Declaraçom final da II Conferência Internacional. TECENDO A INSURGÊNCIA GLOBAL

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Declaraçom final da II Conferência Internacional

TECENDO A INSURGÊNCIA GLOBAL

No dia de hoje, 24 de julho de 2021, desenvolveu-se em Compostela [Galiza] a II Conferência Internacional, com a participaçom de delegados e delegadas de Agora Galiza-Unidade Popular, Herritar Batasuna e Nación Andaluza, assim como com a presença de ativistas das causas do povo trabalhador.

Durante o transcurso da II Conferência Internacional foi homenajeado o comandante guerrilheiro insurgente colombiano Jesús Santrich. acordando incorporá-lo a título póstumo como membro permanente do Comité Executivo da Conferência Internacional.

Os principais acordos e orientaçons emanadas do debate e reflexons realizadas na II Conferência Internacional som os seguintes:

Ratificar a necessidade de aprofundar na coordenaçom tática e estratégica das nossas respetivas organizaçons, para contribuir ao desenvolvimento da resistência e o combate contra a dominaçom imperialista.

Nos dous anos transcorridos entre a nossa fundaçom e a atualidade, constatamos como a crise estrutural do capitalismo agónico, tem agravado a depauperaçom e miséria da imensa maioria das massas proletárias.

O ‘caos’ controlado extende-se no conjunto da periferia do centro capitalista, provocando desolaçom e miséria, guerras de rapina e repressom, mas também golpeia cada vez com mais virulência entre o povo trabalhador das metrópoles capitalistas e imperialistas.

Esta fase imperialista do capitalismo está conducindo o Planeta a umha crise ecológica de incalculáveis consequências que pom em perigo a nossa espécie.

Perante a gravidade da crise estrutural do modo de produçom mais letal da história da humanidade, a burguesia opta por promover a alternativa terrorista de dominaçom. Medida dissuasória e preventiva ante as ainda tímidas luitas de resistência e de caráter ofensiva dos povos e as suas vanguardas obreiras e campesinhas. O fascismo é já umha realidade em boa parte do globo.

Seguem sendo um fiasco as variadas alternativas eleitorais promovidas polas diversas ‘esquerdas institucionais’. As suas reformas som incapaces de solucionar os desafios em curso, frear as agressons que padece a classe obreira e o conjunto do povo trabalhador, contribuíndo a gerar falsas ilusons entre os oprimidos, altamente funcionais para perpetuar a ditadura burguesa.

Frente os modismos impostos polos think tank do imperialismo, tentando substituir a contradiçom de classe pola de género, desviando a atençom com justas causas que ocultam a origem e as suas responsabilidades nas múltiplas dominaçons que padecemos, ratificamos que é a contradiçom Capital-Trabajo o eixo central que permitirá a genuína emancipaçom das mulheres trabalhadoras e dos povos submetidos.

Só as luitas obreiras, populares e de libertaçom nacional de orientaçom proletaria, logrará elevar o nível de consciência das massas, movimentar e luitar de forma organizada e unitária contra a exploraçom e as múltiplas dominaçons e opressons que padecemos polo modo de produçom capitalista.

A necessidade de reorganizar todas e cada umha das ferramentas de luita e combate que historicamente empregou a classe obreira e o conjunto do povo trabalhador e empobrecido, com as quais logrou as conquistas e direitos que o capitalismo tem desmantelado progressivamente nas últimas décadas, e com as que atingiu vitoriosas revoluçons de caráter anti-imperialista e socialista ao longo de todo o século XX.

As rebelions que durante este biénio tenhem protagonizado os povos trabalhadores e empobrecidos do Equador, Chile, Colômbia, as luitas do povo afroamericano contra o racismo no coraçom da besta ianque, a resistência do povo palestiniano e saaraui, marcam qual é o caminho a seguir.

O triunfo das rebelions populares, facilitando que podam transitar face processos insurrecionais, estám intrinsicamente vinculados à existência de vigorosas organizaçons revolucionárias de orientaçom socialista/comunista dotadas dumha estratégia subversiva, superadora da esterilizada e inofensiva açom teórico-prática que carateriza a imensa maioria dos partidos e organizaçons que se declaram inspirar na imensa obra teórica de Marx, Engels, Lenine e o Che.

No 150 aniversário da Comuna de Paris, -a primeira experiência de governo obreiro da Hstória-, a II Conferência Internacional manifesta:

A nossa solidariedade com o heroico povo cubano, o nosso incondicional apoio a sua soberanía e independência nacional, frente o endurecimento do bloqueio e a brutal arremetida que está padecendo polo imperialismo.

Continuar contribuíndo mediante a nossa revista teórica Insurgencia Global- Proletari a restaurar os fundamentos teórico-práticos do marxismo.

Proseguir sentando as bases que permitam promover umha nova Internacional Proletária, que aglutine o maior número de organizaçons, forças e partidos, cujo objetivo seja organizar a Revoluçom Socialista/Comunista nas suas específicas formaçons sociais, como parte indivisível da Revoluçom Socialista/Comunista mundial.

Compostela, Galiza, 24 de julho de 2021