Comunicado nº 166: Contra a depredaçom da oligarquia: nacionalizaçom das companhias elétricas

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Contra a depredaçom da oligarquia: nacionalizaçom das companhias elétricas

O preço dos serviços fundamentais como a eletricidade, gás ou combustível, aumentam ano após ano.

O governo de coaligaçom do PSOE-Unidas Podemos, funcional ao latrocínio legal do Ibex 35, permite estes abusos, facilitando que a oligarquia logre taxas de lucro obscenas, enquanto as condiçons de vida do povo trabalhador, agravadas pola pandemia, empioram diariamente.

O caso mais sangrante é o da eletricidade. Além da nova tarifa que entrou em vigor na Galiza o passado 1 de Julho, o preço da luz sofreu várias subidas nos últimos meses, atingindo o passado 25 de agosto, um novo máximo histórico de 122,76 euros megawatt hora.

O aumento da eletricidade, produze-se polo incremento dos preços doutros tipos de energia, como a nuclear ou o gás, mas também se deve ao sistema de fixaçom de preços. Este sistema, mediante subasta alcista, nom é somente opaco, está concebido para favorecer a especulaçom.

Cada dia, as generadoras prevém a demanda das comercializadoras de energia para a seguinte jornada. A OMIE (o operador de mercado elétrico designado), escolhe as ofertas de energia da mais barata à mais cara, e assim, vam cubrindo a demanda. Se há pouca, o processo cobre-se com as primeiras ofertas, as mais baratas. Porém, se há muita demanda, como no caso do inverno e verao, nom se cobre até chegar às últimas ofertas, as mais caras.

E precisamente, o preço mais caro é o que se fixa definitivamente. Em resumo, a previsom de consumo alto determina a alça do preço da luz.

Um saqueio legal que sofre o povo trabalhador, cada vez mas empobrecido, enquanto aumentam os já elevados benefícios das empresas que formam o oligopólio elétrico.

Este sistema, trata a eletricidade como um bem de mercado mais e nom como un serviço de primeira necessidade.

PSOE e PP som corresponsáveis desta devastaçom que só incrementa a taxa de depauperaçom da classe obreira e do conjunto das camadas populares.

Eis a razom pola que as grandes empresas elétricas som umha das principais “portas giratórias”. O caso mais representativo é o do ex-presidente do governo, Felipe González, integrante do Conselho de Administraçom de Fenosa, hoje Naturgy.

Naturgy, Endesa e Iberdrola controlam 90% do mercado elétrico no Estado espanhol. Isto explica que Iberdrola por exemplo, consegui-se un benefício recorde de 3.600 milhons de euros, e que o seu presidente, Ignacio Sánchez Galán, cobrasse um total de 12,2 milhons de euros no ano 2020.

O governo de Pedro Sánchez, lacaio destas multinacionais, que repetiu cínicamente, umha e outra vez, que durante e após a pandemia nom “iam deixar ninguém atrás”, limita-se a culpar cínicamente ao anterior governo do PP polas privatizaçons, sem tomar umha só medida contundente para frear esta subida.

O Ministério de Consumo dirigido por Alberto Garzón, encarregado de “evitar a especulaçom dos preços e tarifas”, passou de exigir a nacionalizaçom dos setores estratégicos quando estava na oposiçom, a olhar cara outro lado perante a alça do preço da luz.

Na Galiza, 28% da eletricidade produzida segue a exportar-se fora do nosso país. Como naçom oprimida, sobre-explorada e fornecedora de recursos naturais e materias primas, as práticas depredadoras das multinacionais suponhem um saqueio de indiscutível caráter colonial do nosso território.

Eis o caso dos encoros esvaziados na conca Minho-Sil, geridos por Naturgy e Iberdrola. Este deliberado baleirado responde a que estas empresas empregam as centrais hidroelétricas para gerar energia, mas vendendo-a ao preço do gás natural, o que supóm uns custos de produçom muitíssimo menores e exentos de impostos. Eis o caso do pagamento polos direitos de emissom de CO2.

Porém, o suministro à populaçom galega segue a ser um dos mais caros do Estado, e o número de famílias com dificuldades para pagar a fatura da luz, aumenta cada ano.

Perante o incremento do preço da eletricidade e o resto de serviços de primeira necessidade, de nada servem os hipócritas laios do setor social-demócrata do governo espanhol, nem as mornas iniciativas de rebaixar o IVA, ou a retórica criaçom de umha empresa pública de eletricidade.

De pouco serve também, a proposta do reformismo autótone de estabelecer umha tarifa elétrica galega, basicamente concebida para favorecer os interesses das grandes empresas. Nom tenhem intençom de ir a raiz do problema, e fazer frente aos inimigos do nosso povo e da nossa classe!

Cumpre pois denunciarmos e combatermos os gángsters multimilionários que vivem a todo luxo a custa da miséria do povo trabalhador galego. A única soluçom eficaz é nacionalizar a totalidade do setor elétrico e enérgetico, regular o preço e melhorar o seu serviço, altamente deficiente na Galiza rural.

Só mediante a luita organizada e unida do povo trabalhador nas ruas, lograremos frear a insaciável política depredadora da oligarquia.

A luita é o único caminho!

Independência e pátria socialista!

Só a classe obreira salva a classe obreira!

Na Pátria, 28 de agosto de 2021