[Comunicado nº 120] Nom nos deixemos enganar nem manipular! A JORNADA MUNDIAL DE 27-S EM DEFESA DO CLIMA, É UMHA FARSA!

Padrão

Nom nos deixemos enganar nem manipular!

A JORNADA MUNDIAL DE 27-S EM DEFESA DO CLIMA, É UMHA FARSA!

A ilimitada voracidade do capitalismo na sua fase senil, está conducindo irreversivelmente à destruiçom planetária. A visom curto-prazista da burguesia de obter o máximo lucro a toda custa, também assume como efeito colateral a destruiçom da vida.

A crise climática que a esquerda revolucionária socialista/comunista, os movimentos ecologistas e a comunidade científica, levamos anos denunciando, já é umha realidade tangível. Embora ainda sigam existindo vozes destacadas instaladas no negacionismo, ano após ano constatamos as consequências letais sobre a vida, provocadas por um modo de produçom baseado no ganho mediante a exploraçom da classe trabalhadora e da natureza.

Esta agressom capitalista já foi analisada por Marx no “Capital” [1867] quando denunciava que “Todo progreso da agricultura capitalista nom é só um progresso na arte de reduzir ao obreiro, senom à vez na arte de esquilmar o solo; todo avanço no acrescentamento da fertilidade de um periodo dado, é um avanço no esgotamento das fontes duradeiras dessa fertilidade. A produçom capitalista, por conseguinte, nom desenvolve a técnica e a combinaçom do processo social de produçom senom socavando, ao mesmo tempo, os dous mananciais de toda riqueza: a terra e o trabalhador”.

Cada vez existe umha maior consciência popular sobre a gravísima situaçom meio-ambiental.

Perante a impossibilidade de ocultá-la a burguesia opta por implementar diversas estratégicas, todas elas visadas para impossibilitar, neutralizar ou atrasar a configuraçom de um amplo movimento popular que identifique capitalismo com destruiçom da vida.

1- As cimeiras e conferências internacionais promovidas pola ONU fracassam umha após outra, polos vetos e negativas das principais potências imperialistas em implementar medidas tendentes a reduzir a contaminaçom e iniciar mudanças estruturais no consumo e na produçom.

2- Umha legiom de ONG´s, promovidas e financiadas por multinacionais com discurso verde, pretendem fazer-nos acreditar que é possível combater a desflorestaçom ou contribuir a salvar o planeta, mediante a reciclagem individual, a reduçom do consumo energético, sem alterarmos os interesses da indústria e das multinacionais agro-gandeiras, sem mudarmos a divisom internacional do Trabalho que procura um Ocidente descontaminado a custa de sobre-explorar e destruir o Terceiro Mundo.

3- Promovendo mobilizaçons em defesa do clima e da natureza que nom questionam o capitalismo, centradas na forma de consumir, nunca na de produzir. Basicamente reivindicam mudanças cosméticas, inofensivas para o Capital, fazendo corrsponsável ao povo trabalhador da catástrofe à qual nos conduz o capitalismo.

A convocatória do dia 27 de setembro de umha greve mundial em defesa do clima, aparentemente é umha bem intencionada iniciativa espontánea fomentada por umha adolescente sueca. Mas está promovida polos responsáveis da destruiçom do planeta.

27-S, seguindo os Friday for future, tam só é umha manobra de distraçom para evitar/atrasar a configuraçom de um verdadeiro movimento que questione a catástrofe ecológica a que nos está conduzindo o capitalismo. Greta Thunberg é umha marioneta das trasnacionais, que a patrocinam e financiam.

A convocatória está sendo divulgada polos meios de comunicaçom sistémicos. E conta com o apoio de importantes lobbies capitalistas vinculados a multinacionais mineiras, agro-gandeiras, de fracking, e a grandes empresas que dia a dia destroem a terra, contaminam a água e envenenam o ar.

Nom som os campesinhos, nem os indígenas expulsos das suas terras, nem as povoaçons deslocadas pola indústria energético-mineira e agro-gandeira, quem promovem esta falsa jornada de “luita”, quem convocam o protesto. A iniciativa parte de um opaca convocatória que conta com o apoio da rede dos meios de [des]informaçom global. ALGO NOM ENCAIXA!

A convocatória carece de um programa coerente, nom questiona a mercantilizaçom e apropriaçom da natureza por umha ínfima minoria. Está inçada de boas palavras, declaraçons de intençons sem percorrido algum, brindes ao sol, medidas que nos culpabilizam do que o capitalismo mais voraz está fazendo com o planeta. Se estamos a ponto de perder um braço ou um olho nom se pode paliar com umha simples “tirita”!

E como se Ence-Elnosa concova umha jornada em defesa da ria de Ponte Vedra e contra o monocultivo do eucalito na Galiza; como se a Coren convoca unha jornada em defesa da água na Límia. Umha autêntica farsa!

APELO À JUVENTUDE TRABALHADORA GALEGA E AO PROFESSORADO
Apelamos à juventude trabalhadora galega, maioritária nos centros de ensino, a nom deixar-se instrumentalizar e manipular polos responsáveis da catástrofe que já se divisa com precisom no horizonte e que alterará a vida no planeta.

Apelamos à juventude trabalhadora galega, maioritária nos centros de ensino, a luitar contra a destruiçom meio-ambiental da Galiza, contra a monocultura de eucalitos e coníferas e a indústria do lume, contra a megamineria, a indústria agrotóxica e as macros exploraçons gandeiras que contaminam a terra e a água, em defesa do rural, a incorporar-se à luita anticapitalista e de libertaçom nacional.

Apelamos ao professorado de ensino primário a nom manipular as crianças, evitando somar-se a umha jornada farsa que só beneficia os interesses do que se afirma combater.

Menos papanatismo e mais leituras críticas da realidade!

SÓ A REVOLUÇOM SOCIALISTA EVITARÁ CONSUMAR A CATÁSTROFE EM CURSO
Nengumha classe opressora opta voluntariamente polo seu suicídio! A burguesia é consciente da situaçom, mas considera possuir mecanismos que lhe garantam nom ser arrastada pola catástrofe.

Nom manifesta a mais mínima vontade por alterar e/ou corrigir o modo de produçom hegemónico. A decandência do capitalismo em plena crise estrutural, converte-o em mais perigoso e lessivo para as maiorias sociais e a natureza.

Perante este cenário nom há mais alternativa que a luita organizada e unitária do povo trabalhador e pobre contra o Capital, em defesa de umha economia democráticamente planificada, ao serviço da imensa maioria social, que desenvolva novas tecnologias para a nossa emancipaçom e liberdade, que force umha mudança de modelo e paradigma, para evitar a destruiçom da natureza. E isto só é possível luitando polo Socialismo.

Marx, nos Manuscritos de 1844, refere-se ao comunismo como a “verdadeira soluçom do conflito que o homem sostem com a natureza e com o próprio homem… é a unidade essencial plena do homem com a natureza, a verdadeira resurreiçom da natureza, o naturalismo consumado do homem e o humanismo consumado da natureza”.

Agora Galiza-Unidade Popular nom se soma ao apoio oportunista a esta falsa jornada de luita, tal como fai a esquerdinha da Galiza, que por miseráveis cálculos eleitorais renúncia a desmascarar a jornada.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 19 de setembro de 2019