Acordos da Assembleia Nacional do BNG
MAIS UM PASSO NA INTEGRAÇOM NO REGIME DE 78
Nom nos surpreendem os acordos adotados na XVII Assembleia Nacional do BNG, realizada o passado domingo na Corunha. As resoluçons constatam, mais alá da retórica oportunista e das maquilhagens táticas, o progressivo aggioramento que carateriza a evoluçom da frente nacionalista desde a Assembleia do Carvalhinho em 1987, como ponto referencial de inflexom.
Som basicamente duas as decisons dirigidas aos poderes económicos do pósfranquismo e aos seus braços mediáticos: nom queremos um Estado Galego e nom nos opomos à presença da Galiza na Uniom Europeia.
As teses independentistas fôrom contundentemente derrotadas, como já sabiam os seus promotores.
O BNG recupera a patologia anti-independentista que carateriza o projeto político do nacionalismo galego organizado sob estas siglas. Deste jeito é lançada umha mensagem de tranquilidade e estabilidade aos poderes reais do regime de 78. Umha evoluçom similar à realizada há mais de quatro décadas polo PCE, e por Podemos, pouco depois do seu nascimento.
Em segundo lugar, o BNG abandona a sua oposiçom histórica anti-imperialista à Uniom Europeia. Sob o argumento da necessidade de “defesa dos interesses da Galiza”, a pequena-burguesia que dirige o BNG opta por pagar a portagem necessária que facilite ter mais opçons para poder gerir a Junta da Galiza em 2024.
As caraterizaçons de “Europa dos mercaderes”, e de “UE, ruína do povo galego”, som abandonadas polo pragmatismo social-democrata e o ilusionismo eleitoralista.
Em síntese, o BNG sai da XVII Assembleia Nacional como umha alternativa eleitoral mais inofensiva para os interesses da oligarquia.
A esquerda revolucionária galega nada aguardava deste cónclave. A ingenuidade e o autismo político nom fam parte das nossa mochila.
Somos perfeitamente conscientes que a única alternativa viável para a emancipaçom das maiorias sociais da Galiza, está intrinsicamente ligada a umha estratégia de libertaçom nacional.
Independência e Socialismo som a equaçom indivisível para atingirmos a Pátria que sonhamos.
Só a classe obreira tem potencialidades e capacidade para dirigir a sua emancipaçom e a do conjunto do povo trabalhador.
Agora Galiza-Unidade Popular apelamos a todos os núcleos organizados, com ou sem sigla, de caráter nacional ou local, a darmos passos tangíveis para a articulaçom de espaços socio-políticos de unidade obreira, anti-imperialista e antifascista.
Nom temos vocaçom de perdedores. Temos a responsabilidade histórica de contribuirmos a evitar seguir sendo esmagados como classe e como naçom. Depende de todos nós, construirmos a alternativa da que hoje carece o povo trabalhador e empobrecido galego.
Na Pátria, 11 de novembro de 2021