Declaraçom de Agora Galiza-Unidade Popular no Dia da Galiza Combatente de 2021
Ha 21 anos, aesquerda revolucionária independentista e socialista galega, instauramos esta efemérede no calendário político galego.
Nom foi fruto de um capricho, nem umha decisom irreflexiva. Pretendiamos recuperar do esquecimento e a maquilhagem imposta, aqueles episódios da melhor tradiçom de luita e combate do nosso povo.
Um projeto político revolucionário, de caráter integral e globalizante, deve contar com um imaginário coletivo próprio.
Também deve desputar no campo da história, no da épica, a superioridade da hegemonia obreira sobre as leituras pequeno-burguesas.
Nestas duas décadas fomos apreendendo das leiçons do passado que levam décadas furtando-nos.
Nestes vinte anos fomos dotam-nos dumha cosmovisom cultural própria, diferenciada da elaborada polas diversas expressons social-democratas, antagónica a do inimigo de classe e do seu imperialista projeto nacional.
Fomos divulgando as biografias, as trajetórias, as luitas, as achegas e exemplos, das estrelas que nos guiam, dessas bússolas que contribuem a nom desviar-nos do caminho da Revoluçom Galega, que nos dias de fel e ferro injetam força e energia militante.
Nesta XXI ediçom do Dia da Galiza Combatente, queremos realizar um apelo para construirmos ferramentas organizativas obreiras, imprescindíveis para a emancipaçom da nossa classe e da Naçom Galega, causa a que temos consagrada a nossa vida.
Sem um partido proletário galego, que exerça de motor e locomotiva do conjunto do povo trabalhador galego, seguiremos instalados na derrota, seguiremos cada vez mais desarmados política e ideologicamente, condenados a derrota perpétua.
Sem um partido proletário galego, continuaremos alimentando a resignaçom, as falsas esperanças do ilusionismo eleitoral e do cretinismo parlamentar, que carateriza o acionar das ‘esquerdinhas’.
Um partido obreiro galego, que combine dialeticamente a defesa intransigente das condiçons laborais e de vida das imensas maiorias sociais que conformamos o povo trabalhador e empobrecido, com a necessidade de derrubar a forma que a ditadura do Capital adota na Galiza: o putrefacto regime monárquico e oligárquico pósfranquista.
Na XXI ediçom do Dia da Galiza Combatente reivindicamos, com toda solenidade, a Benigno Álvares, Piloto, Moncho Reboiras, Abelardo Collazo e Henriqueta Outeiro. Fazémo-lo porque som os nutrintes que nos alimentam.
Ambos fam parte indissociável da nossa mochila de combate.
Som cinco nomes -que em diversas etapas da nossa mais recente história contemporánea-, destacárom do anonimato heroico das massas, formando parte por méritos próprios do mais aperfeiçoado frontispício da Pátria do Trabalho que nunca se resignou a ser submissa e servil.
Cinco exemplos da arte insurrecional, sublimes insumos para o êxito da Revoluçom Galega.
Fazemo-lo afastados de leituras folclóricas e adulteradas polo “politicamente correto”.
Com a firme decisom de apreender das suas achegas para construirmos um movimento revolucionário galego, dirigido pola classe obreira, com programa e direçom obreira, sintetizando a luita pola emancipaçom de classe com a libertaçom nacional desta parte do universo chamado Galiza.
Só a clase obreira salva a classe obreira!
Independência e Pátria Socialista!
Antes mortos que escravos!
Venceremos!
Na Pátria, 11 de outubro de 2021