ILEGALIZAR VOX
A formaçom fascista espanhola promovida por umha fraçom da oligarquia, mas também taticamente polos interesses eleitorais do PSOE, a partir de 2019 logrou transitar da marginalidade política extraparlamentar, a converter-se a escala estatal num sujeito importante no taboleiro político institucional e mediático.
Vox tem um programa genuinamente ultraliberal, que aposta na drástica reduçom do gasto público e dos impostos para os ricos, pola liberalizaçom dos mercados e serviços.
Baixo grossas camadas de maquilhagem populista, e doses da pior demagogia goebbeliana, empregando o falaz mantra da Escola de Chicago, justifica estas medidas para eliminar o défice e reduzir a dívida.
A realidade é que Vox, como grupo de choque da burguesia, defende sem maquilhagens nem lipossucçons um programa depredador contra os direitos e as conquistas fundamentais atingidas pola classe operária em décadas de luita. O seu acionar político e social é umha declaraçom de guerra contra o mundo do Trabalho.
Vox assume como próprio o programa de máximos da oligarquia, dos monopólios, elogia as reforma laborais, definindo o sistema de proteçom por desemprego vigorante como “um dos mais generosos” e dos “mais prolongados dos países da UE e da OCDE”.
O programa económico de Vox é de neoliberalismo selvagem, pois “o Estado acionista há de desaparecer do panorama empresarial espanhol”.
VOX, BRAÇO TERRORISTA DA OLIGARQUIA
Vox é o instrumento da grande burguesia que durante os quarenta anos de franquismo atingiu umha das suas maiores acumulaçons da sua história. Da criminal élite económica que por mor da sobre-exploraçom à que era submetido o proletariado industrial e rural, logrou fabulosas fortunas.
Vox é fruto das necessidades da voraz oligarquia que tutela a atual ditadura burguesa espanhola, que dirige na sombra a imensa maioria dessas forças políticas institucionais que som simples capatazes dos seus interesses de classe. Para compreendermos o que está acontecendo devemos partir do seguinte axioma: o regime de 78 é filho legítimo do regime de 36.
Vox enquadra-se na fraçom chauvinista e protecionista da burguesia mundial que disputa a hegemonia do capitalismo à fraçom globalista.
Representa o grupo de choque contra os direitos e as conquistas da classe operária, e do conjunto do povo trabalhador, que necessita a burguesia na atual fase de agudizaçom da crise económica estrutural do capitalismo senil iniciada em 2008.
É altamente funcional para desviar a atençom, para confundir amplos setores da classe obreira e das camadas populares, de quem som os verdadeiros e únicos responsáveis da cada vez maior depauperaçom e miséria que padecemos.
Alimentando o mais agressivo e supremacista chauvinismo espanhol, oculta com manipulaçons, demagogia e mentiras, o seu verdadeiro objetivo de defender exclusivamente os interesses dos ricos e poderosos, da insaciável oligarquia que nesta pandemia incrementa os seus obscenos lucros.
O seu discurso asenta-se sobre dous eixos fundamentais. Defesa da unidade de Espanha e oposiçom radical aos fluxos migratórios.
Aponta demagogicamente contra os trabalhadores imigrantes e as reivindicaçons de liberdade nacional, como responsáveis e causantes das cada vez maiores taxas de desemprego, precarizaçom laboral, empobrecimento e miséria, a que nos condena o capitalismo crepuscular.
Ao longo do ano 2020, Vox, como expressom política do fascismo hegemónico em boa parte dos aparelhos repressivos do Estado, nas forças armadas, nas castas judiciais, nas direçons das grandes corporaçons de [des]informaçom de massas, na hierarquia católica, nos conselhos de administraçom das empresas do Ibex 35, defende e promove diversas fórmulas golpistas.
Age com absoluta impunidade nas suas declaraçons na defesa do terrorismo, na apologia, exaltaçom e justificaçom do franquismo.
MEMÓRIA E FUTURO
Como temos memória, sabemos como se desenvolveu na década dos anos trinta do passado século o fascismo, das analogias com o presente.
Cumpre nom esquecer e sim lembrar as origens do franquismo, como a oligarquia mediante um despiadado golpe de estado e guerra civil logrou derrotar as aspiraçons da classe trabalhadora e de liberdade nacional da Galiza, impondo durante mais de quatro décadas umha criminal ditadura militar.
considera Vox umha força indiscutivelmente fascista, similar ao pistoleirismo falangista, ao esquadrismo joseantoniano.
Frente à amnésia que seguem impondo-nos, sabemos que ao fascismo nom se lhe pode fazer a mais mínima concessom.
Que o fascismo deve ser combatido sem trégua nas ruas, nos centros de trabalho e ensino. Que na atual conjuntura nacional e internacional esta tarefa é umha prioridade para a classe trabalhadora.
VONTADE E DECISOM PARA ESMAGAR O FASCISMO
As “esquerdinhas” carecem de vontade e valentia real para confrontá-lo, mais alá de intermitentes e inofensivas declaraçons retóricas.
O branqueamento do fascismo chega a obscenidade quando 3 de fevereiro, Pedro Sánchez afirmou sem pudor que Santiago Abascal, “mostra mais responsabilidade de Estado que o líder da oposiçom” -o presidente do PP, Pablo Casado-, pola abstençom de Vox na votaçom que permitiu a convalidaçom do decreto sobre os fundos europeus que dotarám a oligarquia espanhola de 140.000 milhons de euros para “fazer frente à pandemia”. Com estas declaraçons o PSOE lava-lhe a cara, normalizando-o como mais um partido homologável ao resto das forças institucionais, facilitando o seu desenvolvimento.
Cumpre combater Vox com determinaçom e coragem, tecendo amplas unidades à volta de um programa nitidamente anticapitalista e de libertaçom nacional.
A esquerda revolucionária galega nom combatemos Vox para defender as já de por si tímidas liberdades e direitos ameaçados polos principais partidos da burguesia “democrática”.
Agora Galiza-Unidade Popular combate Vox como umha das principais expressons do terrorismo fascista, consciente que a alternativa frente o fascismo é a Revoluçom Socialista.
Sabemos que só a unidade, a mobilizaçom e luita tenaz e organizada da classe trabalhadora logrará derrotá-lo.