Comunicado 25J 2018: XAQUE AO REGIME DE 78. República Socialista Galega!

Padrão

XAQUE AO REGIME DE 78

República Socialista Galega!

A monarquia bourbónica é a pedra angular do atual regime espanhol. A monarquia foi imposta por Franco em 1969 para perpetuar a legitimidade da “legalidade” imposta pola vitória militar do fascismo em abril de 1939.

A monarquia foi posteriormente legitimada polos partidos sistémicos no ignominioso pacto da denominada “transiçom”, que maquilha entre 1975-1982 o quadro jurídico-político do totalitarismo franquista.

A chamada “reforma política espanhola” nom foi legitimada polo povo trabalhador galego, que nom ratificou nem a constituiçom de 1978 nem posteriormente o Estatuto de Autonomia de 1981 que perpetua a nossa dependência nacional.

Na reforma promovida polo bloco de classes oligárquico foi blindada a acumulaçom de Capital atingida no saqueio dos “40 anos de paz”, assim como a unidade territorial “indivisível” do Estado espanhol.

Umha modificaçom legislativa em muitos casos meramente superficial e epidérmica, ratificou a metamorfose do franquismo, nesta “democracia” burguesa tutelada polos mesmos poderes fácticos que promovérom, apoiárom e se beneficiárom do regime fascista: a burguesia industrial, financieira e terratenente, a Igreja católica, a casta militar e a aristocracia parasita.

Para blindá-la, nom só impugérom a atual Constituiçom e umha tímida descentralizaçom administrativa que nega o direito de autodeterminaçom dos povos, também aprovárom a lei de amnistia em outubro de 1977 [autêntica lei de ponto final] dotando de imunidade e impunidade todos os responsáveis de quatro décadas de crimes e delitos: roubos e incautaçom ilegal de propiedades individuais e coletivas, assassinatos, desapariçons, torturas, violaçom sistemática dos direitos humanos, etc.

Para poder lográ-lo contárom com a cumplicidade dos principais partidos da “esquerda” reformista [PSOE e PCE] e da burguesia basca e catalana [PNB e CiU].

Porém,o atual regime emanado do franquismo padece umha profunda multicrise no ámbito institucional, político e económico, que pretende ser superada mediante umha nova involuçom reacionária similar à imposta com o autogolpe de estado de 1981.

A Coroa é a chave do processo em curso que pretende impor umha nova recentralizaçom que derrote as reivindicaçons nacionais da Galiza e do resto de povos oprimidos, e domesticar a classe trabalhadora com um conjunto de medidas excecionais visadas para discipliná-la e anulá-la como sujeito histórico.

O discurso chauvinista que empapa o relato dos principais partidos sistémicos [PP, PSOE, Podemos/IU e Cs] contribui para desviar a atençom dos problemas reais e ocultar as causas e responsáveis da depauperaçom de amplos setores populares, o saqueio do fundo de pensons, e a preparaçom de um clima de desmobilizaçom social que permita implementar sem grandes resistências as novas reformas laborais e cortes em direitos e liberdades que reclama o Ibex 35, o FMI e a UE.

A corruçom geralizada que carateriza a elite de bandidos e criminais que nos governa alimenta o populismo reacionário, a repressom contra toda forma de disidência, geram o clima de involuçom política e social da antesala do fascismo.

Perante este cenário, a “normalidade democrática” com a que agem as forças da “esquerda” institucional [Mareas, BNG, Podemos/IU] só contribui para reforçar o regime de 78.

Mais alá da pura retórica sem praxe coerente, estas forças nom pretendem nem procuram tombar o regime de 78. Alimenta esse ilusionismo de que é factível reformar e regenerar o sistema mediante maiorias aritméticas eleitorais nas instituiçons burguesas.

A teimuda realidade constata e verifica que é intrascendente que PP ou PSOE, com ou sem os seus aliados, se responsabilicem de gerir o regime de 78.

Nom se trata de sacar o PP do governo para substituí-lo polo PSOE e aliados, sem tombarmos o regime de 78 todo seguirá sem variaçons substanciais e modificaçons tangíveis.

Perante este cenário tam adverso,é imprescindível avançar na reconstruçom da esquerda revolucionária galega.

Perante este cenário tam preocupante, é fundamental levantar um muro antifascista de inequívoco componente anticapitalista e socialista, nom para defender a “democracia ameaçada”, e sim para vertebrarmos umha alternativa revolucionária frente a esta ditadura burguesa em deriva autoritária capitaneada pola monarquia bourbónica.

Eis polo que Agora Galiza, sob a legenda XAQUE AO REGIME DE 78. República Socialista Galega!, convocamos vindouro 25 de Julho, no Dia da Pátria umha concentraçom e ato político.

Será às 13 horas na praça 8 de Março de Compostela.

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 2 de julho de 2018