Comunicado nº 136: SEM GARANTIAS QUE ASSEGUREM A NOSSA SAÚDE NOM DEVEMOS ACUDIR AOS POSTOS DE TRABALHO

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SEM GARANTIAS QUE ASSEGUREM A NOSSA SAÚDE NOM DEVEMOS ACUDIR AOS POSTOS DE TRABALHO

A decisom adotada polo governo “progre” de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias decretando que amanhá, segunda-feira 13 de abril, se reanude a atividade nas empresas de bens e serviços nom essenciais, é umha irerresponsabilidade.

Voltar o cenário prévio ao 30 de março, é mais um despropósito da errónea gestom da crise sanitária e socioeconómica, caraterizada pola improvisaçom e decisons erráticas.

Seguindo os critérios do grande Capital, PSOE-Unidas Podemos anteponhem os interesses económicos do patronato e da burguesia à saúde da classe trabalhadora.

Os termos do “Real Decreto 487/2020, de 10 de abril”, respondem exclusiva e claramente aos desejos da CEOE. Prevale a lógica depredadora do lucro sobre os critérios científicos dos expertos no combate à pandemia.

Se as crianças levam mais de um mês confinadas nas suas casas, se nom é possível passear nem deslocar-se para visitar familiares e amizades, como é possível obrigar o proletariado da construçom ou de toda a indústria nom vinculada à produçom de materiais sanitários e alimentares, a ter que incorporar-se aos seus postos de trabalho sem assegurar previamente a saúde?

Nom se sostem esta decisom, que poderá provocar um rebrote dos contágios, o colapso de um sistema sanitário que após 5 semanas de crise segue sem meios suficientes e à beira do colapso. Podemos definir o “Real Decreto 487/2020, de 10 de abril” como o decreto que provocará mais mortes entre a nossa classe.

Com esta medida os partidos do Ibex 35, tanto os que ocupam a Moncloa como a oposiçom fascista, estám enviando ao matadeiro dezenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores galegos.

Que o próprio Governo publique umha “Guia de boas práticas nos centros de trabalho”, visadas para a prevençom dos contágios do coronavírus, estabelecendo pautas organizativas às empresas [planificaçom das entradas e saídas, distâncias de segurança de 2 metros, aprovisionamento de material de proteçom (mascarilhas e luvas), ventilaçom e desinfeçom das instalaçons], recomendaçons à classe trabalhadora afectada, medidas higiénicas, gestom de resíduos, etc, constata que nom existem nestes momentos condiçons objetivas para reanudar a atividade e produçom nas empresas de bens e serviços nom essenciais.

O Capital e a casta política assalariada que gere como bons capatazes a sua dominaçom e exploraçom, aproveita esta pandemia, nom só para condenar-nos à depauperaçom, conculcar os nossos direitos e tímidas liberdades que “desfrutávamos”. Agora sem o mais mínimo pudor manifestam que nom lhe importa o mais mínimo a nossa saúde. Só lhes importa o lucro empresarial. Eis a lógica do capitalismo.

O governo espanhol segue sem adotar as medidas básicas para assegurar a saúde do povo trabalhador, para garantir as necessidades vitais dos assalariados e trabalhadores autónomos nos vindouros meses.

Lamentamos que os sindicatos chamados de classe nom apelem à greve geral na construçom e na indústria nom essencial, para garantir e preservar assim a vida de milhares de operários, e portanto a saúde da imensa maioria do povo trabalhador galego.

Para reincorporar-se aos postos de trabalho, é condiçom indispensável contar com as medidas de proteçom e contróis epidemiológicos que assegurem a nossa saúde. Sabemos que na imensa maioria das empresas nom é possível. Nom podemos resignar-nos, nem deixar-nos intimidar. Som horas de preparar-se para os grandes combates que se divisam no horizonte.

Agora Galiza-Unidade Popular apela à classe operária afectada a nom acudir ao seu posto de trabalho, acolhendo-se a um direito fundamental como a defesa da vida frente os que nos condenam a perecer porque só lhes importa a acumulaçom ilimitada de Capital a qualquer preço.

A luita é o único caminho!
Só a classe obreira salva à classe obreira!
Por umha saída operária e popular, patriótica e socialista!
Venceremos!

Na Pátria, 12 de abril de 2020