Comunicado nº 95: 1936-2018, nem esquecemos nem perdoamos! Esmaguemos o fascismo

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1936-2018, nem esquecemos nem perdoamos!

Esmaguemos o fascismo

Passárom 82 anos, mas as consequências do golpe de Estado fascista executado polo exército, e apoiado pola bloco oligárquico conformado pola burguesia industrial, financieira e terratenente, a aristocracia e a hierarquia católica, continuam pleamente vigentes na sociedade galega de 2018.

Na Galiza atual continuam governando os netos dos que promovérom o holocausto iniciado no verao de 1936, os que matárom perto de 10 mil compatriotas, os que violárom milhares de mulheres, vejárom e torturárom com sanha todo aquele que nom comungasse com o projeto totalitário franquista, incautárom bens para o seu enriquecimento pessoal, forçárom o exílio do melhor do nosso povo e da nossa classe, prendérom e encadeárom dezenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores inçando o país de prisons e campos de concentraçom, os que destruírom as tímidas conquistas, direitos e liberdades, os que sementárom fame, doenças, dor e emigraçom, os que provocárom um retrocesso de décadas no desenvolvimento económico e social do nosso país.

Na Galiza de 2018 continuam governando os mesmos que com sangue, balas, masmorras, óleo de ricino, incautaçom e repressom, cerceárom o processo de auto-organizaçom social e política do povo trabalhador galego.

Hoje, mutados em “democratas” de toda a vida, presentes em todos os partidos sistémicos do regime postfranquista, defendem a perpetuaçom dos idênticos interesses económicos que provocárom a guerra de classes de 1936-1939, que na Galiza foi umha autêntica guerra de extermínio, um genocídio.

A pedra angular do regime continuador de 18 de julho de 1936 é a monarquia bourbónica imposta por Franco em 1969. Primeiro na figura do neto do rei expulso polas massas em abril de 1931, e atualmente o filho do caçador de elefantes e multimilionário a custa da sua atividade criminal.

A absoluta impunidade da prática delitiva da família real espanhola é a metáfora mais nítida da ilegitimidade do atual regime, mas também da impossibilidade de transformá-lo empregando as cartas trucadas do cretinismo parlamentar e a conciliaçom institucional, inerente à pseudoesquerda hegemónica no movimento popular.

A cultura política falangista impregna a prática totalidade das forças com representaçom parlamentar de caráter estatal, na sua defesa intransigente do chauvinismo e supremacismo espanhol e o feroz combate ao direito de autodeterminaçom dos povos.

No 82 aniversário da infame vitória do terrorismo fascista, a esquerda revolucionária galega quer homenagear o povo trabalhador galego que nas cidades, aldeias e montanhas, desde os primeiros dias resistiu com as armas na mao o golpe, e que posteriormente, na luita clandestina em fábricas, campos e centros de trabalho, em combinaçom com a forma de luita guerrilheira, combateu sem trégua o fascismo.

Quem a partir da década de sessenta do século XX sentou as bases da reorganizaçom operária, nacional e popular, quem até a atualidade mantém ao vento que a luita é o único caminho, quem nom se deixa arrastar polas políticas conciliadoras e pactistas com os responsáveis da perpetuaçom do ilegítimo Reino de Espanha.

Agora Galiza nom pode deixar de homenagear quem desde o exílio mantivo incólume a dignidade e legitimidade da Naçom Galega durante décadas, sem capitular nem arriar bandeiras, sem conciliar com o inimigo.

Todas elas, todos eles, som exemplos heróicos e inexcusáveis referentes da luita pola Revoluçom Galega.

Hoje, quando a involuiçom reacionária avança no Estado espanhol, e o fascismo revive em média Europa, a luita antifascista de orientaçom anticapitalista e socialista recupera plena vigência e atualidade.

Xaque ao regime de 78!

República Socialista Galega!

Direçom Nacional de Agora Galiza

Na Pátria, 16 de julho de 2018