo, as mulheres trabalhadoras que somos exploradas polas mulheres da burguesia, nas suas fábricas, nos seus centros de trabalho, nas tarefas domésticas das suas casas, temos que hastear a bandeira do feminismo de classe, do feminismo socialista galego.

Enquanto facilite a presença no movimento de forças reacionárias como o PSOE; enquanto se centre em tecer um artificial e disfuncional “unitarismo” oco; enquanto se continue a alimentar a ilusom de poder atingir as reivindicaçons no marco do capitalismo, o patriarcado e a dependência nacional, o movimento feminista nom logrará organizar e movimentar as mulheres trabalhadoras, incrementar a sua consciência.

Do contrário nunca lograremos acumular forças rebeldes visadas para organizar a Revoluçom Galega, única alternativa viável para sentar as bases do enterro do patriarcado e da sua aliança simbiótica com o capitalismo.

 Por um feminismo de classe e galego!

Viva a luita das mulheres trabalhadoras galegas!

 Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

 Na Pátria, 2 de março de 2020

1870-2020. 150 aniversário do nascimento: LENINE, PROMOTOR DO COMUNISMO, A CAUSA DO AMOR E A BELEZA

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1870-2020. 150 aniversário do nascimento
LENINE
PROMOTOR DO COMUNISMO, A CAUSA DO AMOR E A BELEZA


Neste 150 aniversário do nascimento de Lenine, a esquerda revolucionária galega quer comemorar esta data, para continuar incidindo na imprescindível batalha de ideias que contribua a resgatar o projeto emancipador e libertador que representa o marxismo, do sequestro ao que está submetido polos diversos reformismos, no ámbito institucional e académico.
Reivindicamos Lenine nom desde postulados nostálgicos ou folclóricos. Sim desde o fragor da luita de classes e a insurgência socialista/comunista.
Lenine elaborou as leis fundamentais da Revoluçom Socialista, deslindando sem ambiguidades os objetivos e tarefas da classe operária.
Elaborou o modelo de partido de vanguarda. Plenamente vigente e mais necessário que nunca frente ao amorfismo cidadanista da nova socialdemocracia.
Lenine estudou em profundidade, e com rigor analítico caraterizou a atual fase imperialista do capitalismo crepuscular.
Lenine defendeu a independência de classe, a direçom operária e um programa genuinamente classista, frente os adulterados modelos interclassistas dirigidos pola pequena-burguesia, que transformárom os partidos comunistas em maquinárias eleitorais para desputar à burguesia a gestom do capitalismo. A classe operária e os seus aliados deve configurar umha força social própria com disposiçom subjetiva e consciente, visada estrategicamente ao confronto. “Todo é ilusom menos o poder!”
Lenine, e portanto o leninismo, demonstrou que os grandes problemas da vida dos povos só se resolvem pola força.
Lenine elaborou a intransigente defesa da autodeterminaçom dos povos, nom como um direito formal, mas sim como umha necessidade que deve ser exercitada frente ao imperialismo e chauvinismo.
Lenine resituou o internacionalismo no eixo da estratégia revolucionária do proletariado.
Lenine nom cansou de demonstrar que o Estado nom é neutral, combatendo a ingenuidade política de acreditar que defende a “todos por igual”, que Governo nom é sinónimo de poder, que nom há revoluçom possível sem mudar o regime social, sem confrontaçom para a tomada do poder.
Frente as grotescas tendências hegemónicas na esquerdinha: pacifismo, eleitoralismo, timoratismo, covardia, conforto institucionalista, pactismo, conciliaçom, unitarismo sem princípios, Lenine é o melhor antídoto para combater sem trégua a banalizaçom e esterilizaçom do projeto anticapitalista polo reformismo e o revisionismo que caraterizam as forças denominadas “comunistas”.
Para reconstruirmos e recuperarmos as bases fundacionais do marxismo, encontraremos em Lenine as ferramentas que nos permitem avançar nesta tarefa essencial.
A imensa obra teórico-prática de Vladímir Ilich Uliánov é o melhor antídoto contra a deturpaçom, os muros de contençom e a fraudulenta claudicaçom revestida de marxismo, que carateriza o agir da “esquerdinha”, essa prolongaçom “progressista” do pensamento burguês.
Lenine representa o mais aperfeiçoado conteúdo rebelde e subversivo do fio condutor e motor da História dos explorados e opimidas.

 

[Comunicado nº 120] Nom nos deixemos enganar nem manipular! A JORNADA MUNDIAL DE 27-S EM DEFESA DO CLIMA, É UMHA FARSA!

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Nom nos deixemos enganar nem manipular!

A JORNADA MUNDIAL DE 27-S EM DEFESA DO CLIMA, É UMHA FARSA!

A ilimitada voracidade do capitalismo na sua fase senil, está conducindo irreversivelmente à destruiçom planetária. A visom curto-prazista da burguesia de obter o máximo lucro a toda custa, também assume como efeito colateral a destruiçom da vida.

A crise climática que a esquerda revolucionária socialista/comunista, os movimentos ecologistas e a comunidade científica, levamos anos denunciando, já é umha realidade tangível. Embora ainda sigam existindo vozes destacadas instaladas no negacionismo, ano após ano constatamos as consequências letais sobre a vida, provocadas por um modo de produçom baseado no ganho mediante a exploraçom da classe trabalhadora e da natureza.

Esta agressom capitalista já foi analisada por Marx no “Capital” [1867] quando denunciava que “Todo progreso da agricultura capitalista nom é só um progresso na arte de reduzir ao obreiro, senom à vez na arte de esquilmar o solo; todo avanço no acrescentamento da fertilidade de um periodo dado, é um avanço no esgotamento das fontes duradeiras dessa fertilidade. A produçom capitalista, por conseguinte, nom desenvolve a técnica e a combinaçom do processo social de produçom senom socavando, ao mesmo tempo, os dous mananciais de toda riqueza: a terra e o trabalhador”.

Cada vez existe umha maior consciência popular sobre a gravísima situaçom meio-ambiental.

Perante a impossibilidade de ocultá-la a burguesia opta por implementar diversas estratégicas, todas elas visadas para impossibilitar, neutralizar ou atrasar a configuraçom de um amplo movimento popular que identifique capitalismo com destruiçom da vida.

1- As cimeiras e conferências internacionais promovidas pola ONU fracassam umha após outra, polos vetos e negativas das principais potências imperialistas em implementar medidas tendentes a reduzir a contaminaçom e iniciar mudanças estruturais no consumo e na produçom.

2- Umha legiom de ONG´s, promovidas e financiadas por multinacionais com discurso verde, pretendem fazer-nos acreditar que é possível combater a desflorestaçom ou contribuir a salvar o planeta, mediante a reciclagem individual, a reduçom do consumo energético, sem alterarmos os interesses da indústria e das multinacionais agro-gandeiras, sem mudarmos a divisom internacional do Trabalho que procura um Ocidente descontaminado a custa de sobre-explorar e destruir o Terceiro Mundo.

3- Promovendo mobilizaçons em defesa do clima e da natureza que nom questionam o capitalismo, centradas na forma de consumir, nunca na de produzir. Basicamente reivindicam mudanças cosméticas, inofensivas para o Capital, fazendo corrsponsável ao povo trabalhador da catástrofe à qual nos conduz o capitalismo.

A convocatória do dia 27 de setembro de umha greve mundial em defesa do clima, aparentemente é umha bem intencionada iniciativa espontánea fomentada por umha adolescente sueca. Mas está promovida polos responsáveis da destruiçom do planeta.

27-S, seguindo os Friday for future, tam só é umha manobra de distraçom para evitar/atrasar a configuraçom de um verdadeiro movimento que questione a catástrofe ecológica a que nos está conduzindo o capitalismo. Greta Thunberg é umha marioneta das trasnacionais, que a patrocinam e financiam.

A convocatória está sendo divulgada polos meios de comunicaçom sistémicos. E conta com o apoio de importantes lobbies capitalistas vinculados a multinacionais mineiras, agro-gandeiras, de fracking, e a grandes empresas que dia a dia destroem a terra, contaminam a água e envenenam o ar.

Nom som os campesinhos, nem os indígenas expulsos das suas terras, nem as povoaçons deslocadas pola indústria energético-mineira e agro-gandeira, quem promovem esta falsa jornada de “luita”, quem convocam o protesto. A iniciativa parte de um opaca convocatória que conta com o apoio da rede dos meios de [des]informaçom global. ALGO NOM ENCAIXA!

A convocatória carece de um programa coerente, nom questiona a mercantilizaçom e apropriaçom da natureza por umha ínfima minoria. Está inçada de boas palavras, declaraçons de intençons sem percorrido algum, brindes ao sol, medidas que nos culpabilizam do que o capitalismo mais voraz está fazendo com o planeta. Se estamos a ponto de perder um braço ou um olho nom se pode paliar com umha simples “tirita”!

E como se Ence-Elnosa concova umha jornada em defesa da ria de Ponte Vedra e contra o monocultivo do eucalito na Galiza; como se a Coren convoca unha jornada em defesa da água na Límia. Umha autêntica farsa!

APELO À JUVENTUDE TRABALHADORA GALEGA E AO PROFESSORADO
Apelamos à juventude trabalhadora galega, maioritária nos centros de ensino, a nom deixar-se instrumentalizar e manipular polos responsáveis da catástrofe que já se divisa com precisom no horizonte e que alterará a vida no planeta.

Apelamos à juventude trabalhadora galega, maioritária nos centros de ensino, a luitar contra a destruiçom meio-ambiental da Galiza, contra a monocultura de eucalitos e coníferas e a indústria do lume, contra a megamineria, a indústria agrotóxica e as macros exploraçons gandeiras que contaminam a terra e a água, em defesa do rural, a incorporar-se à luita anticapitalista e de libertaçom nacional.

Apelamos ao professorado de ensino primário a nom manipular as crianças, evitando somar-se a umha jornada farsa que só beneficia os interesses do que se afirma combater.

Menos papanatismo e mais leituras críticas da realidade!

SÓ A REVOLUÇOM SOCIALISTA EVITARÁ CONSUMAR A CATÁSTROFE EM CURSO
Nengumha classe opressora opta voluntariamente polo seu suicídio! A burguesia é consciente da situaçom, mas considera possuir mecanismos que lhe garantam nom ser arrastada pola catástrofe.

Nom manifesta a mais mínima vontade por alterar e/ou corrigir o modo de produçom hegemónico. A decandência do capitalismo em plena crise estrutural, converte-o em mais perigoso e lessivo para as maiorias sociais e a natureza.

Perante este cenário nom há mais alternativa que a luita organizada e unitária do povo trabalhador e pobre contra o Capital, em defesa de umha economia democráticamente planificada, ao serviço da imensa maioria social, que desenvolva novas tecnologias para a nossa emancipaçom e liberdade, que force umha mudança de modelo e paradigma, para evitar a destruiçom da natureza. E isto só é possível luitando polo Socialismo.

Marx, nos Manuscritos de 1844, refere-se ao comunismo como a “verdadeira soluçom do conflito que o homem sostem com a natureza e com o próprio homem… é a unidade essencial plena do homem com a natureza, a verdadeira resurreiçom da natureza, o naturalismo consumado do homem e o humanismo consumado da natureza”.

Agora Galiza-Unidade Popular nom se soma ao apoio oportunista a esta falsa jornada de luita, tal como fai a esquerdinha da Galiza, que por miseráveis cálculos eleitorais renúncia a desmascarar a jornada.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 19 de setembro de 2019

 

Intervençom de Carlos Morais na homenagem a Moncho Reboiras, no 44 aniversário do seu assassinato pola polícia espanhola.

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Intervençom de Carlos Morais na homenagem a Moncho Reboiras, no 44 aniversário do seu assassinato pola polícia espanhola.Cemitério de Sam Joám de Lainho, Imo [Dodro], 12 de agosto de 2019.

Publicada por Agora Galiza-Unidade Popular en Lunes, 12 de agosto de 2019

Cemitério de Sam Joám de Lainho, Imo [Dodro], 12 de agosto de 2019.

Comunicado nº 119: Luitamos para vencer. MONCHO REBOIRAS, EMBLEMA DA GALIZA REBELDE E COMBATIVA

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Luitamos para vencer

MONCHO REBOIRAS, EMBLEMA DA GALIZA REBELDE E COMBATIVA

No 44 aniversário do assassinato de Moncho Reboiras pola polícia espanhola, a esquerda revolucionária galega reivindica a sua figura, referente e inspiraçom da luita por umha Pátria Socialista.

José Ramom Reboiras Noia, “Ken Sabe”, “Licho”, “Pepe”, “Rianjo”, Moncho Reboiras, conformam um todo integral, representam as diversas etapas de umha vida consagrada à causa da Independência da Galiza e da Revoluçom Socialista. 

Em mangas de camisa atravessando um campo de milho, com bigode e peruca para evitar ser detetado polo inimigo, com pano vermelho combatente, Moncho fai parte das mais profundas entranhas do imaginário coletivo do povo trabalhador galego que nom se conforma nem se resigna.


Nom se pode segregar o jovem ativista cultural, o organizador operário e o guerrilheiro comunista que morreu em combate.


Neste 12 de agosto, a esquerda socialista e independentista galega, estaremos no cemitério de Sam Joám de Lainho, na paróquia de Imo, em Dodro, para honrar, homenagear e assumir integralmente, umha curta, mas intensa vida, dedicada à causa da classe trabalhadora e a liberdade da Galiza.

Nom iremos ao seu panteom em processom laica, porque Moncho nom é para nós um santinho, umha estampilha nem umha relíquia.

Afastados de leituras folclóricas, a sua figura rebelde, é inassumível polo status quo que mantem o seu povo na precariedade, pobreza e exploraçom, e a sua Pátria submetida e oprimida.

Nom estaremos de romaria, para num despreciável exercício de cinismo e hipocrisia, maquilhar o guerrilheiro comunista galego, mutando-o em simples ativista cultural e sindicalista.

Para Agora Galiza-Unidade Popular, Moncho Reboiras é o mais destacado emblema contemporáneo da luita de libertaçom nacional e social, um ícone nacional insurgente.

Estamos conscientes que posteriormente à nossa sincera homenagem diante dos seus restos, as esquerdinhas que se reclamam herdeiras do seu legado, a atual caricatura do partido no que militou, e umha das suas cissons, representarám a sua anual comédia.

Discursarám sem o mais mínimo pudor, reivindicarám sem rubor algum a sua luita. Ocultarám as suas tarefas e responsabilidades militantes, para assim justificar a sua atual prática, simplesmente antagónica com o Moncho abatido covardemente por disparos na rua da Terra de Ferrol naquele fatídico 12 de agosto de 1975.

Moncho Reboiras fazia parte dessa geraçom de jovens galegos e galegas que considerava necessário construir organizaçons revolucionárias dirigidas pola classe operária para orientar o movimento de libertaçom nacional no horizonte dumha Pátria Socialista, que sabiam que isto que hoje padecemos nom se muda com urnas e moçons parlamentares.

Hoje, os partidos e organizaçons que se reclamam genuínos continuadores do seu projeto, nom passam de mesquinhas e patéticas maquinárias eleitoralistas, enlamados em lavar com detergente progre a cara do postfranquismo.

A esquerda revolucionária galega reivindica o Moncho Reboiras cujo nome está cincelado em letras de aço proletário da melhor história contemporánea.


O Moncho rebelde e combativo, o Moncho insignia da nossa classe, o Moncho emblema, referente e orgulho do povo trabalhador.


Falamos do Moncho Reboiras que nom pode ser abduzido polo regime, que nom pode ser incorporado polo capitalismo espanhol, que nom pode ser integrado no patético relato dos claudicantes partidos da “esquerdinha” reformista, que nom pode ser fagocitado polo “politicamente correto” das misérias eleitorais e institucionais.


Moncho Reboiras representa a classe operária galega que nom arria as bandeiras da Revoluçom Socialista/Comunista, o povo trabalhador e empobrecido da Galiza que nom se resigna nem se ajoelha.


MONCHO, com maiúsculas, representa o degrau mais elevado da espécie humana em palavras do Che. MONCHO REBOIRAS é um guerrilheiro comunista do nosso tempo.

Moncho Reboiras, a luita continua!

Até a vitória sempre!

Denantes mort@s que escrav@s!

Rebeliom popular!

Independência e Patria Socialista! Venceremos!

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 10 de agosto de 2019

MONCHO REBOIRAS, EMBLEMA DA GALIZA REBELDE E COMBATIVA

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MONCHO REBOIRAS, EMBLEMA DA GALIZA REBELDE E COMBATIVA


As trajetórias biográficas dos individuos nom som linhais. A madurez que habitualmente atingem com o passo do tempo, permite interpretar, entender e explicar as mudanças que se vam operando ao longo de vidas dilatas e intensas.


José Ramom Reboiras Noia, “Ken Sabe”, “Licho”, “Pepe”, “Rianjo”, Moncho Reboiras, conformam um todo. Representam as diversas etapas de umha vida consagrada à causa da Independência da Galiza e da Revoluçom Socialista.


Nom se pode segregar o jovem ativista cultural, o organizador operário e o guerrilheiro comunista que morreu em combate.


A esquerda revolucionária galega reivindica o Moncho Reboiras cujo nome está cincelado em letras de aço proletário da melhor história contemporánea.


O Moncho rebelde e combativo, o Moncho insignia da nossa classe, o Moncho emblema, referente e orgulho do povo trabalhador.


Falamos do Moncho Reboiras que nom pode ser abduzido polo regime, que nom pode ser incorporado polo capitalismo espanhol, que nom pode ser integrado no patético relato dos claudicantes partidos da “esquerdinha” reformista, que nom pode ser fagocitado polo “politicamente correto” das misérias eleitorais e institucionais.


Moncho Reboiras representa a classe operária galega que nom arria as bandeiras da Revoluçom Socialista/Comunista, o povo trabalhador e empobrecido da Galiza que nom se resigna nem se ajoelha.


MONCHO, com maiúsculas, representa o degrau mais elevado da espécie humana em palavras do Che.

 

MONCHO REBOIRAS é um guerrilheiro comunista do nosso tempo.