Comunicado nº 107: CONTRA A “MARCHA FASCISTA” SOBRE MADRID

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CONTRA A “MARCHA FASCISTA” SOBRE MADRID

Em outubro de 1922, dezenas de milhares de militantes fascistas, que reivindicavam o governo da Itália, realizam a “Marcha sobre Roma”. A manifestaçom encabeçada por Benito Mussolini tinha um evidente caráter de golpe de estado. Com esta mobilizaçom o fascismo logrou a ascensom ao poder do Partido Nacional Fascista e o fim da democracia liberal.

Obviamente as condiçons históricas e sociais do período de entreguerras na Europa som qualitativamente diferentes às atuais. Porém, o ascenso do fascismo é umha realidade inegável.

Marx aseverou que “A história repete-se, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

A manifestaçom convocada para amanhá, domingo 10 de fevereiro, polos partidos fascistas espanhóis, PP, C´s e Vox, que contam com o apoio do conjunto dos grupos e organizaçons da extrema direita e nazis, inspirada nas concentraçons franquistas da madrilena praça de Oriente, tem um induvitável aroma golpista.

Em base à monumental falácia de que o “ilegítimo” Governo do PSOE está “atraiçoando” a unidade do Estado espanhol polas suas “conscessons” ao independentismo catalám, a hidra fascista pretende ocultar as suas responsabilidades na destruiçom das conquistas laborais e sociais, na voadura das anémicas liberdades democráticas atingidas pola luita operária e popular.

Com esta iniciativa, promovida polo PP de Pablo Casado e Alberto Nuñez Feijó, apelando ao chauvinismo e supremacismo espanhol, ao ultrareacionário projeto assimilacionista e imperialista, pretende desviar a atençom, ocultar que é umha organizaçom criminal, umha imensa maquinária mafiosa especializada no saqueio e roubo, que só tem provocado miséria e desolaçom entre o povo trabalhador galego e do conjunto do Estado espanhol.

Umha poderosa fraçom da oligarquia e do Ibex 35, está promovendo e facilitando o rearme ideológico do franquismo, para assim poder disciplinar definitivamente o movimento operário, que facilite a adoçom de mais medidas visadas para a supressom de direitos e conquistas que permitam manter e incrementar a sua obscena taxa de ganho.

Perante este cenário tam perigoso e alarmante, as organizaçons sindicais e as forças políticas da esquerda institucional praticam um irresponsável autismo, nom passando no melhor dos casos de condenas formais do processo em curso.

A claudicaçom e cessom de Pedro Sánchez pola chantagem combinada da extrema-direita e dos setores mais chauvinistas e reacionários do PSOE, respeito ao processo de negociaçom com a Generalitat catalana, exprime a debilidade do social liberalismo e a vulnerabildade do governo espanhol, simple capataz amável do grande capital.

A estas alturas, PP, C´s e Vox, e o conjunto dos grupos e organizaçons da extrema direita e nazis, deveriam estar ilegalizados e os seus dirigentes em prisom.

Porém, perante a inaniçom da esquerda desnutrida e anémica, dos aparelhos institucionais e parlamentares, onde prevalece a covardia e o timoratismo da pequena-burguesia, o taboleiro político no Estado espanhol desliza-se paulatinamente perante um cenário similar ao de 18 de julho de 1936.

Antes de que seja demasiado tarde devemos dar passos tangíveis que nos permitam lograr as condiçons objetivas e subjetivas para poder esmagar a recomposiçom do fascismo.

Agora Galiza-Unidade Popular apela à configuraçom de um Bloco Popular Antifascista, que com firmeza e contundência despute nas ruas e nos centros de trabalho o avanço do fascismo.

Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

Na Pátria, 9 de febereiro de 2019