Novo estado de alarma e toque de recolher, novo engano para salvaguadar a reproduçom do Capital sacrificando a saúde e o futuro do povo trabalhador
Após oito meses de pandemia, o capitalismo espanhol opta por declarar um novo “estado de alarma”, aplicando um toque de recolher noturno.
Assistimos a mais de meio ano perdido para adotar as medidas imprescindíveis para fazer frente com êxito ao Covid-19.
Após a desescalada precipitada de junho, promovida polo governo de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias, imposta pola pressom do Ibex 35 e das forças fascistas e de extrema dereita, o resultado som cerca de 1.000 pessoas falecidas na Galiza, e 50.000 no conjunto do Estado espanhol.
Nom só estamos perante a incompetência e negligência da Junta da Galiza e do governo espanhol, estamos perante a lógica perversa e criminosa da ecomomia de mercado, que sacrifica vidas para salvar os interesses do Capital.
Novamente para frear a expansom da pandemia opta-se por restringir e cortar liberdades e direitos básicos, por militarizar as ruas.
Mais de meio ano perdido para reforçar o sistema público de saúde e de residências geriátricas. Todo segue igual e mesmo pior que no mês de março.
Privatizaçons encubertas, deterioramento do sistema, carência de pessoal sanitário, de hospìtais e centros de saúde, de meios, …
O governo “progre” do PSOE-Unidas Podemos opta mais umha vez por repetir os erros da passada primavera, por facilitar o incremento da reproduçom do Capital, nom age em base a critérios epidemiológicos e sanitários. A suas decisons som as que demanda o Ibex 35 e o capitalismo monopolista.
Voltamos a lembrar que durante o estado de alarma vigorante entre março e maio, as 23 maiores fortunas do Estado espanhol incrementárom obscenamente a su riqueza em 14.000 milhons de euros.
As novas medidas adotadas serám devastadoras para o setor da hotalaria, sacrificando na Galiza milhares de postos de trabalho diretos e indiretos. Aparentando que se adotam medidas para frear o desenvolvimento da pandemia, o governo espanhol e o autonómico utilizam este setor como simples cabeça de turco.
Nem umha só medida para evitar contágios no transporte público, nas grandes fatorias, nos centros de trabalho.
A estratégia do medo pretende disciplinar-nos ainda mais, criminalizar a juventude e evitar a toda custa paralisar o incremento dos lucros do capital.
Pretende responsabilizar os individuos no combate à pandemia, de confrontar o povo trabalhador entre si, quando nom se adotam as medidas imprescindíveis para controlar o Covid-19.
Agora Galiza-Unidade Popular solicita à Junta da Galiza e ao governo espanhol:
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Imediata blindagem da Galiza, restringindo a mobilidade nas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, do nosso país.
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Paralisaçom imediata de todos os setores económicos prescindíveis, carentes de releváncia estratégica, até atingirmos os rátios de contágio de 25 infetados por cada 100.000 pessoas.
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Proibiçom e substituiçom dos ERTEs por umha prestaçom universal do Estado que cubra 100% do salário das trabalhadoras e trabalhadores.
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Congelamento do pagamento dos serviços básicos [eletricidade, água, gâs, telefonia] para todas as famílias com membros em ERTE.
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Imposto progressivo às grandes fortunas. Os ricos devem pagar a crise.
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Plano integral de resgate do setor serviços, para garantir os postos de trabalho de asalariados e autónomos, proibindo despedimentos e reduçom salarial.
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Cancelaçom do pagamento das hipotecas e alugueres durante a crise sanitária, a todos os trabalhadores e trabalhadoras com dificuldades económicas.
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Aplicaçom dos protocolos de aforos e desinfeçom no transporte público para garantir a saúde das trabalhadoras e trabalhadores. Controlo estrito e clausura dos centros de trabalho que incumpram a normativa de prevençom, segurança, higiene e saúde laboral.
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Reforçamento da vigiláncia e controlo da inspeçom de Trabalho para evitar a implementaçom fraudulenta de ERTEs.
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Prestaçom de desemprego a todos os trabalhadores e trabalhadoras que perdérom os seus postos de trabalho pola crise sanitária e económica vigorante.
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Fortalecimento dos serviçps públicos. Dotar o pessoal sanitário, de limpeza, bombeiros e proteçom civil com os meios, EPIs e material necessário para realizar tarefas de desinfeçom e atençom de enfermos.
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Incautaçom dos laboratórios privados e nacionalizaçpm do sistema sanitário e das residências privadas, para fazer frente à crise sanitária e garantir a saúde dos setores mais vulneráveis do povo trabalhador.
- Nacionalizaçom de setores estratégicos da economia: companhias elétricas, água, gâs, transportes, telecomunicaçons, indústria farmaceútica, AP-9.
A classe obreira galega e o conjunto do povo trabalhador e empobrecido deve luitar polos nossos direitos, por evitar que em base a demagógicas e falsas alternativas para superarmos a pandemia, se conculquem e suprimam.
Unidos venceremos, divididos pereceremos!
Viva o povo trabalhador galego!
Só a clase obreira salva a classe obreira!
Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular
Na Pátria, 26 de outubro de 2020