Comunicado nº 145: POSIÇOM DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA GALEGA PERANTE AS ELEIÇONS AUTONÓMICAS DE 12 DE JULHO

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POSIÇOM DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA GALEGA PERANTE AS ELEIÇONS AUTONÓMICAS DE 12 DE JULHO

Parte das forças políticas que apresentam candidatura nas eleiçons autonómicas de 12 de julho, tenhem reconhecido de forma explícita e implícita, a inexistência de condiçons mínimas sanitárias e democráticas para umha convocatória eleitoral.

Porém, tanto as quatro forças da oposiçom com representaçom institucional no parlamentinho de cartom, como o resto dos partidos que formalizárom as suas candidaturas, descartárom realizar um “plantom”. A renúncia pública a apresentar candidatura teria contribuído para desmontar o engano destas eleiçons amanhadas polo PP, nas que à partida já está praticamente garantido que Feijó revalidará a maioria absoluta atual.

A renúncia a exercer um “plantom” de eminente caráter antifascista teria evitado as eleiçons trampa de 12 de julho, pois pola excepcionalidade que padecemos, nom existem as “mínimas condiçons democráticas” na lógica do parlamentarismo burguês, para realizar as eleiçons autonómicas. Forçando assim o PP adiar as eleiçons, pactuando umha nova data, após superarmos o estado de shock no que segue instalado umha parte considerável do povo trabalhador polos efeitos da pandémia.

Nestas condiçons a única posiçom mais coerente para evitarmos mais quatro anos de desfeita socio-laboral, económica, meio-ambiental e cultural, de privatizaçons e perda de conquistas e direitos, é nom alimentar a monumental fraude que facilitará 4 anos mais de políticas antipopulares e antigalegas por parte da camarilha fascista empoleirada no aparelho de dominaçom autonómico.

Todas as candidaturas, sem exceçom, que concorrem 12 de julho, serám cúmplices destas eleiçons amanhadas, absolutamente adulteradas, do “pucheiraço” de Feijó.

Agora Galiza-Unidade Popular nem participa nem apoia nengumha das candidaturas, mas tampouco solicitamos exercer o legítimo direito de abstençom que tem definido nos últimos anos a nossa posiçom.

Compartilhamos os anelos e desejos da imensa maioria do povo trabalhador galego da urgência de retirar o PP do governo autonómico exercendo o seu voto 12 de julho.

Mas também sabemos que no hipotético caso de Feijó perder a maioria absoluta, o governo alternativo que se pudesse configurar, nom aplicará políticas estruturalmente diferentes às do PP. Será um governo de “cara amável”, similar ao de PSOE/Unidas Podemos, que incumprirá entre sorrisos e boas palavras os compromissos adquiridos.

A alternativa operária e popular, patriótica e socialista, que a Galiza necessita, só pode ser construída ao calor da luita unitária nas ruas, empregando as instituiçons burguesas como simples caixa de resonáncia, onde exercer pedagogia de massas para demonstrar a impossibilidade de legislar ao serviço das maiorias sem superarmos o capitalismo.

Portanto, a militáncia e simpatizantes de Agora Galiza-Unidade Popular, adotará a decisom mais coerente e consequente com a linha política revolucionária do projeto de classe e patriótico que com perserverança estamos construíndo.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 26 de junho de 2020