Comunicado nº 81 da Direçom Nacional: 10 de Março, Dia da Classe Obreira Galega Piloto, Amador, Daniel presentes! A LUITA ANTIFASCISTA CONTINUA

Padrão

10 de Março, Dia da Classe Obreira Galega
Piloto, Amador, Daniel presentes!

A LUITA ANTIFASCISTA CONTINUA

O regime herdeiro do franquismo, governado pola mesma oligarquia que em 1965 assassinou o Piloto, e posteriormente em 1972 matou Daniel Niebla e Amador Rei, é responsável direto polo empobrecimento e a precarizaçom que carateriza as condiçons de vida e trabalho da maioria da classe obreira e camadas populares galegas.

Neste Dia da Classe Obreira Galega é necessário reivindicar a figura e a vigência da causa de José Castro Veiga “Piloto”, um dos últimos combatentes da resistência político-militar ao fascismo, vilmente abatido a traiçom pola Guarda Civil a carom do regato das Andorinhas, em Chantada.

Neste novo 10 de Março cumpre recuperar o rol dirigente do proletariado galego no combate antifascista, na articulaçom do movimento popular que na década de setenta se desenvolvia sob um programa ruturista em prol dos direitos sociais e plenas liberdades sociais e nacionais.

Lamentavelmente a desorganizaçom na que está instalada a classe trabalhadora e as tendências amórficas que promovem as práticas interclassistas e cidadanistas, facilitam a ofensiva burguesa contra nós, povo trabalhador galego.

As reformas laborais, o deterioramento da sanidade e educaçom pública, a queda de salários e pensions, a perda de poder adquisitivo polo aumento do custo da vida, a emigraçom juvenil, nom se podem deslindar do corte de direitos e liberdades, do incremento da censura e da repressom.

Hoje opinar criticamente no Reino de Espanha é um delito que se castiga com penas de prisom e com censura.

Que lho perguntem aos rapeiros da “Insurgência” condenados pola “Audiência Nacional”, a Valtònyc por cantar umha verdade como punhos: “Os bourbons som uns ladrons”, a Carlos Santiago por um pregom satírico e transgressor no entrudo compostelano, a Anna Gabriel por defender com firmeza a liberdade da Catalunha, a Nacho Carretero, o autor do livro “Farinha” sequestrado por ordem judicial, a Santiago Sierra cuja exposiçom fotográfica em ARCO foi retirada por denunciar a existência de pres@s polític@s no Estado espanhol …

Hoje protestar e reivindicar está sancionado pola lei mordaça e polo Código Penal em reforma permanente. Que lho perguntem aos sindicalistas vigueses Carlos e Serafim, às dúzias de pessoas identificadas por protestar contra o despejo do centro social compostelano Escárnio e Maldizer, a Aida, a Emílio Cao, …

Mas a deriva autoritária do regime bourbónico nom é responsabilidade do PP. É umha decisom adotada polo grande capital visada para anestesiar o povo trabalhador e dissuadir os setores mais combativos da classe trabalhadora da impossibilidade de mudar o sistema, para poder seguir endurecendo a exploraçom e disciplinando a classe obreira.

Os chamados poderes fáticos tenhem decidido que o neofalangista C´s substitua o desprestigiado partido de M ponto Rajói para ocupar o governo desta ditadura de fachada democrática. Os tempos que venhem serám ainda mais difíceis e perigosos!

Perante este cenário as forças que se autodefinem de “esquerda” seguem instaladas na falsa “normalidade democrática”, alimentando o ilusionismo eleitoral e o cretinismo parlamentar, gerando fraudulentas expetativas de poder conquistar direitos em base a um programa de remendos do capitalismo.

Enquanto a “esquerda” acovardada e timorata renúncia a organizar e luitar, o franquismo eclosiona sem complexos. Arroupado sob o mais reacionário e supremacista chauvinismo espanhol, a oligarquia e os partidos ao seu serviço, pretendem desviar a atençom e preocupaçons do povo explorado e empobrecido com guerras de bandeira, com demagógicos discursos contra a justa luita pola independência das naçons oprimidas.

Resulta paradoxal que a medida se aprofunda a ofensiva burguesa o sindicalismo se instala no amarelismo e na pior prática conciliadora e pactista.

Perante este estado de cousas, ou bem renunciamos à luita e portanto assumimos submissamente a depauperaçom, ou bem optamos pola rebeliom. Nom existem caminhos intermédios. Agora Galiza tem claro qual é a resposta a esta disjuntiva: a luita é o único caminho.

Viva a classe obreira galega!
Independência e Pátria Socialista!
Venceremos!

Na Pátria, 7 de março de 2018