A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL NO 1º DE MAIO

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A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL NO 1º DE MAIO
Em vista da situaçom excecional que estamos vivindo fruto da pandemia do Covid-19, desde a Conferência Internacional -que agrupa as forças políticas Agora Galiza-Unidade Popular, Herritar Batasuna e Nación Andaluza entendemos que este 1º de Maio, Dia Internacional da Classe Obreira, nom pode passar desapercibido a pesar das dificuldades para a mobilizaçom que teremos este ano.

Por isso apelamos a engalanar todas as varandas dos fogares trabalhadores das nossas respetivas naçons- Andaluzia, País Basco e Galiza- com a

bandeira vermelha, assim como fazer soar a Internacional justo o meiodia.

Desde a

Insurgencia Global Proletari. Revista teórica Conferencia Internacional queremos reivindicar assim este dia fundamental na história da classe obreira e o papel protagónico do proletariado para o funcionamento da sociedade, agora mais evidente que nunca. E basicamente o seu rol dirigente para organizar a Revoluçom Socialista.

Viva o 1º de Maio!
Viva o internacionalismo proletário!

Comunicado nº 137: Governo espanhol “progre” incrementa controlo social e repressom

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Governo espanhol “progre” incrementa controlo social e repressom

A oligarquia aproveita a pandemia mundial do coronavírus para estabelecer medidas visadas para endurecer mais a exploraçom, a dominaçom, aumentar o controlo e a obediência social do conjunto da populaçom.

Na Galiza a crise do coronavírus desmascara as grandes desigualdades existentes entre classe. As carências, negligência, improvisaçom, inéficacia e erratismo do Governo de Madrid e da Junta de Galiza para fazer frente à pandemia, e a supeditaçom às diretrizes da oligarquia, só agravam as consequêncais da divisom classista, a fenda entre ricos e pobres.

Estas semanas de confinamento obrigatório, estám sendo acompanhadas pola aprovaçom de umha série de medidas decretadas polo governo de coaligaçom PSOE-Unidas Podemos, medidas que principalmente beneficiam a oligarquia. A agilizaçom dos ERTES promovidos polo patronato, os despedimentos, feches de empresas e a falta de medidas de proteçom sociais e econômicas de longo alcance, só contribuem para agravar mais a situaçom da classe trabalhadora.

Sob o pretexto de combate à pandemia, a brutal ofensiva da oligarquía contra o proletariado e o conjunto do povo trabalhador continua. O incremento progressivo da intoxicaçom mediática, de cortes nas liberdades e direitos, o lavado de imagem das forças repressivas, as arengas fascistas dos militares nos meios de des-informaçom, o aumento do controlo social e da repressom policial, som algumhas das medidas visadas para preparar o terreno para a crise socio- económica em curso.

Este novo cenário, consequência da alerta sanitária, junto com os problemas já existentes, despedimentos, despejos, extrema-pobreza e desemprego, privatizaçons e deterioramento dos serviços públicos promovidos polo PP e PSOE, brutal exploraçom, submissom dos diferentes governos perante o patronato e o IBEX 35, terrorismo machista, o conflito na Catalunha ou os continuos escándalos da corruta monarquia postfranquista, podem converter-se em caldo de cultivo para novas luitas obreiras, nacionais e populares.

Eis polo que o Estado espanhol recorre aos novos “Pactos da Moncloa” promovidos polos partidos burgueses e as élites empresariais, como saída para evitar luitas, controlar a populaçom e salvaguardar os privilêgios do grande capital.

Mas também está a armar-se até os dentes, por se é necessário exercer a repressom contra todos aqueles setores mais conscienciados e organizados da nossa classe.

Neste últimos dias o governo espanhol em vez de fortalecer os serviços públicos e assim fazer mais efectiva a luita contra a pandemia, anuncia que vam a empregar maiores recursos e investimento para reforçar ainda mais o aparelho repressivo.

Prova disto é o enorme e desproporcionado dispositivo policial e militar despregado nestes dias sob a justificaçom de garantir a segurança da populaçom durante o confinamento. Som cada vez mais numerosas as denúncias populares perante as atitudes injustificadas, intimidaçons, agressons e violência das forças repressivas.

O Ministério do Interior dirigido polo ex-juiz da “Audiência Nacional” Fernando Grande-Marlaska, condenado seis vezes polo Tribunal de Estrasburgo por nom investigar torturas, anunciou perante a reclamaçom dos corpos policiais, a intençom de dotar a Policía Nacional e a Guarda Civil com 1.200 pistolas elétricas, um carregamento que nom é precisamente para combater o vírus.

Além do reforçamento do aparelho policial, o Estado também incrementa o controlo das massas com medidas como a geolocalizaçom de dispositivos, anunciada há umhas semanas pola Vicepresidenta Nadia Calviño, um passo mais face à deriva autoritária.

O ministro Grande-Marlaska também assegurou que o Governo nom descarta a implementaçom da geolocalizaçom com fins policiais, para controlar os deslocamentos e manter-se alerta perante “possíveis aglomeraçons ou situaçons de tensom”.

Todas estas medidas implementadas nom vam ser de caráter temporârio. A oligarquia é consciente de que esta nova crise socio-económica que, somada à crise institucional e política que o regime do 78 leva anos arrastando, pode agir como mecanismo de reativaçom das luitas e protestos das camadas populares nas ruas.

Eis polo que incidem no aumento da repressom, necessária para implementar futuras medidas visadas para salvaguardar os seus privilêgios, em base a exploraçom, apropiaçom de mais-valia e depauperaçom da imensa maioria da populaçom.

A esquerda revolucionária galega apela ao povo trabalhador galego a nom deixar-se intimidar, a estar alerta perante este novo cenário.

Após o confinamento devemos exigir responsabilidades pola falta de medidas eficaces, polo elevado número de mortos. Temos que defender os postos de trabalho, os direitos e liberdades, uns serviços públicos de qualidade e combater com firmeza o fascismo e a deriva reacionária.

Organizemos-nos e luitemos, denunciemos e exijamos o restabelecimento dos nossos direitos e liberdades restringidos. Após a superaçom do estado de alarma chega a hora de luitar sem trégua contra os inimigos da nossa classe, do nosso povo e da nossa naçom.

A luita é o único camino!

Só o povo trabalhador salva o povo trabalhador!

Por umha saída operária e popular, patriótica e socialista!

Na Pátria, 16 de abril de 2020

 

Comunicado nº 136: SEM GARANTIAS QUE ASSEGUREM A NOSSA SAÚDE NOM DEVEMOS ACUDIR AOS POSTOS DE TRABALHO

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SEM GARANTIAS QUE ASSEGUREM A NOSSA SAÚDE NOM DEVEMOS ACUDIR AOS POSTOS DE TRABALHO

A decisom adotada polo governo “progre” de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias decretando que amanhá, segunda-feira 13 de abril, se reanude a atividade nas empresas de bens e serviços nom essenciais, é umha irerresponsabilidade.

Voltar o cenário prévio ao 30 de março, é mais um despropósito da errónea gestom da crise sanitária e socioeconómica, caraterizada pola improvisaçom e decisons erráticas.

Seguindo os critérios do grande Capital, PSOE-Unidas Podemos anteponhem os interesses económicos do patronato e da burguesia à saúde da classe trabalhadora.

Os termos do “Real Decreto 487/2020, de 10 de abril”, respondem exclusiva e claramente aos desejos da CEOE. Prevale a lógica depredadora do lucro sobre os critérios científicos dos expertos no combate à pandemia.

Se as crianças levam mais de um mês confinadas nas suas casas, se nom é possível passear nem deslocar-se para visitar familiares e amizades, como é possível obrigar o proletariado da construçom ou de toda a indústria nom vinculada à produçom de materiais sanitários e alimentares, a ter que incorporar-se aos seus postos de trabalho sem assegurar previamente a saúde?

Nom se sostem esta decisom, que poderá provocar um rebrote dos contágios, o colapso de um sistema sanitário que após 5 semanas de crise segue sem meios suficientes e à beira do colapso. Podemos definir o “Real Decreto 487/2020, de 10 de abril” como o decreto que provocará mais mortes entre a nossa classe.

Com esta medida os partidos do Ibex 35, tanto os que ocupam a Moncloa como a oposiçom fascista, estám enviando ao matadeiro dezenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores galegos.

Que o próprio Governo publique umha “Guia de boas práticas nos centros de trabalho”, visadas para a prevençom dos contágios do coronavírus, estabelecendo pautas organizativas às empresas [planificaçom das entradas e saídas, distâncias de segurança de 2 metros, aprovisionamento de material de proteçom (mascarilhas e luvas), ventilaçom e desinfeçom das instalaçons], recomendaçons à classe trabalhadora afectada, medidas higiénicas, gestom de resíduos, etc, constata que nom existem nestes momentos condiçons objetivas para reanudar a atividade e produçom nas empresas de bens e serviços nom essenciais.

O Capital e a casta política assalariada que gere como bons capatazes a sua dominaçom e exploraçom, aproveita esta pandemia, nom só para condenar-nos à depauperaçom, conculcar os nossos direitos e tímidas liberdades que “desfrutávamos”. Agora sem o mais mínimo pudor manifestam que nom lhe importa o mais mínimo a nossa saúde. Só lhes importa o lucro empresarial. Eis a lógica do capitalismo.

O governo espanhol segue sem adotar as medidas básicas para assegurar a saúde do povo trabalhador, para garantir as necessidades vitais dos assalariados e trabalhadores autónomos nos vindouros meses.

Lamentamos que os sindicatos chamados de classe nom apelem à greve geral na construçom e na indústria nom essencial, para garantir e preservar assim a vida de milhares de operários, e portanto a saúde da imensa maioria do povo trabalhador galego.

Para reincorporar-se aos postos de trabalho, é condiçom indispensável contar com as medidas de proteçom e contróis epidemiológicos que assegurem a nossa saúde. Sabemos que na imensa maioria das empresas nom é possível. Nom podemos resignar-nos, nem deixar-nos intimidar. Som horas de preparar-se para os grandes combates que se divisam no horizonte.

Agora Galiza-Unidade Popular apela à classe operária afectada a nom acudir ao seu posto de trabalho, acolhendo-se a um direito fundamental como a defesa da vida frente os que nos condenam a perecer porque só lhes importa a acumulaçom ilimitada de Capital a qualquer preço.

A luita é o único caminho!
Só a classe obreira salva à classe obreira!
Por umha saída operária e popular, patriótica e socialista!
Venceremos!

Na Pátria, 12 de abril de 2020

Comunicado nº 135. INCAUTAÇOM E NACIONALIZAÇOM DAS RESIDÊNCIAS PRIVADAS!

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Incautaçom e nacionalizaçom das residências privadas!

A crise sanitária do coronavírus destapa as péssimas condiçons e precariedade dos centros da terceira idade, sendo o principal foco de contágio na Galiza. Umha grave situaçom que já acontecia antes de que se decretasse o estado de alarma sanitária.

A falta de medidas e material de prevençom para fazer frente ao coronavírus, somado às lamentáveis condiçons já existentes, estám convertendo as residências, principalmente as de titularidade privada, em autênticos centros de extermínio.

A Junta da Galiza entregou a atençom das pessoas maiores às empresas privadas, destacando DomusVi e San Rosendo, esta última vinculada à Igreja Católica. No mês de abril do ano passado, dispunha de 21.179 vagas nos centros de maiores, 77,2% de gestom privada e 22,8% de gestom pública. A percentagem tam baixa situa a Galiza nos últimos postos do ranquing de atençom à terceira idade a escala estalal, e por baixo das recomedaçons da OMS, tanto no referido à prestaçom de serviços de caráter público, como em cifras totais. A Organizaçom Mundial da Saúde recomenda 5 vagas por cada 100 pessoas maiores de 65 anos. Atualmente na Galiza é de 3.1, das que tam só um terço som de gestom pública.

Nestes últimos anos, associaçons de familiares de residentes, organizaçons sindicais e forças políticas apresentárom denúncias e queijas perante a Conselharia de Política Social sobre a situaçom das residências, sem que nengumha fosse aceitada.

No mês de novembro de 2019, a conselheira Fabiola García comparecia no Parlamento defendendo o atual modelo assistencial de atençom à terceira idade, negando críticas, falta de meios materiais, aglomeraçons, precariedade laboral e recursos humanos nos centros.

No hegemónico setor privado, a cumplicidade da Junta com o patronato das residências é mais que evidente. O nível de cumplicidade do PP com os que concebem os cuidados dos maiores como simples mercadoria para obter lucro, chega até o ponto de que o patronato é advertido com anterioridade da visita das inspeçons para evitar sançons.

A taxa de benefícios empresariais junto com as ajudas e tarifas pagadas polos usuários, é mui elevada. Em Vigo os preços rodam entre os 1.950 e os 2.312 € em residências como a DomusVi-O Barreiro ou os 2.387 e os 4.358 € na de Sanitas. Som residências nas que nom se podem acolher pessoas procedentes das camadas populares.

Esta situaçom agrava-se pola pandemia do coronavírus. Hoje som mais de 110 o número de falecidos nas residências segundo os maquilhados dados oficiais.

A Junta olha cara outro lado perante as denúncias e tenta encobrir a sua responsabilidade e a do patronato na gestom da crise do coronavírus.

Paradigmático desta criminosa negligência é o caso da residência Domus-Vi, intervida recentemente pola Junta. Numha denúncia dos trabalhadores recolhe-se que os maiores saos partilham quarto com os enfermos, que faltam Equipas de Proteçom Individual (EPIs) ou medidas de segurança para evitar novos contágios.

As lamentáveis condiçons e gravíssimas irregularidades dalguns centros é tal, que a Junta perante esta situaçom nom tem mais remédio que fechá-los. Eis o caso de A Fonsagrada [comarca de Burom], após comprovar-se que 29 ancians tinham síntomas de maltrato.

As associaçons de familiares de maiores residentes também denunciam a falta de transparência e informaçom no tratamento do COVID-19 nas residências. Asseguram que podem chegar a transcorrer vários dias sem conhecer a situaçom dos residentes, nem contatar os seus familiares. Sostenhem que os dados publicados pola Conselharia de Política Social nom som exatos.

A Conselharía de Sanidade publica um informe diário com o cómputo de pessoas contagiadas, hospitalizadas ou em cofinamento, dos falecimentos ou dos ingressos nas UCIs. Enquanto a de Política Social fai o próprio respeito ao número de contagiados nas residências de maiores ou pessoas dependentes.

Isto provoca desajustes en fatores como a mortalidade, enquanto o Sergas só soma no seu informe diário os falecimentos nos hospitais,sem contar com os centros de maiores.

Perante esta grave situaçom, Agora Galiza- Unidade Popular exige que todos os responsáveis desta devastadora catástrofe humanitária entre os setores mais vulneráveis, o patronato e o governo da Junta, a conselheira Fabiola García e o presidente Feijóo, sejam julgados por presunta conduta criminal e vulneraçom dos direitos humanos.

Também exigimos o fortalecimento dos serviços públicos e a imediata nacionalizaçom dos centros sanitários e sociosanitários (residências de maiores, pessoas dependentes ou menores) e dotaçom ao pessoal sanitário e trabalhadores dos centros dos EPIs e material necessário para realizar as tarefas de desinfeçom e atençom.

A saúde da maioría da populaçom nom pode converter-se num negócio para a burguesia!

Na Pátria 11 de abril de 2020

MEDIDAS TÁTICAS DE CHOQUE CONTRA A CRISE CAPITALISTA DO CORONAVÍRUS. SÓ O POVO TRABALHADOR SALVA O POVO TRABALHADOR!

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MEDIDAS TÁTICAS DE CHOQUE CONTRA A CRISE CAPITALISTA DO CORONAVÍRUS

1. Blindagem da Galiza por terra, mar e ar, paralisando integramente as comunicaçons com o exterior, e impondo o feche de toda a indústria e setores produtivossem relevância estratégica para combater a pandêmia.

2. Proibiçom dos despedimentos, da reduçom salarial e do aumento da jornada laboral.

3. Controlo estrito dos setores ativos e clausura dos centros que incumpram a normativa de prevençom, segurança, higiene e saúde laboral.

4. Incautaçom dos laboratórios privados e nacionalizaçom do sistema sanitário e das residências privadas, para fazer frente à grave crise sanitária e garantir a saúde dos setores mais vulneráveis do povo trabalhador.

5. Nacionalizaçom de setores estratégicos da economia: companhias elétricas, água, gâs, transportes, telecomunicaçons, indústria farmaceútica, AP 9.

6. Fortalecimento dos serviços públicos. Dotar o pessoal sanitário, de limpeza, bombeiros e proteçom civil com os meios, EPIs e material necessário, para realizar tarefas de desinfeçom, acondicionamento e atençom dos enfermos.

7. Imposto progressivo aos benefícios empresariais. Incremento impositivo à burguesia com ingressos superiores a 50.000 euros ao ano.

8. Salário universal para garantir as necessidades básicas dos trabalhadores assalariados e trabalhadores autonómos que perdérom o seu posto de trabalho.

9. Proibiçom de ERTE nas empresas de mais de 10 empregados.

10. Cancelaçom do pagamento das hipotecas e alugueres durante a crise sanitária aos trabalhadores e trabalhadoras com problemas económicos.

11.Combate o acaparamento e especulaçom. Proibiçom do incremento dos preços dos alimentos, medicamentos, material sanitário, luz, água, gâs e combustíveis.

12. Exigir às entidades financieiras a devoluçom dos 65.000 milhóns de euros do rescate bancário.

13. Garantir proteçom e alojamento às mulheres que sofrem violência machista.

14. Retirada imediata do exército espanhol das nossas ruas e a sua reclusom nos quartéis e denúncia sem dos trégua abusos policiais.

15. Solicitar ajuda sanitária aos países com maior experiência na luita contra o coronavírus, con destaque para Cuba e China.

SÓ O POVO TRABALHADOR SALVA O POVO TRABALHADOR!

Comunicado nº 133: BASTA DE AGRESSONS IMPERIALISTAS CONTRA A VENEZUELA

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BASTA DE AGRESSONS IMPERIALISTAS CONTRA A VENEZUELA

A pesar da crise internacional do coronavírus, a agressom e bloqueio imperialista contra a República Bolivariana de Venezuela nom só continua, padece um endurecimento e incremento.

O imperialismo norteamericano insiste umha vez mais em tentar submeter e dobregar a Venezuela para instaurar um governo vendepátrias ao serviço de Washingtom.

Sob a falsa justificaçom do combate ao narcotráfico, o governo terrorista dos EUA solicita a captura internacional do Presidente Nicolás Maduro, de Diosdado Cabello e outros altos dirigentes da Revoluçom Bolivariana.

Após o anúncio efetuado polo Departamento de Justiça Norteamericano, no que oferece 15 milhons de dólares aos que colaborem na sua captura, soma-se umha nova tentativa de golpe de estado promovida polo fascismo venezuelano.

A passada segunda- feira 23 de março, foi incautado pola polícia na Colômbia um arsenal de guerra. O ex-general das FANB retirado, atualmente opositor a Maduro, Clever Alcalá, involucrado nesta operaçom, confesou que se tratava de umha nova tentativa golpista com o apoio de Juan Guaidó, Leopoldo López e outros representantes da oligarquia, em colaboraçom com assesores norteamericanos.

O objetivo era atentar contra a vida de vários dirigentes para descabeçar o governo bolivariano.

A atitude de completa indiferença e passividade cúmplice do governo espanhol do PSOE/Unidas Podemos é mais que preocupante.

Espanha continuam refugiando na embaixada de Caracas o fascista Leopoldo López, implicado em várias açons golpistas e involucrado nesta nova tentativa terrorista.

O governo de Pedro Sánchez deve entregar este terrorista imediatamente às autoridades venezuelanas.

Perante a via insurecional e terrorista do governo de Trump, do narco-estado colombiano e da UE, cumpre exercer a solidariedade internacionalista com a Venezuela.

Defender a Revoluçom Bolivariana é defender a soberania nacional dos povos que luitam contra imperialismo na América Latina e no conjunto do planeta.

Agora Galiza-Unidade Popular transmite novamente o apoio ao governo legítimo da República Bolivariana de Venezuela presidido por Nicolás Maduro Moros.

Apelamos para o povo trabalhador galego a nom acreditar nas manipulaçons e falácias dos meios de des-informaçom do inimigo, estar alerta perante a agenda golpista que pretende a desestabilizaçom política e económica da Venezuela.

Exigimos ao governo espanhol que manifeste a sua solidariedade com a soberania nacional da Venezuela, condene rotundamente esta nova ameaça do imperialismo norteamericano, e abandone o bloqueio criminoso que padece a Pátria de Bólivar e Chávez.

Viva a Revoluçom Bolivariana!
Indepêndencia e Pátria Socialista!
Galiza-Venezuela, solidariedade!

Na Pátria, 31 de março de 2020

Comunicado nº 5 de Agora Galiza-Unidade Popular da Lourinha: NOM LIVRAMOS TODOS, FALTA UM!

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NOM LIVRAMOS TODOS, FALTA UM!

Agora Galiza-Unidade Popular da Lourinha manifesta o seu apoio ao companheiro investigado por agressons, e aos 20 vizinhos acusados de “desordem público”, polo acontecido no Multiusos das Poças de Mós, 24 de setembro de 2019.
Após os altercados e a cancelaçom do ato sobre o “Projeto da Cidade Desportiva do Celta”, organizado polo governo municipal do PP de Mós, Nidia Arévalo junto com a cumplicidade da Guarda Civil, Policía Local, e contratando com fundos públicos um advogado, denunciou quase umha veintena de vizinhos [2 deles militantes de Agora Galiza-Unidade Popular] por desordem pública e suposta agressom a um lacaio do Partido Popular.
A denúncia foi efetuada contra vizinhos que pertencem às diferentes associaçons e organizaçons políticas que rejeitam o projeto. O objetivo desta montagem é criminalizar e intimidar a populaçom mosense na luita pola defesa do monte comunal.
Posteriormente às declaraçons de todos os investigados, o julgado nº 2 do Porrinho rejeitou as acusaçons por desordem pública contra todos os vizinhos e vizinhas de Tameiga, mas continua a investigaçom contra um ativista desta luita popular ao considerar que pode existir um delito de agressom.
Ao conhecer-se a sentença, a “plataforma Auga é Vida” emitiu um comunicado, com o apoio da Comunidade de Montes de Tameiga e os partidos da oposiçom, celebrando o resultado da sentença, exigindo desculpas públicas da alcaldesa,mas sem manifestar nem o mínimo apoio a este vizinho que continua investigado.
Consideramos umha absoluta covardia e total falta de solidariedade isolar e silenciar a situaçom de um companheiro que sofre a repressom do fascismo mosense por luitar consequentemente.
Alguns dos membros investigados das associaçons e organizaçons da oposiçom que no dia dos altercados do 24 de setembro, fôrom mediar com os fascistas e que instárom a populaçom a nom assistir ao pleno organizado na seguinte semana por medo a que acontecesse o mesmo, som os que continuam sem dar explicaçons sobre o suposto envio de “faturas falsas” fortalecendo o PP, e que agora silenciam a repressom contra este ativista da luita popular.
Agora Galiza- Unidade Popular manifesta com total contundência o apoio a este vizinho acusado, sejam certas ou nom as imputaçons. Toda açom insolidária só contribui para reforçar a imagem de Nidia e do PP.
Também instamos o povo trabalhador mosense a denunciar e desmarcar-se de todos aqueles que “possando à esquerda”, aproveitando a sua posiçom tanto nas associaçons como organizaçons, realizam manobras que servem de utilidade aos fascistas e perjudicam a luita pola defesa do monte.

Toda luita na defesa do monte é legitima!
Stop à repressom!
Mós, 18 de março de 2020

Comunicado nº 132: MEDIDAS ANUNCIADAS POLO GOVERNO ESPANHOL NOM GARANTEM DIREITO AO TRABALHO NEM EVITARÁM DEPAUPERAÇOM DE AMPLAS MASSAS POPULARES

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MEDIDAS ANUNCIADAS POLO GOVERNO ESPANHOL NOM GARANTEM DIREITO AO TRABALHO NEM EVITARÁM DEPAUPERAÇOM DE AMPLAS MASSAS POPULARES

Há pouco mais de 72 horas afirmamos que sob o combate ao coronavírus, e com a declaraçom do estado de alarma, o governo espanhol de coaligaçom de Pedro Sánchez e Pablo Iglesias, aplicaria um pacote de medidas restritivas em direitos e liberdades básicas.

Que as medidas adotadas polo governo espanhol PSOE-Unidas Podemos, para combater o coronavírus, som insuficientes, ineficaces e improvisadas.

Afirmamos que assistiriamos a umha centralizaçom administrativa, e sobretodo à concentraçom de poderes bonapartistas em Pedro Sánchez e na sua camarilha de ministros.

A reaçom do Ibex 35 às medidas adotadas há umhas horas polo Conselho de Ministros, subindo um 6%, e o aplauso da CEOE e dos aparelhos sindicais amarelos, exprimem com nitidez quem beneficia primordialmente o pacote económico anunciado por Pedro Sánchez.

Num inapropriado tom “épico”, emulando ridiculamente momentos trascendentais da história contemporánea mundial, o presidente Sánchez evitou mais umha vez adotar as medidas execionais que a situaçom reclama.

O pacote de medidas por valor de 200.000 milhons de euros aprovado polo Conselho de Ministros, em realidade nom passa de umha série de migalhas para a classe trabalhadora e pensionistas, que nom evitará condenar à depauperaçom amplíssimos setores populares.

Nom se garante proibir a reduçom de salários, o incemento de horários laborais, a perda de direitos e o corte das conquistas adquiridas na luita operária e popular.

Mas sim, com estas medidas anunciadas, o governo de coaligaçom PSOE-Unidas Podemos agiliza os ERTE, assumindo o Estado os custos salariais dos despedimentos sem nengumha responsabilidade para o empresário.

Nom só renúncia a incrementar as taxas impositivas ao grande Capital, opta por facilitar-lhe mais de 150 mil milhons das arcas públicas sem contrapartida algumha.

Renunciou à incautaçom e nacionalizaçom do sistema sanitário privado para fazer frente com eficácia e sem “danos colaterais” ao coronavírus, e garantir assim a saúde do povo trabalhador e empobrecido da Galiza, basicamente das suas fraçons mais vulneráveis.

Renunciou à incautaçom e nacionalizaçom de setores estratégicos da economia [sistema elétrico, água, gâs, transportes, telecomunicaçons, indústria farmaceútica] para assim poder fazer frente com eficácia ao vírus. Renunciou a apropriar-se de ingentes recursos em maos da oligarquia para garantir que o impacto económico recaia sobre o povo trabalhador e empobrecido.

É hora de exigir que a banca devolva os 70.000 mil milhons de euros injetados polo governo de turno para salvar a rapina ilimitada dos banqueiros que só provocam sofrimento e dor entre a maioria social.

Em vez de solicitar que a corruta monarquia bourbónica que continua parasitando e roubando, entregue os milhares de milhons acumulados em comisons e negócios ilegais, depositados em paraísos fiscais, Pedro Sánchez reitera o seu apoio incondicional à monarquia postfranquista.

Com este conjunto de medidas de choque visadas fundamentalmente para “tranquilizar” os ánimos, para amortecer as contradiçons de umha sociedade ainda dominada pola parálise e o shock que gera o medo e a incerteza, sobrebombardeada deliberadamente com notícias alarmantes, Pedro Sánchez também pretende ganhar tempo e basicamente satisfazer a natureza insaciavelmente depredadora da oligarquia.

Unicamente som dias duros para os que vendemos a nossa força de trabalho, para os que vivimos do nosso suor e esforço. Nom nos deixemos manipular nem enganar!

Perante este cenário tam adverso, apelamos para a classe operária galega, ao povo trabalhador e empobrecido, estar alerta perante as consequências negativas da crise sanitária e económica para a nossa classe e para a naçom galega.

É hora da unidade da nossa classe para defender as conquistas e direitos atingidos com suor, lágrimas e sangue em mais de 170 anos de luita obreira. O capitalismo nom só nom garante o direito à vida. Pretende que paguemos a sua negligência, improvisaçom e lógica depredadora.

Claro que o combate ao vírus entende de classes, territórios e ideologias. Eis polo que continua sem fechar Madrid, facilitando a expansom do contágio.

Os ricos salvaram-se, enquanto os pobres no momento em que colapse um sistema sanitário mui afastado da realidade idílica que nos apresentam, seremos submetidos ao darwinismo social. A classe operária segue sendo obrigada a assistir às fabricas, talheres, obras, empregos, para assegurar o ganho do Capital.

A burguesia está praticando puro terrorismo ao desprezar a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras e pretendendo fazer-nos pagar esta crise sanitária global.

Agora Galiza-Unidade Popular solicita que Galiza deve ser blindada de imediato por terra, mar e ar, paralisando o seu transporte com o exterior, e impondo o feche da indústria e setores produtivos que nestes momentos nom tenhem relevância estratégica.

Solicitamos a retirada imediata do exército espanhol das nossas ruas e a sua reclusom nos quartéis.

Alertamos o povo trabalhador e empobrecido da Galiza a nom deixar-se manipular e instrumentalizar, a cuidar do mais prezado que temos, a nossa saúde, a exercer a solidariedade de classe, nom deixar-se arrastar polos boatos e a psicose coletiva promovida polos meios de [des]informaçom da oligarquia, mas também preparar-se para defender com firmeza e contundência as conquistas, direitos e liberdades que tentarám suprimir e reduzir. Nom podemos deixar-nos fumigar polas falaces justificaçons de que todos deveremos colaborar na “recuperaçom económica”.

Quando se controle a pandemia virám tempos ainda mais turbulentos, onde só a nossa luita organizada e unida poderá inclinar a balança para o nosso campo e nom para os responsáveis desta catástrofe social.

Unidos venceremos, divididos pereceremos!
Viva o povo trabalhador galego!
Viva o país dos mil rios e dos dez mil castros!
Até a vitória sempre!

Na Pátria, 17 de março de 2020 [no terceiro dia do estado de alarma]

Comunicado nº 131: 10 de Março, Dia da Classe Obreira Galega. Luita e mobilizaçom contra o fraudulento governo “progressista” e a ameaça fascista

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10 de Março, Dia da Classe Obreira Galega

Luita e mobilizaçom contra o fraudulento governo “progressista” e a ameaça fascista

Um setor considerável da nossa classe optou, 10 de novembro passado, por exercer o voto para retirar os inquilinos da Moncloa. Porém, boa parte das trabalhadoras e trabalhadores que favorecérom um governo de coaligaçom alternativo ao PP, figérom-no sem entusiasmo.

A lógica do “mal menor”, que define o comportamento eleitoral do proletariado galego, e do conjunto do povo trabalhador e empobrecido da Galiza, é consequência da dramática ausência

de umha força política classista com influência de massas, do estado de amorfismo, marasmo, resignaçom e desmobilizaçom que carateriza a classe obreira galega. Da carência de perspetivas e de dinámicas de luita, combate e mobilizaçom.

Ainda segue presente a errónea decisom de desconvocar a última hora, por puro taticismo elitoralista, a greve geral de 19 de junho de 2018, dando crédito, um cheque em branco, ao governo de Pedro Sánchez. Dous anos depois nom se materializárom nengumha das promessas do PSOE de revogar a reforma laboral, a lei mordaça e a LOMCE.

A esquerdinha segue instalada no eleitoralismo, hipotecada polo cretinismo parlamentar, obssesionada por gerir as migalhas institucionais que o sistema pemite, alimentando irresponsavelmente a falsa “normalidade democrática”, o interclassismo e cidadanismo que facilita a ofensiva burguesa contra nós, o povo trabalhador galego.

Sem forças genuinamente operárias na sua composiçom, linha discursiva, açom teórico-prática e orientaçom, a classe trabalhadora galega seguirá esterilizada para fazer frente à ofensiva do Capital, e à ameaça fascista.

Afortunadamente a memória histórica do mundo do Trabalho custódia e ratifica que todas as conquistas e avanços, sem exceçom, fôrom atingidos na luita nas fábricas, nos centros de trabalho e nas ruas. Som resultado do suor, das lágrimas e do sangue operário. Nada nos foi regalado em balde! Nom fôrom concessons gratuítas do nosso inimigo irreconciliável.

Nengum do grandes avanços históricos da classe operária e dos povos se atingírom defendendo remendinhos nos seus parlamentos. A institucionalizaçom dos direitos que agora estám sendo progressivamente desmantelados, foi consequência da nossa pressom, resultado da nossa mobilizaçom e firme vontade de construir um mundo novo sem exploraçom nem opressom.

Agora Galiza-Unidade Popular, perante o grau de desmobilizaçom da nossa classe, da situaçom de debilidade organizativa da esquerda revolucionária galega, nom considera tarefa prioritária participar nos processos eleitorais. 10 de novembro de 2019 optamos coerentemente pola abstençom.

A açom política do atual governo espanhol PSOE-Unidas Podemos, constata que mais alá de gestos e formas, é simplesmente mais do mesmo! É um governo social-liberal com incustraçons socialdemocartas, carente de ambiçom transformadora, dotado de um morninho programa neokeynesiano que já está incumprindo. Um governo obediente aos diktados da UE e submisso ao patronato, Ibex 35 e grande Capital.

Eis polo que 5 de abril, nem apoiamos nem participamos em nengumha das candidaturas que se apresentam.

É indiscutível a existência de umha aspiraçom socialmente compartilhada por um setor mui amplo do povo trabalhador da urgência de sacar o PP do governo da Junta da Galiza.

Embora descartamos apelar publicamente à abstençom, estamos conscientes que no caso de Feijó perder a maioria absoluta, o governo alternativo que se poda configurar nom aplicará políticas estruturalmente diferentes às do PP. Será um governo similar ao de PSOE e Unidas Podemos.

Nom podemos pois alimentar o ilusionismo eleitoral, nem falsas expetativas. As mudanças e profundas transformaçons que a classe trabalhadora galega demanda e a Galiza necessita, será resultado de um processo revolucionário, e nom derivará de aritméticas parlamentares do sistema eleitoral burguês. Nom é possível implementar políticas ao serviço do povo trabalhador sem tombar o regime postfranquista.

As tendências em curso de involuiçom política, de eclossom do fascismo sem complexos, só poderám ser freadas e derrotadas na rua.

Com o fascismo sem disfarces de Vox, com o neofalangismo de C´s, e com o viragem de extrema direita do PP, nem se se dialoga nem se negoceia. Simplesmente deve ser isolado, denunciado, ilegalizado e esmagado! Branqueá-lo com o jogo institucional burguès só contribui para reforçá-lo.

Neste 10 de Março nom só lembramos e honramos a luita operária de Ferrol de 1972, Daniel Niebla e Amador Rei, assassinados pola polícia por reivindicar direitos para o proletariado galego.

 

Neste Dia da Classe Obreira Galega também reivindicamos a figura e a vigência da causa de José Castro Veiga “Piloto”, um dos últimos combatentes da resistência político-militar ao fascismo, vilmente abatido a traiçom pola Guarda Civil a carom do regato das Andorinhas, em Chantada em 1965.

 

Neste novo 10 de Março cumpre recuperar o rol dirigente do proletariado galego no combate antifascista, na articulaçom do movimento popular que na década de setenta se desenvolvia sob um programa ruturista em prol dos direitos sociais e plenas liberdades sociais e nacionais.

   

Ou bem renunciamos à luita e portanto assumimos submissamente a depauperaçom, ou bem optamos pola rebeliom. Nom existem caminhos intermédios. Agora Galiza-Unidade Popular tem claro qual é a resposta a esta disjuntiva: a luita é o único caminho.

Agora Galiza-Unidade Popular apela para os setores mais avançados da classe operária e do povo trabalhador galego, a configurar um pólo classista e patriótico, que combata o fascismo e desmascare o fraudulento governo do tandem Pedro Sánchez/Pablo Iglesias.

Piloto, Amador, Daniel, a luita continua!

Viva a classe obreira galega!

Independência e Pátria Socialista!

Na Pátria, 7 de março de 2020

Comunicado nº 130: 8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Só o Socialismo garante a verdadeira emancipaçom das trabalhadoras

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8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

Só o Socialismo garante a verdadeira emancipaçom das trabalhadoras

A específica marginalizaçom, opressom e dominaçom que padecem as mulheres trabalhadoras no capitalismo deve ser denunciada e combatida.

Só mediante a mobilizaçom, só empregando todo tipo de mecanismos e métodos de luita, se pode lograr avançar na conquista dos direitos que formalmente estám contemplados na legislaçom, mas que na realidade nom passam de umha quimera na vida diária da imensa maioria das mulheres trabalhadoras que vendem a sua força de Trabalho.

Porém, nom passa de umha falsa ilusom gerada polo feminismo pequeno-burguês e liberal-“progressista”, acreditar na viabilidade de construirmos umha sociedade igualitária de mulheres e homens na sociedade capitalista. Nada mais falso que acreditar que isto poda ser possível sob um sistema caraterizado pola acumulaçom individual de riqueza mediante a exploraçom da força de trabalho social.

O atual discurso hegemónico, e portanto a orientaçom do movimento feminista galego, só alimenta o amorfismo, marasmo e fragmentaçom do movimento popular.

Um discurso deliberadamente orientado a nom deslindar a luita das mulheres trabalhadoras, das que padecem nas suas carnes a exploraçom do Capìtal, as taxas mais elevadas de desemprego, de precariedade laboral, as que recebem um salário mui inferior realizando idêntico trabalho que os homens, das que devem realizar umha dupla ou tripla jornada laboral assumindo as tarefas do cuidado e manutençom das suas famílias, que nom podem exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, as liberdades, combater com eficácia a violência machista, daquelas mulheres da aristocracia operária e da pequena burguesia funcionarial.

Porque o género nom define a luita pola emancipaçom e a exploraçom capitalista. Porque as mulheres em abstrato nom som um sujeito potencialmente revolucionário. É a classe e portanto as mulheres trabalhadoras, o eixo e sujeito articulador do movimento pola plena emancipaçom das mulheres que vendem a sua força de Trabalho.

Nom existe um nexo em comum entre os interesses objetivos de umha proletária do têxtil ou da conserva, com Marta Ortega, Ana Botín ou a “rainha” Letizia. Sim existem entre o proletariado feminino do setor da limpeza, do transporte ou da hotalaria com o proletariado masculino. É a classe e nom o género o núcleo vertebrador da luita contra a aliança simbiótica entre patriarcado e Capital.

Corresponde sem lugar a dúvidas às mulheres trabalhadoras dirgir o combate às contradiçons, ao machismo e ao patriarcado instalado no seio do conjunto da classe operária e do povo trabalhador e empobrecido, e nas suas organizaçons políticas e sociais.

Mas só umha sociedade superadora do capitalismo, umha sociedade Socialista, pode sentar as bases para erradicar o patriarcado das relaçons sociais, das mentalidades e das inércias de milhares de anos.

Mas o feminismo pequeno-burguês e liberal-“progressista”, que reproduz acriticamente o discurso postmoderno tam do gosto do Capital, que convoca inofensivas “greves gerais” apoiadas polas mulheres da burguesia e da oligarquia, que só distrai as mulheres trabalhadoras da contradiçom principal, está colaborando consciente ou inconscientemente com a desmobilizaçom, divisom e amorfismo no que está instalado o movimento operário.

8 de Março é o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, nom é o dia das mulheres, nem da mulher.

As origens do 8 de Março nom emanam das “sufragistas” burguesas, nem os seus objetivos se podem reduzir ao que brilhantemente descreveu Alexandra Kollontai. “Qual é o objetivo das feministas burguesas? Conseguir as mesmas vantagens, o mesmo poder, os mesmos direitos na sociedade capitalista que possuem agora os seus maridos, pais e irmaos.

Qual é o objetivo das operárias socialistas? Abolir todo tipo de privilêgios que derivem do nascimiento ou da riqueza. À mulher obreira é-lhe indiferente se o seu patrom é homem ou mulher”.

As origens do 8 de Março derivam da luita das mulheres bolcheviques. A data foi adotado em 1910 em Copenhaga, na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas. Está insdisoluvelmente ligada a Clara Zetkin, a Rosa Luxembrugo, a Alexandra Kollontai, a Nadezhda Krupskaya, a Inessa Armand, todas elas pioneiras no impulso desta data fundamental no calendário reivindicativo contra o capitalismo.

8 de Março é umha jornada reivindicativa e de luita onde nom se pode deslindar luita feminista da luita anticapitalista.

O feminismo hegemónico, tanto o liberal-“progressista” como o pequeno-burguês, nom questiona os alicerces da dominaçom burguesa, está esterilizado para encabeçar e dirigir umha mudança genuinamente revolucionária visada para superar a exploraçom, opressom e dominaçom que padece o conjunto do povo trabalhador galego.

Eis polo que boa parte do seu programa é assumido por as forças políticas sistémicas, tanto as social-liberais como as socialdemocratas, pois nom tem como objetivo dar xaque mate ao capitalismo.

Eis polo que o seu discurso é divulgado por umha parte dos meios de [des]informaçom sistémicos, perfeitamente conhecedores da sua funcionalidade para amortecer a contradiçom antagónica entre Capital-Trabalho.

Frente a este feminismo, as mulheres trabalhadoras que somos exploradas polas mulheres da burguesia, nas suas fábricas, nos seus centros de trabalho, nas tarefas domésticas das suas casas, temos que hastear a bandeira do feminismo de classe, do feminismo socialista galego.

Enquanto facilite a presença no movimento de forças reacionárias como o PSOE; enquanto se centre em tecer um artificial e disfuncional “unitarismo” oco; enquanto se continue a alimentar a ilusom de poder atingir as reivindicaçons no marco do capitalismo, o patriarcado e a dependência nacional, o movimento feminista nom logrará organizar e movimentar as mulheres trabalhadoras, incrementar a sua consciência.

Do contrário nunca lograremos acumular forças rebeldes visadas para organizar a Revoluçom Galega, única alternativa viável para sentar as bases do enterro do patriarcado e da sua aliança simbiótica com o capitalismo.

 Por um feminismo de classe e galego!

Viva a luita das mulheres trabalhadoras galegas!

 Direçom Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular

 Na Pátria, 2 de março de 2020